Big Breasted Blonde Amateurs
«Cada ratinha tem o seu mistério e desvendar uma não quer dizer que percebemos o mistério total», Puchkine, Diário Secreto
sábado, 31 de janeiro de 2009
Decadência virtual
Ao abrir o statcounter na vã esperança de que o blogue tenha registado um súbito acréscimo de visitas nas últimas horas graças ao facto de Barack Obama o ter referido numa qualquer conferência de imprensa, dou com um daqueles já tradicionais banners de publicidade que gloriosamente anunciava: Fight for free.
O que é isto?, pensei indignado.
Quererá isto dizer que se agora sair de casa e resolver armar sarilhos aí com algum transeunte ainda me arriscarei a pagar (mais ainda do que as merecidas peras?) )
Por essas e por outras (mais por estas do que pelas primeiras) é que evito sempre meter-me em confusões, adoptando quase a postura de velho sábio indiano.

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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Como se tivesse uma tarde estado no mais profundo dos alentejos...
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Livro da Semana

Fabulosa!
Que mais conseguir dizer?
Acreditem que há alturas em que as palavras me falham mesmo para conseguir descrever tanta beleza. Embora as pessoas à minha roda não achem que ela fosse assim tão bela, a verdade é que talvez a minha visão esteja deturpada pela conjugação da cara à qualidade da escrita.
Os contos de Clarice Lisector, entre nós publicados pela Relógio d'Água, são de ler e chorar por mais.
Uma clareza de raciocínio e domínio da língua portuguesa (sim, com ela sinto que se pode falar de língua portuguesa no seu domínio mais extenso) impressionantes, apelando muitas vezes aos corações mais fechados, nunca esquecendo o apelo intrínseco à leitura (sim, lá retirei material de trabalho).
Confesso que senti real pena quando o acabei de ler, sentindo neste momento um tremendo vazio que dificilmente será resolvido.
Até já Clarice!

9/10

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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Às vezes não dá para dizer que não se gosta de poesia
Lullaby

Lay your sleeping head, my love,
Human on my faithless arm;
Time and fevers burn away
Individual beauty from
Thoughtful children, and the grave
Proves the child ephemeral:
But in my arms till break of day
Let the living creature lie,
Mortal, guility, but to me
The entirely beautiful.
Soul and body have no bounds:
To lovers as they lie upon
Her tolerant enchanted slope
In their ordinary swoon,
Grave the vision Venus sends
Of supernatural sympathy,
Universal love and hope;
While abstract insight wakes
Among the glaciers and the rocks
The hermit's sensual ecstasy.
Certainty, fidelity
On the stroke of midnight pass
Like vibrations of a bell,
And fashionable madmen raise
Their pedantic boring cry:
Every farthing of the cost,
All the dreaded cards foretell,
Shall be paid, but from this night
Not a whisper, not a thought,
Not a kiss nor look be lost.
Beauty, midnight, vision dies:
Let the winds of dawn that blow
Softly round your dreaming head
Such a day of sweetness show
Eye and knocking heart may bless,
Find your mortal world enough;
Noons of dryness see you fed
By the involuntary powers,
Nights of insult let you pass
Watched by every human love.


W.H. Auden

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terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Boa música
Afinal os franceses têm um pouco mais para oferecer ao mundo do que Houellebecq e a mais bela primeira dama do mundo ocidental.
Se não acreditam, ora oiçam:


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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Como se fosse no Twitter
Estou a...

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domingo, 25 de janeiro de 2009
Twitter
Um pouco por todo o lado tenho vindo a constatar que se tem vindo a criar uma verdadeira paranóia em torno do Twitter.
Quando finalmente perceber uma razão minimamente sólida para tal fenómeno, passarei a escrever posts que não se prolonguem por mais de 30 caracteres como:
Tá-se.
Cá problem.
Almoçando.
Almocei.
Almoçado.

Até lá, só incógnitas poderão sair deste espaço tão procurado por gente de todo o mundo que partilha o desejo intenso de ver Louras mamalhudas amadoras.

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Janeiro trouxe coisas boas:
Que não só o frio...
Este também já cá toca no Alentejo e no meu mundo virtual.

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sábado, 24 de janeiro de 2009
Apenas um professor
Enquanto ontem fazia o meu corpo rondar os agradáveis espaços interiores da Gulbenkian (particularmente agradáveis em dias chuvosos e frios), fui abordado por um espanhol que já conhecia de outros campeonatos e que sem pejos me "convidou" a ir ver o seu trabalho.
Ao me deparar com uma construção circular em madeira repleta de pequenos exemplos de livros, espantei-me. Ao ouvir a voz entusiasmada de quem consegue despertar em nós mundos que julgávamos impossíveis ou simplesmente rogados ao mais profundo dos esquecimentos, descrever a lógica das coisas, senti-me vivo.
Quando chegou à parte dos relatos pessoais de quem viveu e continua a viver a leitura como algo que passa muito para além do objecto livro e que é tão quotidianamente fabuloso, rendi-me por completo e deixei-me maravilhar.
As suas últimas palavras mataram-me por comparação imediata com outras realidades:
"Y yo sólo soy un maestro de escuela".
Até já Portillo!

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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Livro da Semana

Há cada vez mais um círculo de portugueses ligados à nossa boa literatura ( considerem-se aqui apenas aqueles que aprecio particularmente e cujas opiniões dariam para mim uma bíblia em formato de edição de bolso) a defenderem a riqueza e qualidade da literatura brasileira.
Julgando eu que ao início se pudesse tratar do mais recente lóbi da nossa selva editorial, resolvi, por fim, ceder.
E que tal começar por ceder num clássico?
Há-de ser clássico por alguma coisa, pensei.
E é-o com bastante mérito, afirmo agora.
Escrito de forma panfletária a fazer lembrar os fabulosos e quase intermináveis capítulos de Don Quijote , há sempre um humor fabuloso ao longo da obra, mantendo-nos permanentemente bem humorados e de bem para com a vida. Dito isto de uma narrativa que começa com o enterro do narrador é um pouco negro, mas sou assim mesmo.
É fabuloso!
Que querem que vos diga mais?
Que vos exorte a ler? Que vos obrigue a ler? Que sei lá o quê que mais e não sei quê?
Não.
Deixo apenas o meu relato emocionado de quem leu algo que é realmente muito bom.
10/10

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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Já cá toca!
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Conciso
Leiam a entrevista de Naipaul à Ler e passem-se com a posterior apreciação do livro.

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Proposta de estudo
Quantos dos vossos blogues de preferência não referem hoje o sr. Barack Obama

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Ergonomia? O que é isso?
Espera um pouco, digo.
No final da playlist que me acompanha agora para todo o lado, juro pôr tudo de lado e estar contigo.
Ao tirar o repeat do winamp descubro que tenho 7 horas, 4 minutos e 6 segundos de música "portátil".
Tal como a minha alma, portátil e permanentemente adiável...

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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Sítios


Ou apenas mais um fim de semana

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O meu nome é Samsa. Gregor Samsa.
Apesar do blogue night bugs continuar a referir-se a este mesmo espaço enquanto pirilampo (onde é que está a beleza de um verdadeiro besouro nos dias que correm?), tenho que confessar que o seu novo look é fenomenal.
E isto é uma confissão bem invejosa...

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domingo, 18 de janeiro de 2009
Sabina
A melhor comparação que encontro em Portugal é o Jorge Palma de há uns anos, onde as letras parece que nos atingem como um cutelo pela alma dentro.
Embora não seja a minha canção preferida, a letra está repleta de imagens que são muito mais do que meras chapadas para esta alma que vos escreve num dia sorumbático:

Allá donde se cruzan los caminos,
donde el mar no se puede concebir,
donde regresa siempre el fugitivo,
pongamos que hablo de Madrid.
Donde el deseo viaja en ascensores,
un agujero queda para mí,
que me dejo la vida en sus rincones,
pongamos que hablo de Madrid.
Las niñas ya no quieren ser princesas,
y a los niños les da por perseguir
el mar dentro de un vaso de ginebra,
pongamos que hablo de Madrid.
Los pájaros visitan al psiquiatra,
las estrellas se olvidan de salir,
la muerte viaja en ambulancias blancas,
pongamos que hablo de Madrid.
El sol es una estufa de butano,
la vida un metro a punto de partir,
hay una jeringuilla en el lavabo,
pongamos que hablo de Madrid.
Cuando la muerte venga a visitarme,
que me lleven al sur donde nací,
aquí no queda sitio para nadie,
pongamos que hablo de Madrid

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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Grandes questões existenciais
Há uma altura na vida dos homens em que nos questionamos seriamente: Bob Dylan ou Brian Eno?
Eu cofio os primeiros pêlos que ousam romper a minha pele facial depois de um longo dia e decido pôr Gogol Bordello.

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quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Picasso. Who is Picasso?
Embora o post anterior tenha servido única e exclusivamente como experiência, achei por bem dar-lhe um toque levemente picassiano da coisa.
Mais informo que este blog parece ter ressurgido das trevas com um novo look e textos (finalmente!!).
Afinal ainda há coisas capazes de me animar numa manhã de nevoeiro.

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terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Oi?
Estava eu hoje a apresentar o sr. Sttau Monteiro a um grupo de alunos do Secundário quando sou interrompido pela professora da turma.
Os meus mais recalcados e profundos receios vieram ao de cima num rápido instante, fazendo-me relembrar as minhas últimas palavras em busca de uma perniciosa falha.
- Não se importa de falar mais devagar, pois tenho ali uma aluna brasileira que não o entende...
Sorri. Confesso que não aguentei na minha boca um sorriso algo escarninho e propus-me mentalmente a soletrar palavra por palavra de forma a "integrar" a pobre rapariga.
Ou como diria uma canção dos Deolinda: "Eu sou brasileira/ cheguei vai para uma semana / e já arranho o português"
Já aquela menina, não.

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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Há dias em que nos apetece um pouco de poesia

Toda a minha vida me escutaste em silêncio.
Tinhas à disposição as vozes enormes
do vento, das águas, do trovão, do pintassilgo —
mas nunca dei por que as usasses comigo.
Envelheci enredado
nas teias dessa mudez.
Ganhei a industriosa astúcia dos velhos
à custa de perder a candura original,
li com cada vez mais desenganada luz
o teu silêncio.
Assim, a princípio achava-o cúmplice,
quente e generoso. Um silêncio
de quem concorda e apoia,
e não acha necessário proclamá-lo.
Com a continuação,
começou-me a parecer o teu silêncio
já só condescendência. O silêncio
de alguém que se dispensa de mostrar
desacordo por simples cortesia.


A. M. Pires Cabral

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domingo, 11 de janeiro de 2009
Liberdade de expressão
É com imenso prazer que acordo ao saber que o meu blogue não é censurado pelas autoridades chinesas...

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sábado, 10 de janeiro de 2009
A senhora que se segue
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Livro da Semana

Haverá humor na nossa literatura?
Sei e talvez seja eu um dos primeiros a confessar no peito a nota triste de que "não", tal não passa de uma mera ilusão.
Admito mesmo que me senti mal por pensar isso pois até conhecia uma parte considerável dos textos e alguns dos seus autores estão no meu altar privativo dos deuses da literatura, como são o caso do Cesariny, do Mário Henrique-Leiria ou do Luiz Pacheco.
Outros textos tinha-os lido há bem pouco tempo, como foi o caso de O que diz Molero do Dinis Machado, que só foi o livro que li antes de começar este.  
Pois então só podia andar parvo.
As introduções feitas a cada autor são muito a minha cara e garanto-vos  não só que não faria melhor como aquele é definitivamente o meu modelo.
Apesar de tudo, esta antologia revelou-se cheia de agradáveis surpresas remetendo-me para o meu canto obscuro da ignorância pois nunca tinha ouvido falar de José Sesinando e tinha ignorado a existência do Fernando Assis Pacheco, pondo-o mentalmente na gaveta que tenho reservada aos neo-realistas (acreditem que não é boa...).
Reconheço os meus pecados e prometo redimir-me dentro em breve.
Também é verdade que estão aqui textos que me levam a questionar a minha percepção da realidade e do próprio humor em si. Mas isso, lamento informar-vos, acontece em todas e quaisquer antologias.
Entretanto, quase que vos incito a ler esta antologia, pois vale muito, muito a pena.
Já agora, queria ainda deixar um especial agradecimento à mais tímida das co-autoras deste blogue pela dica.

9/10

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quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Lindo!
Por estas e por outras é que ando cada vez mais fascinado com o mundo literário.
Creio apenas que terá faltado uma pequena nota a informar que desde então que aAcademia vive com a premente necessidade de se redimir laureando autores tendencialmente de esquerda (ou então serei apenas eu a alucinar)...

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Aos eventuais leitores
Sente o humilde autor deste blogue a imperiosa necessidade de informar os eventuais leitores de que graças a um regresso em força de um mestrado virtual, a qualidade (qual qualidade?) deste espaço será seriamente afectada.
Pelos eventuais danos morais (poderão haver outros?) peço desde já desculpa.

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domingo, 4 de janeiro de 2009
GOD
Deus desceu sobre Grândola neste Natal e iluminou-me.
Obrigado por tamanha epifania!

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Curtas
- Sobre a epicidade dos espaços

- Se ainda não se sentem melancólicos o suficiente...

- Continuam os desafios (e eu sou tão mau...)

- E ainda por causa daquela polémica do plágio saramaguiano, podem consultar um blogue de justificações

- Depois dos intermináveis balanços e listagens de 2008, já começam as interpretações exaustivas sobre como estes primeiros dias de 2009 irão reflectir o estado e alma de toda uma nação. Como eu gosto de chocolate nestlé...

- Os melhores de um dos melhores

-A indubitável importância do rock. Aqui e aqui

- Eu até nem costumo gostar destas coisas, mas enfim...

- Juro que ainda este ano vou abrir uma petição pública para ver se este gajo volta a escrever

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sábado, 3 de janeiro de 2009
O senhor que se segue...
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
A reviver o Ribatejo...

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Hihera.com