Big Breasted Blonde Amateurs
«Cada ratinha tem o seu mistério e desvendar uma não quer dizer que percebemos o mistério total», Puchkine, Diário Secreto
domingo, 30 de novembro de 2008
A Sul de Nenhum Norte
Grandes touradas se fazem no Campo Pequeno por estes dias...

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Paixão...
Eu e o mestrado regressamos dentro de momentos...

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Domingo
Que bela sensação esta de ser Domingo e amanhã não ter que ir trabalhar...
Mas o que é isto???
Lamento, mas estou de serviço amanhão.
Prossigam com as vossas vidas, se faz favor.

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sábado, 29 de novembro de 2008
Já há fotos por aí
Neste triste momento em que a minha máquina se encontra confinada a um penoso período de reclusão na oficina da Canon, limito-me a sugerir links para verem o que aconteceu ontem à noite ali para os lados do Rato:

http://pedromarquesdg.wordpress.com/2008/11/29/callema-apresentacao/

http://cooperativaliteraria.blogspot.com/search/label/callema%20n%C2%BA5

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terça-feira, 25 de novembro de 2008
4 velinhas (ou é muita fruta para uma mamalhuda só)
Ok, confesso que tenho andado a adiar a notícia, mas a verdade é que o primeiro post mamalhudo foi criado precisamente no dia 25 de Novembro de 2004 no já extinto BBBAXXX.
Daí até aos dias de hoje foram 1120 posts no antigo com mais 1265 deste, numa verdadeira homenagem à mediocridade, num total de 40 mil e tal visitas desde então.
O meu muito obrigados a todos os que ainda conseguem ter discernimento para ler o que por aqui se vai produzindo.

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Javier Urra
Depois de uma leitura atenta da fantástica entrevista de Javier Urra na Única deste passado fim de semana, acho que abandono a ideia de vir a ter filhos nos próximos 40 anos.
Já em relação aos filhos dos outros, tenho sentido uma vontade quase profética de os conduzir para o infindável caminho da felicidade das coisas simples.

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Nervous?
A bit...

Dentro de momentos devo tornar público o programa no outro sítio do costume.

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segunda-feira, 24 de novembro de 2008
É já na 6ª!
Iniciar uma semana sem ter a certeza dos caminhos incertos que a levarão ao seu fim é alucinante e não aconselho a ninguém.
Seja como for, podem sempre dar uma espreitadela:
http://cooperativaliteraria.blogspot.com/2008/10/vem-a-callema-05.html

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sábado, 22 de novembro de 2008
Finalmente a crise
Estando eu biologicamente necessitado de uma coca-cola, cheguei ao minipreço (ali ao fundo da rua) e deparei-me com a dura realidade de só haver Pepsi.
Isto bateu-me como uma pedra num charco de primeiras chuvas:
A crise chegou finalmente a Grândola!
Comprei uma pepsi e regresso a um estudo que oscila entre Piaget e linguagem html.
Acho que lá fora o sol brilha...

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Curtas
- O fabuloso videoclip do Fado Toninho dos Deolinda que chegou pelo não menos simpático Voz do Mocho

- E já se passaram 40 anos

- Será? E uma simpática imagem para complementar

- A razão pela qual acredito cada vez menos num futuro de rosas

- Vou escrever um dossier

- Brilhantes silogismos a fazerem-me questionar sobre o meu gosto filosófico

- É bom saber que ainda há pessoas que se preocupam com a civilidade das nossas ruas

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sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Não consigo deixar de ler
Entre deliciosas páginas de Murakami, devorei hoje a Y, com grande destaque para a "nova" música portuguesa.

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quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Balsâmico?, ah não gosto, obrigado.
Ora vejam lá se não concordam

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Livro da Semana

Pesem-se antes de começar.

Leiam.

Disfrutem.

Acabem de ler e voltem-se a pesar.

Depois digam-me o resultado.

Por motivos de puro e pleno pudor, vou-me isentar qual o meu resultado, partilhando apenas que nasceu em mim uma louca voracidade de comprar e saborear. Grândola tem um mercado tradicional que agora vejo com outros olhos, assim como uma padaria que para mim é de eleição ( e apenas 2m de casa), já para não falar da qualidade da carne e do peixe fresco que chega todos os dias da costa.

Tudo isto são razões mais que suficientes para imaginar que o MEC seria, por breves instantes, feliz em Grândola. Ou pelo menos quase tanto quanto o sou neste domínio.

A verdade é que estas crónicas são deliciosas em todo o constante apelo à pureza e beleza sensorial dos nossos produtos naturais.

E tudo isto com a mestria narrativa de um MEC que está muito longe da morte criativa que muitos vinham já anunciando.

Por isso, não encontro eu outra solução no mundo senão mandar-vos levantar o rabo do computador neste preciso momento e irem comprar/requisitar o livro.

E deliciem-se. Muito!





9/10

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quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Há maneiras melhores de começar o dia
7/10
E já o começo levemente deprimido...

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terça-feira, 18 de novembro de 2008
De ser scalabitano
Quando vim para Grândola trabalhar em Outubro de 2005, julgava eu ser o único scalabitano nestas terras tantas vezes esquecidas, ou relembradas apenas uma vez por ano por causa de um
"hit" do Zeca Afonso.
Minto. Embora o presidente do município não seja um nato scalabitano, os anos que lá passou ter-lhe-ão conferido um estatuto de segunda nacionalidade ou algo que o valha.
Mas tirando esse exemplo institucional que já resultou numa geminação entre as duas terras, achava-me eu dono dessa verdade única que era ser scalabitano em Grândola.
Nada mais falso ou erróneo, como mais tarde vim a descobrir.
Quando foi publicado o meu primeiro artigo para o jornal local, fui abordado por um professor de 1º ciclo que me perguntou sem pudor se eu era de Coimbra, pois tinha confessado uma paixão idealista pela Briosa de tempos que nunca conheci nem são os meus.
Respondi que não e ergui a voz solitária e briosa em como era scalabitano de nascença e formação.
Depois do sorriso bondoso de quem sabe e já viveu bem mais do que eu, despede-se de mim deixando no ar a nota que também a sua esposa (igualmente professora) era de Santarém.
Escândalo!
Na vez seguinte que estive com ela, abordei-a e falámos quase 10 minutos sobre tamanha coincidência. Nunca mais tocámos no assunto.
E o tempo foi passando.
Foi então que descobri que o namorado de uma colega de trabalho da minha esposa era igualmente de Santarém. Havendo fortes probabilidades de o conhecer graças à semelhança etária, o meu mais forte receio confirmou-se assim que o vi: as pernas dele tinham já sofrido mais do que o que seria razoável graças à minha crónica azelhice a jogar futebol.
Mais tempo se passou. Menos. Bem menos quando descobri mais um outro funcionário autárquico era igualmente de Santarém. Já esse indagou indirectamente quem era a minha família, fazendo-se luz quando referenciada a Calçada da Junqueira.
Das vezes em que privei com ele, nunca falámos sobre iso.
Mas a gota de água surgiu na semana passada quando me deparei com uma antiga conhecida dos tempos de Liceu que agora tinha conseguido (intento maior de uma vida!!) arranjar trabalho em Grândola!!
Sorrimos ao nos vermos, trocámos palavras cordiais e de ocasião, chegando mesmo a incluir algumas de cariz laboral.
Numa vila cuja população ronda os 8000 habitantes, haver 6 scalabitas é muita coisa. Demais, talvez. Duvido que haja 6 grandolenses em Santarém.
Alentejanos há em barda. Lembro-me da minha mãe, alentejana de nascença, falar um português repleto de palavras estranhas sempre que encontrava um outro alentejano. Que saiba há jantares e outros tipos de confraternização de forma a manter viva a união alentejana. Esse associativismo regionalista está bem espelhado no Grupo Coral da Damaia.
Lembro-me que nos tempos da Faculdade tentei organizar um jantar de scalabitanos numa tasca atrás do Estádio de Alvalade. O preço prometia e o vinho até era Lezíria para imensa infelicidade dos nossos fígados debilitados de estudantes universitários.
Aparecemos 7, sendo que 3 saíram mais cedo por causas e motivos desconhecidos num jantar onde dominou um silêncio frequentemente mortal.
Em suma: os scalabitanos não gostam particularmente uns dos outros. Não há identificação clubística (até porque a União anda nas ruas da amargura) e o vento frio com que a cidade recebe as noites de inverno transforma e modela muitas personalidades, fazendo-nos duros e indiferentes aos nossos conterrâneos apenas por serem conterrâneos.
Amo e conheço a cidade como ninguém, mas quando me encontro com um outro "par" não vejo como tal nem sinto particular simpatia/empatia.
Assim somos.

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segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Great expectations

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Mudança dos tempos
Sou só eu, ou o mais recente álbum dos Madredeus soa pouco a Madredeus?

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domingo, 16 de novembro de 2008
Seguidores
O blogger disponibilizou agora (terá sido?) uma nova funcionabilidade, toda moderna, toda à la americana que são os seguidores.
Fazendo a imediata tradução para o inglês, iluminou-se a minha cabeça com um "stoker" que assume um cariz violento digno de câmaras de vigilância e serviços secretos.
Prometo agora olhar duas vezes para cada lado da estrada, embora um deles se encontre em Madrid.
Mas com estas modernices, de Madrid a Grândola é um pulinho...

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sábado, 15 de novembro de 2008
Sábado de manhã
Confesso que desde que comecei o meu estudo mais ou menos afincado no domínio da Gestão de Sistemas E-Learning que tenho deixado muita coisa de lado:
Futebol e leituras prazenteiras são apenas algumas delas.
Dentro das leituras prazenteiras, tenho sido impelido a curtas visitas aos blogues de que gosto muito, muito, muito e mesmo assim é e sabe sempre a pouco.
Mas hoje, sábado de manhã, eis que me deparo com a saudável e radiosa sensação de que já tenho quase feitas as leituras mestrais até domingo, pelo que me permito um agradável passeio pela tão minha amada blogoesfera, apercebendo-me ainda mais do que tenho perdido:

- Este fantástico texto do Filipe Faria que é um daqueles que diz tudo aquilo de que eu não seria capaz.

- Sem palavras para Mia Couto, via Terceira Noite

- Que um dos meus cadeirões favoritos tinha trocado de morada

- Que o Goncourt já tinha sido anunciado

- A sugestão séria de requalificação do metro lisboeta

- Um livro de micronarrativas que finalmente me parece interessar

- Um pouco de seriedade ou o frio olhar da realidade

- O saudado regresso do Nuno

- Que aqui continua a haver a tradução de poemas que passam muito para lá do que o que eu acho de bom. Fabuloso, portanto.

- Que o Ondjaki tem mais um para crianças

- Quando há três mulheres a escreverem assim quase repondero a instituição do casamento

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sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Viver no Alentejo não é mau
À medida que os meus olhos vão desbravando novas páginas de Em Portugal não se come mal agradeço cada vez mais o facto de viver no Alentejo.
Contudo o desejo de ser capaz de escrever como o MEC quase me faz pensar em propôr uma permuta.

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quinta-feira, 13 de novembro de 2008
É impossível não vibrar com estes velhotes
Livro da Semana

Não me lembro da última vez que demorei tanto tempo a ler um livro... Um mês, um escândalo!

E nem sequer tem relação directa com o facto de não ser dos melhores dele.

Deve-se isto apenas ao facto de leituras técnicas terem invadido a minha vida sem sequer terem pedido licença.

Mas já está!

E, como já anteriormente deixei expresso, não é o melhor nem do seu melhor.

Mas é bom.

Irvine Welsh (na minha humilde opinião) não consegue escrever mal.

Ele pode-se esforçar, mas não consegue.

E isto apesar de não ser particularmente fã/entusiasta da temática abordada nem das suas (cada vez mais frequentes) narrações de origem americanas.
Mas a forma perturbada como as suas personagens convivem com o que a realidade tem para oferecer fascinam-me cada vez mais, convertendo-o num dos meus escritores de culto e marcando cada vez mais a minha vida.
8/10

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quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Spooky
Tanto de meu estado me acho incerto que ontem nem dei por mais uma "celebração" do 11 de Setembro.

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terça-feira, 11 de novembro de 2008
A sul de nenhum norte
Abro a caixa de correio e deparo-me com uma simpática ameaça ou whatever de que "Viagrrrrrrrrra is your magic weapon".
Numa altura em que me debruço sobre questões de auto-eficácia, confesso que começo a ponderar sobre a qualidade das prestações de Binya sempre que convocado.

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Por isso é que a minha política é o trabalho, trabalhinho, porreirinho da silva
Manuel Alegre voltou a criticar o governo fazendo tremer as bases mais profundas do Largo do Rato (ou da 5 de Outubro, uma vez que a Educação foi a eleita) e um deputado de um partido mais à direita do PSD mostrou uma bandeira nazi no Parlamento madeirense, chamando Fascista ao Alberto João.
Perante tão belo estado de coisas, finjo ser americano e estar fascinado com Obama ou pura e simplesmente acredito que as personagens dos romances da Margarida Rebelo Pinto são pessoas sábias e inspiradoras.

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sábado, 8 de novembro de 2008
MEC
Tive, ontem, por breves instantes, a ideia de aqui pôr uma poética crónica à fantástica entrevista do MEC à Ler.
Embora seja Sábado de manhã e esteja de volta de programação em html, ainda não desisti.
Não desista o caro leitor.
Será recompensado.

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sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Entrevistas para ler à chuva
Apesar de estar repleta de boas frases que por si só dariam livros fenomenais, a entrevista a Saramago da Y de hoje foi feita com a condescendência com que se trata uma criança ou velhinho senil que em breve morrerá, legando à humanidade todos os seus bens.
Mas isto sou apenas eu.
Para o almoço espero levar a do MEC à Ler.

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quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Livro da Semana

Uma edição de autor com crónicas tremendamente alentejanas.
Da primeira à última linha somos apresentados a uma prosa poética cheia de cheiros e vivências capazes de nos fazer remeter para os mais profundos confins das nossas memórias.
Como consegui-lo?
Difícil, para não dizer praticamente impossível.
Mas há uma outra questão que se "alevanta":
Seria possível publicá-lo numa editora de índole nacional?
Sim e não.
Passo a explicar:
Tem qualidade e disso não duvido, mas a sua especificidade faz com que não se consiga libertar de alguns dos estigmas que sempre condicionam este tipo de publicação. Contudo, as crónicas remeteram-me muito para o Nenhum Olhar do José Luís Peixoto e fizeram-me sonhar, sorrir e também sofrer desalmadamente como se um murro no estômago tivesse levado.
Por isso vale muito a pena.
Pondero agora se esta edição viajará num futuro mais ou menos distante para Columbus.
7/10
PS - falta o autor: Vítor Encarnação, nascido na aldeia de Palheiros em 1965

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quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Dia histórico
Se eu fosse mestiço, ontem teria sido o meu dia.
Por razões bem diferentes, mas teria sido o meu dia.


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Bom demais


Como se o dedicasse pessoalmente ao grandioso acordo que Lula assinou há coisa de dois anos e que permite a fácil legalização de todos os brasileiros que decidam vir para este nosso belo país à beira-mar plantado.

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terça-feira, 4 de novembro de 2008
Poesia Marroquina? Isso existe?
No recente encontro de poesia marginal tive o prazer fugaz de conhecer André Simões.
Mais tarde, no conforto do meu lar (em mudanças) no Alentejo, conheci fascinadamente o seu trabalho.
De tempos a tempos aparecem coisas como esta:

vou ao mercado
peço-te que me esperes aqui até eu voltar
podes lavar a tua roupa se te sentires aborrecida
e se a porta te perturbar
então arranca-a
e põe qualquer coisa no seu lugar
peço-te que não deixes a tua cara no espelho
e não saias pela janela
não te mates como é teu costume
mas
espera-me
aqui
até
eu voltar

O autor? Um marroquino de seu nome Ahmed Barakat que morreu, como quem não quer a coisa aos 34 anos de idade

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Quote+ Irvine Welsh
Maybe age gives you that grace, where, with mortality looming, you really do learn not to give a fuck abou tanything other than the sun coming up and you and yours being able to draw breath every morning.
Algures lá pela página 226 de um livro que gostava já ter acabado e que sei que hoje ainda não será esse abençoado dia

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Pequena interrupção estratégica de abundantes leituras técnicas
Às vezes consigo sentir vida nas palavras

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segunda-feira, 3 de novembro de 2008
O prazer de receber cartas
Sr. Lewis Carroll

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domingo, 2 de novembro de 2008
Depois de tanto se falar...
sábado, 1 de novembro de 2008
Para ecoar num futuro mais ou menos distante ou como se fosse o meu artigo para um número especial de Natal

No outro dia recebi um presente.

Agradeci educadamente, mas a partir daí não imaginam o pânico que me invadiu de forma incontrolada: será que sorri em demasia?, será que não sorri de todo?, terão os meus olhos correspondido à imensa alegria interior que senti? E se…

Por vezes (mais do que as que seriam desejáveis ou recomendadas pela União Europeia) não sei expressar sentimentos.

Recebi um livro.

Livro, que é o objecto que sempre penso em primeiro lugar quando penso em oferecer alguma coisa a alguém de quem gosto. Muito, de preferência.

Faço duas ressalvas, pois já houve casos de puro egoísmo num gesto que aprendi com o tempo ser de plena generosidade:

- No final da adolescência, ofereci à minha namorada da altura Uma Casa na Escuridão de José Luís Peixoto, a fim de finalmente conseguir fazer desaparecer a minha curiosidade em relação à obra de um autor que tinha surgido havia pouco.

Desde aí até aos dias de hoje já li virtualmente tudo do José Luís Peixoto. A relação, essa, acabou ao fim de um mês (terá sido tanto?).

- Iludido por um livre espírito pensador que conheci nos tempos da Faculdade, ofereci-lhe uma sentida cópia de A Colmeia de Camilo José Cela, a fim de conseguir uma boa discussão, um retrato e abordagem única sobre um dos livros que mais me marcou.

Ainda hoje espero pacientemente por uma crítica ou uma boa conversa que, obviamente, nunca surgiram.

Feitas estas duas ressalvas, confessa em mim a voz humilde que quando não gosto particularmente de uma pessoa, lhe ofereço livros de que não gostei e que frequentemente se encontram em promoções fantásticas numa qualquer livraria deste nosso país.

Já quando é ao contrário, acreditem que o sentimento que liga o oferecer ao oferecido é muito, muito mais forte.

Aprendi a não pedir nada em volta, mas quando recebo um comentário, um sorriso sincero ou um olhar indescritível (já para não falar de palavras sábias e belas que sorvo como se desvanecessem no instante em que são ditas ou lidas), sinto o meu coração explodir de uma alegria arrebatadora que só Régio conseguiu um dia descrever no final da Toada de Portalegre:

Será loucura!..., mas era
Uma alegria
Na longa e negra apatia
Daquela miséria extrema
Em que vivia,
E vivera,
Como se fizera um poema,
Ou se um filho me nascera.

No outro dia recebi um presente. Um livro, para ser mais concreto. E foi na dúvida que me atormenta de saber se a minha reacção física correspondeu à generosidade da oferta, que aqui ficam estas palavras que poderiam muito bem ser resumidas numa só:

Obrigado.

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