Big Breasted Blonde Amateurs
«Cada ratinha tem o seu mistério e desvendar uma não quer dizer que percebemos o mistério total», Puchkine, Diário Secreto
quinta-feira, 31 de maio de 2007
Livro da Semana
Murakami.
Haruki Murakami.
Depois da minha inciação nos seus romances com o Kafka à Beira-mar (repare-se como num esgar de génio me recuso a pôr o título em itálico e assim renegar com a escola literária vigente) e com o que agora se segue, dediquei-me a algo que marcou a minha adolescência.
Ok, não é o Benfica campeão de 94.
Na falta de títulos em 95, dediquei-me aos noticiários e deparei-me com um atentado no metropolitano de Tóquio às mãos de uma seita de fanáticos/loucos/ nazis nipónicos narcóticos que largou um gás mortal em plena hora de ponta.
Entre o fascínio e o terror, resolvi remeter este episódio para os confins da minha memória dedicando-me ao Kafka. O Franz, subentenda-se.
Hoje, passados pouco mais de dez anos, revivi de forma completamente diferente através dos testemunhos das vítimas e de alguns dos membros das seitas.
Com comentários certeiros e extremamente bem direccionados, Murakami fez aquilo que os jornalistas devem fazer: desaparecer sob um manto que lhes permita conduzir os rumos da informação.
A sua análise conjectural tem apenas o valor de ter sido escrita por um japonês que já se encontrava exilado no mundo ocidental.
Para fãs de romances históricos e analistas religiosos ou de política internacional. Ou ainda para preencher o infindável espaço da curiosidade.
Bom. Muito bom.

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