Big Breasted Blonde Amateurs
«Cada ratinha tem o seu mistério e desvendar uma não quer dizer que percebemos o mistério total», Puchkine, Diário Secreto
terça-feira, 28 de abril de 2009
E por vezes a vida imita a arte ou apenas outra maneira de pensar Wilde
In a poem, one line may hide another line,
As at a crossing, one train may hide another train.
That is, if you are waiting to cross
The tracks, wait to do it for one moment at
Least after the first train is gone. And so when you read
Wait until you have read the next line--
Then it is safe to go on reading.
In a family one sister may conceal another,
So, when you are courting, it's best to have them all in view
Otherwise in coming to find one you may love another.
One father or one brother may hide the man,
If you are a woman, whom you have been waiting to love.
So always standing in front of something the other
As words stand in front of objects, feelings, and ideas.
One wish may hide another. And one person's reputation may hide
The reputation of another. One dog may conceal another
On a lawn, so if you escape the first one you're not necessarily safe;
One lilac may hide another and then a lot of lilacs and on the Appia
Antica one tomb
May hide a number of other tombs. In love, one reproach may hide another,
One small complaint may hide a great one.
One injustice may hide another--one colonial may hide another,
One blaring red uniform another, and another, a whole column. One bath
may hide another bath
As when, after bathing, one walks out into the rain.
One idea may hide another: Life is simple
Hide Life is incredibly complex, as in the prose of Gertrude Stein
One sentence hides another and is another as well. And in the laboratory
One invention may hide another invention,
One evening may hide another, one shadow, a nest of shadows.
One dark red, or one blue, or one purple--this is a painting
By someone after Matisse. One waits at the tracks until they pass,
These hidden doubles or, sometimes, likenesses. One identical twin
May hide the other. And there may be even more in there! The obstetrician
Gazes at the Valley of the Var. We used to live there, my wife and I, but
One life hid another life. And now she is gone and I am here.
A vivacious mother hides a gawky daughter. The daughter hides
Her own vivacious daughter in turn. They are in
A railway station and the daughter is holding a bag
Bigger than her mother's bag and successfully hides it.
In offering to pick up the daughter's bag one finds oneself confronted by
the mother's
And has to carry that one, too. So one hitchhiker
May deliberately hide another and one cup of coffee
Another, too, until one is over-excited. One love may hide another love
or the same love
As when "I love you" suddenly rings false and one discovers
The better love lingering behind, as when "I'm full of doubts"
Hides "I'm certain about something and it is that"
And one dream may hide another as is well known, always, too. In the
Garden of Eden
Adam and Eve may hide the real Adam and Eve.
Jerusalem may hide another Jerusalem.
When you come to something, stop to let it pass
So you can see what else is there. At home, no matter where,
Internal tracks pose dangers, too: one memory
Certainly hides another, that being what memory is all about,
The eternal reverse succession of contemplated entities. Reading
A Sentimental Journey look around
When you have finished, for Tristram Shandy, to see
If it is standing there, it should be, stronger
And more profound and theretofore hidden as Santa Maria Maggiore
May be hidden by similar churches inside Rome. One sidewalk
May hide another, as when you're asleep there, and
One song hide another song; a pounding upstairs
Hide the beating of drums. One friend may hide another, you sit at the
foot of a tree
With one and when you get up to leave there is another
Whom you'd have preferred to talk to all along. One teacher,
One doctor, one ecstasy, one illness, one woman, one man
May hide another. Pause to let the first one pass.
You think, Now it is safe to cross and you are hit by the next one. It
can be important
To have waited at least a moment to see what was already there.

Kenneth Koch

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Dica
Nos próximos tempos irei acompanhar este blogue com especial carinho.
Também já está disponível a versão twitter, mas não esperem que vos faça a papinha toda e esforcem-se lá por achá-lo.

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sábado, 25 de abril de 2009
Musiquinha para revolucionar a alma
sexta-feira, 24 de abril de 2009
12 anos???
A decisão governamental de aumentar a escolaridade obrigatória até ao 12º ano não é particularmente surpreendente, pois já há uma série de tempo que se anda a falar disso.
Contudo, há algumas coisas que não percebo (infelizmente não nasci dotado da capacidade de raciocínio de um Borges ou de um Quique Flores quando o Benfica está a perder um jogo) e que agradecia encarecidamente que me explicassem :
- numa altura em que os professores/escolas são obrigados a criar alternativas para os meninos conseguirem acabar os 9 anos, como esperam fazê-lo até ao 12º?
- também entrarão os professores de secundário na louca histeria das notas e resultados fabulosos em anos politicamente instáveis?
- será que o nível de ensino público irá descer ainda mais?
- será que iremos ter meninos a entrar no mercado de trabalho aos 42 (isto seguindo a lógica aritmética de que a maioria dos alunos "especiais" acaba o 9º ano por volta dos 18/19 anos) ?

Numa altura em que se volta a celebrar Abril (como tanto se diz por aí) fico apenas um pouco mais apreensivo em relação ao futuro

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quinta-feira, 23 de abril de 2009
Dia Mundial do Livro
A minha tremenda falta de discernimento, derivada de 14 horas de trabalho e muito poucas de sono (com belos sonhos de trabalho), onde consegui ir a Ourique em tempo recorde apresentar poesia a um grupo de jovens e regressar a Grândola para continuar a carregar móveis e pôr paineis faz-me proferir uma única frase neste dia que tantos dizem ser especial:
Feliz Dia do Livro (e da tal outra coisa que afinal são os direitos de autor)

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terça-feira, 21 de abril de 2009
O senhor que se segue
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Está a ecoar não tarda

No outro dia perguntaram-me de forma mais ou menos pública se era viciado em livros.


Corei ao de leve e confessei o meu vício. De imediato comecei a pensar em centros de desintoxicação e reabilitação. Dêem-me um telemóvel com sms ilimitados, uma televisão com SportTV (ou será só SporTV???) ou/e (riscar o que não interessa) um Magalhães com ligação à net e tráfego ilimitado de forma a que me possa curar deste vício.


De facto, e na tremenda iminência de me deixarem à espera num qualquer sítio, ando sempre munido de um livro de forma a que possa, com relativo sucesso, diga-se, aumentar as minhas dioptrias.


Quando, por alguma desventura do destino cruel me esqueço de um livro e me vejo obrigado a uma espera de mais de 3 minutos de 14 segundos, começo a sentir tremores e suores frios a percorrerem-me o corpo doente (perdoem-me o liricismo romântico, mas tenho uma paixão inconfessa por Shelley ). As mãos suam e começo a olhar incessantemente para o que me rodeia em busca de algo legível. Na eventualidade de não haver toldos ou cartazes, tiro os talões velhos de Multibanco que aparentemente se reproduzem sem quaisquer restrições na minha carteira e leio até ao obrigado final sempre ladeado por belos asteriscos.


Acreditem que é este um acto de coragem vir para um jornal confessar um vício que me consome mais tempo de vida do que os falhanços do Nuno Gomes ou a inabilidade do pé direito do Cardozo.


A todos os que ousaram ler estas palavras, deixo o meu muito obrigado e um sincero pedido de compreensão, já que não prometo curar-me tão cedo.

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A continuación
Afinal o post anterior aplica-se a esta semana toda

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sexta-feira, 17 de abril de 2009
Páscoa? Qual Páscoa?


Se hoje conseguir chegar ao final do dia com vida ou num estado mental que não me abra automaticamente as portas do Miguel Bombarda, pago uma visita guiada à biblioteca de Grândola (arquivo incluído) a todos os leitores que reclamem tão fabuloso prémio.

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quinta-feira, 16 de abril de 2009
Estórias ou as vésperas do Dia Mundial do Livro e de outra coisa que é grande demais para aparecer no título deste post
Embora já tenham passado alguns dias desde a minha passagem por Braga, a Centésima Página continua a estar bem presente na minha cabeça.
As livrarias independentes precisam de espaços assim, que possam combater o elitismo snob que se vive por estas bandas mais sulistas. Os livros não são papões que encerram estatutos (quais estatutos??) sociais ou outros. As pessoas/clientes são sempre merecedores de bom tratamento independentemente (será que se nota uma leve nota de rancor neste meu discurso?) de serem conhecidas ou tidas como intelectualmente importantes. Ali senti genuína vontade de gastar dinheiro e de passar o meu tempo numa satisfacção única entre livros (também devo ser doente pois já passo os meus dias laborais entre livros...), já para não falar no tentador cheiro a bolo de chocolate existente na loja (e oportunidade de adquirir uma simpática porção).
Não vou apontar o nome a livrarias que considero serem maus exemplos (acreditem que todo o meu sangue fervilha numa fúria digna dos mais negros tempos da Inquisição), mas sim destacar um que acho bom demais.
Senhores livreiros independentes, ponham os olhos nas boas práticas .
Se fiquei com vontade de regressar uma vez mais a Braga (a amizade, a comida, os farricocos, o chocolate quente do Vianna), a Centésima Página tem nisso uma grande culpa.
Parabéns!!

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Livro da Semana
Nem a propósito deste artigo do Jaime Bulhosa, o livro desta semana arrisca-se a receber a mais baixa nota desta coluna semanal.

No seguimento de um pedido originário do Orgia Literária, lá me lancei na descoberta de mais um autor portugês (mas que fé é esta que me atira de cabeça para autores portugueses?). Depois de ter lido uma crítica razoavelmente positiva na Y (acho eu), senti que poderia ser uma boa descoberta.

Mas não. O estilo cinematográfico, que na contracapa é referido como uma imensa virtude, deixa um pouco a desejar e a variação entre personagens narrativas é praticamente imperceptível. As mulheres escrevem e percepcionam o mundo como os homens e isso é redentor. Um homem escrever como uma mulher é difícil. Elas têm uma percepção e entendimento do mundo que em muito me ultrapassa e por isso é tão bom ler Clarice Lispector, Márcia Denser ou Virginia Woolf. Para um homem ousar tal artimanha tem que ter, pelo menos, 3/4 dos traumas psicológicos do Mishima. Portanto, ou o senhor Paulo Castilho narrava tudo na voz do sr. Ferreira, ou então estaria quieto.

Mais críticas: a crítica constante à sociedade portuguesa e seus costumes é recheada de lugares comuns, roçando frequentemente ditos já adoptados pelo mais comum Zé Povinho, quando na verdade tenta dar um tom elitista à coisa. E quando tenta dar um tom coloquial, soa inevitavelmente a elitista. Uma família comum não mandava a filha viver para Londres nos anos 60 nem ia com relativa facilidade aos EUA nos anos que antecederam o 25 de Abril. Duvido igualmente que um jovem que more no Campo de Santa Clara beba bom vinho e coma pizzas de qualidade duvidosa todos os dias. Se quer demonstrar decadência, ponha-os a comer hamburgueres congelados a beber e a beber litrosas na tasca da esquina. As duas coisas não se coadunam. Que o diga o MEC. Mas isso escapa. Ou escapava caso eu estivesse a gostar do livro. O facto de não gostar transformou-me num leitor mais crítico e parvo. Irritante, daqueles que não deixa passar nada.

Se me perguntarem se devem ler o livro? Lamento imenso e tenho dúvidas que o sr. Paulo Castilho leia esta crítica, mas não vos consigo recomendar este livro.

3/10

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quarta-feira, 15 de abril de 2009
Ontem disseram-me que roer as unhas faz mal
terça-feira, 14 de abril de 2009
Garantia
Saber que toda a gente que hoje fala comigo me pergunta se estou bem por causa do assalto ao Modelo em Grândola.
Obrigado a todos pela preocupação, mas continuarei a fazer compras no minimercado do Sr. Avelino.

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segunda-feira, 13 de abril de 2009
O senhor que se segue
domingo, 12 de abril de 2009
Tradições
Depois de uma breve deambulação minhota, eis que regresso ao buliço alentejano com a clara intenção de introduzir os farricocos no imaginário das crianças que decidirem importunar-me em dias de mau humor.

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quinta-feira, 9 de abril de 2009
Good morning

Graças a uma amiga que andou a deambular pelas ruas da capital britânica, consegui finalmente matar um desejo que andava em crescendo há coisa de quase 5 anos.
Se bem que no mítico Pereira da Rua Garrett se consiga um Lapsang Souchong bastante razoável, este é impressionantemente mais fumado e saboroso.
Há maneiras e maneiras de se começar os dias primaveris deste alentejo, mas com este chá falo-vos de um despertar bem mais agradável.
Acreditem que há quem agradeça!

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quarta-feira, 8 de abril de 2009
Quentin quê?
Depois de hoje ter decidido pôr um poster relativo a um ciclo de cinema Tarantino aqui no meu escritório, recebi como cumprimentos matinais:
"oh pá, mas que côsa é eta?"
"escuta, isto já passou. Queres que tire? Também não percebo qual é a tua de pores aqui coisas velhas"
"Gostava mais do outro que aí tinhas (era o do Rocky Balboa e já consideravelmente vandalizado)"
" O que é que te deu hoje de manhã?"
O que ainda me vai safando é o facto de agora ter a Lisa Gay Hamilton a apontar-me uma pistola, a Uma Thurman deitada de cigarro na mão, cinco mafiosos de óculos escuros e um carro assassino com 8 beldades na penumbra.
Nada como um olhar deliciado antes de retomar o olhar magoado para a realidade circundante.

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terça-feira, 7 de abril de 2009
Vício
A jornalista Iaabel Coutinho, autora de um dos mais fascinantes blogues que por aí anda (e de algumas das crónicas culturais também) veio agora "revelar" o meu mais recente fascínoi.
4 vídeos em torno da única entrevista dada por Clarice Lispector à televisão.
Se eu já gostava dela, agora gosto ainda mais. Durante 40 minutos estive hipnotizado, doente, com a cara verdadeiramente colada ao monitor do computador.
Deixo-vos o link e vou apreciar um pouco do sol que lá fora luta com tremendas nuvens negras, e sentir o prazer de estar vivo e já ter lido algumas (poucas) coisas dela.

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Squirrel Nut Zippers
Depois de mais uma atenta observação do trânsito na A2 e de lançar para o ar um leve lamento sobre a existência humana, geoxei até à biblioteca a fim de dar início a mais um dia de trabalho.
Ainda com as mazelas derivadas de 10km de ciclismo campestre (vulgo btt) sento-me e deixo a minha alma navegar ao som destes esquilinhos:




Há dias mais estranhos que outros ( so I've heard)

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segunda-feira, 6 de abril de 2009
O senhor que se segue
sábado, 4 de abril de 2009
Vino Tinto
Mas que belo momento de degustação, pensei eu ao sair do restaurante ontem à noite.
De facto Lisboa torna-se numa cidade bastante melhor depois de um digno repasto espanhol. Confesso que por momentos me senti sair de Portugal e mergulhar numa Madrid pacífica (ahahahaha), onde alguns espanhóis vociferavam como só eles o sabem fazer na mesa do lado. Por curiosidade, também havia alguns portugueses na vizinhança. É a globalização, pensei.
Uns huevos rotos, uns fatais pimientos padrón (confesso que depois de uma tenebrosa experiência turca em que julguei morrer tal e qual os queimados da inquisição, isto terá sido meia loucura) e umas courgettes recheadas abriram-me o apetite para um solomillo con queso de cabra capaz de me fazer rogar pragas ao facto do meu estômago não ser infinitamente maior e poder eu ter horas e horas de prazer continuado e obsessivo.
A carta de vinhos é bastante boa e, embora tenha optado por um Chaminé, vi uma gulosa garrafa de Diálogo de 5 litros.
Quando sentirem que não têm amigos e que se sentem sós, convidem-me para ir lá jantar e verão como nem sequer pestanejo.



PS- Esqueci-me de dizer, mas fica ali no Campo Pequeno

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sexta-feira, 3 de abril de 2009
Nova Ler
Hoje ao almoço tive oportunidade de passar (relampejar parece-me melhor, mas enfim) os meus olhos míopes pela Ler.
Pela nova Ler, como o esclarece o Francisco José Viegas num editorial consideravelmente mais pequeno do que o habitual. Confesso que senti falta daquele tom paternalista de quem apresenta a filha debutante à sociedade. No editorial, claro está, anunciavam-se as alterações.
A crise, a crise, o design, a aposta na inovação, o início do 2º ano pós-ressurreição (há quem pontue a sua vida com um a.L e d.L, sendo que a Ler morreu mais cedo que Cristo elevou mais algum tempo a ressuscitar. Estamos em Portugal...). Sinceramente não quis nem quero saber de explicações e comecei a ler.
A Pastoral continua lá, intacta, a biblioteca fútil também, o Reis Sá continua a dizer mal e bem. Por aí, estou safo.
Aqueles que eu não gosto de ler e que me vou poupar à enumeração também ainda lá estão e mais algumas coisas novas, como aquele género de diário do FJV que não apreciei particularmente... Enfim.
Mas a revista continua lá. Mais coisa menos coisa, não encontro razão para a não continuar a ler. A Ler.

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quinta-feira, 2 de abril de 2009
Organização turca

Quando estava a consultar aqueles belos guias do American Express e a bela da Wikipédia, confesso que quase me afligi ao saber que vivem oficialmente 15 milhões de pessoas em Istambul.
E quando digo oficialmente, afirmo-o da mesma forma como afirmo que não há um único governo africano oficialmente corrupto.
Mas como me disse um taxista que não hesitou em pôr à prova a minha capacidade cardíaca: 20 million in Istambul! I love the city! - claro está que enquanto ele falava comigo, preferia que ele tivesse a olhar para a estrada.
Mas fiquei surpreendido pois tinha imaginado mentalmente um engarrafamento contínuo, sem horas de ponta. Sempre carros e sempre pessoas. Quanto à forma de conduzir e ao absoluto desrespeito pelas mais essenciais regras da sobrevivência na estrada, nada a apontar: são exímios.
Como breve exemplo, demonstro-vos como é possível fechar uma rua com carros estacionados em ambos os sentidos:
À questão: como é que um gajo tira o carro dali? - acho que ainda hoje não haverá resposta concreta.
Em relação ao número de pessoas, o único sítio que me espantou verdadeira e genuinamente foi mesmo esta bela ponte, onde os pescadores se atropelam por um espacinho.
Queria ainda chamar a atenção para o facto de ali assim em baixo da ponte serem restaurantes. E que serviam aqueles restaurantes, perguntará o incauto leitor.
Peixe, pois claro (irei agora privar-vos de uma descrição gulosa do cheiro a tripas de peixe que havia por aquelas bandas)


Um outro pormenor delicioso é esta bela concentração de cabelagem, fazendo dos electricistas uma potencial profissão de risco (acho eu)


Sim, são mesmo cabos eléctricos.
E assim vos deixo com a certeza que ficaram bem impressionados e que os mais acérrimos defensores da ASAE nunca lá porão os pés, deixando Istambul permanecer puramente genuína.
Por estas e por outras é que... (cala-te boca).
Um grande bem haja e até já (que será já amanhã, ou assim espero)

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Livro da Semana

Muito badalado, muito comentado, muito publicitado. E será que muito lido?
A grande questão sobre o reduzido número de leitores e o aumento descomunal de livros por todo o mundo é um fantástico ponto de partida para uma agradável conversa (tal como definido na contra-capa) sobre livros eleitura.
Sendo que disso mesmo faço a minha vida, não podia ter vindo mais a calhar.
Dados agonizantes (a sensação esmagadora de saber que nunca irei conseguir ler tudo aquilo a que me proponho mentalmente e que a 4 livros por semana demorarei coisa de 250 000 anos. E isto caso não se publicasse nem mais um livro) e descrições fabulosas sobre esse prazer enorme que reside na leitura de um bom livro, quase fazendo-nos lembrar o Como um Romance do famosíssimo Daniel Pennac.
Já agora e nem mesmo a propósito, a Asa lançou este projecto interessantíssimo.
8/10

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quarta-feira, 1 de abril de 2009
Venezuela ou o Magalhães
Que haja comentadores que demonstrem claramente as suas preferências clubísticas e que apoiem o Benfica mesmo quando é mais que visível que somos destacadamente a pior equipa em Portugal ou que o lance do penalti tenha sido mérito do Di Maria e não um falhanço do Lucílio Baptista, aceito.
Aceito até com uma certa leviandade de quem se encontra em calamitoso estado a precisar de uma soneca pós-almoço.
Mas agora, que um comentador da SportTv apoie a selecção da Venezuela com a mesma condescendência que eu apoio as minhas causas... Em causa está o recente jogo contra a Colômbia, onde os senhores que partilham o balneário com o Rentería dominavam o jogo com algum à-vontade (acabaram por o vencer 2-0) mesmo depois da expulsão de um qualquer Aguilar ou Bermudez ou o que quer que seja logo aos 25 minutos.
Depois do banho de bola que 10 contra 11 ofereceram, sou ainda levado a crer que a expulsão foi um bónus para os venezuelanos a fim de não levarem pelo menos 15-0.
Agora, ou o comentador não sabia quem era quem ou sou eu que tenho um mau humor desgraçado e destaco-me como o maior picuinhas do futebol internacional.
Mas que há comentários que me enervam, lá isso há.

Pelo sim, pelo não, resolvi pôr a tocar um cd do Tom Waits enqaunto o Rentería marcava de cabeça.
Pareceu-me mais melodioso.

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