Big Breasted Blonde Amateurs
«Cada ratinha tem o seu mistério e desvendar uma não quer dizer que percebemos o mistério total», Puchkine, Diário Secreto
quarta-feira, 30 de abril de 2008
Rosas Vermelhas
Andava ainda no Liceu quando li uma entrevista ao Moçambicano Mia Couto num JL que ainda me parecia um bom jornal, e que acabou por alterar por completo a minha percepção literária do mundo:
nessa entrevista, o fascinante escritor falou intensa e repetidamente do efeito catártico da literatura nas pessoas. Embora o conceito me tenha fascinado, nunca o achei verdadeiramente crível pois a típica rebeldia dos 17 anos não permitia espaços a tamanhas coisas.
Depois de no passado recital de 2ª no Café Monte Carlo em Santarém ter sido lido um texto do Manuel Alegre entitulado Rosas Vermelhas, resolvi adaptá-lo e relê-lo em Grândola pela manhã às duas colegas de serviço.
Eis então que uma delas começa a chorar desalmadamente, passando o resto da manhã de óculos escuros e a chá de camomila.
Bom, pensei, isto é forte, mas enfim...
Já à tarde resolvi lê-lo num grupo de idosos que o escutaram atentamente e no final lá consegui recolher mais algumas lágrimas.
No final da semana devo ser capaz de anunciar quantos litros de água salgada consegui recolher, seguro de que a irei devolver ao mar num qualquer rito (sim, ele usa a palavra rito pelo menos 3 vezes, o que me dá uma certa autoridade para a usar aqui) simbólico no sábado de manhã.
O texto completo encontra-se disponível aqui

Etiquetas:

terça-feira, 29 de abril de 2008
12/50
O britânico Telegraph volta a oferecer-nos mais uma sedutora lista de livros.
Dos 50 livros de culto eleitos pelos seus críticos confesso que li 12, o que ainda meconsegue angustiar.
Seja como for, esta lista está cheia de referências agradáveis da minha vida, fazendo-me recordar caras amigas a estenderem-me livros, calores, cheiros e o irresistível prazer da descoberta.

Etiquetas:

Exigências por siglas.
Fala-se por aí da crise do PSD, mas o que eu quero mesmo saber é quem é que vai treinar o SLB para o ano.

Etiquetas: ,

Times a changin'
Ontem pedi insistentemente que as pessoas tivesse humildade quando falam de literatura.
E logo eu que sempre a utilizei para me tentar distinguir e afastar dos outros.
Já agora, aqui há algumas fotografias desse meu regresso em actos.

Etiquetas:

Regresso à casa mãe
O dia de ontem marcou um regresso fugaz à Biblioteca que alimentou durante anos os meus sonhos e onde ia religiosamente todos os sábados de manhã (pelo menos).

As fotografias que vos deixo estão para mim cheias de estórias e de uma história que remonta ao próprio Braancamp Freire que ainda hoje guardo na memória como um pequeno herói que resolveu abanar a província, dotando-a de um espaço fantástico para a cultura.








Passado quase um século acho que a província já quase que o descobriu.

Etiquetas:

segunda-feira, 28 de abril de 2008
e hoje
Estarei por Santarém juntamente com o Gonçalo numa vã tentativa de orientar um workshop de poesia dita (este fantástico evento terá lugar na Biblioteca Municipal Braancamp Freire, que acabará por marcar um saudoso regresso pela parte que me toca), para logo a seguir ao jantar tentar arrasar com as scalabitanas almas num recital fenomenal no Monte Carlo, ali junto ao Modelo.
Até logo ou isso.

Etiquetas:

quinta-feira, 24 de abril de 2008
Eventualmente até 2ª
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Porque hoje também é dia mundial dos direitos de autor
Será que alguém pagou à florista do Largo do Carmo pela sua ideia?

Etiquetas:

terça-feira, 22 de abril de 2008
Amanhã, vou comer abacate..
Embora apenas amanhã se celebre o Dia Mundial do Livro, já me encontro assim um pouco para o rodeado de livros que já li e que vou tentar ler para os outros em apenas 24 horas.
Bem sei que se trata de uma missão extremamente complicada e apenas ao alcance dos mais poderosos loucos à face do universo, mas não se preocupem: este blogue há-de sobreviver.
Ém relação à minha pessoa é que tenho sérias dúvidas.

Etiquetas: ,

segunda-feira, 21 de abril de 2008
Audições
Lamento informar, mas de momento estou em pleno deleite.
Regressarei assim que possível.

Etiquetas:

sábado, 19 de abril de 2008
Melides tem nova cara

E de repente Melides parece a Wasteland do Elliot.
Aliás, não sei se terá previsto tamanha devastação num dia invernal.

Etiquetas:

sexta-feira, 18 de abril de 2008
6ª. Já? Já!
Espero que o meu sofá aguente e não sei se anuncie desde já o próximo senhor.
Decidirei dentro de momentos.

Etiquetas:

quinta-feira, 17 de abril de 2008
Como se nada se passasse
Repare-se como este blogue é tão tudo e mais alguma coisa que já são 3 da tarde e ainda não fiz uma única referência ao jogo de ontem.

Etiquetas:

Livro da Semana


Lê-se.

Posso garantir que está bem escrito, poruq está. Estes senhores têm um fantástico domínio da língua portuguesa, conseguindo mesmo dar pequenas mostras do tal português africano com a liberdade e beleza a ele associado.

Contudo, o conteúdo não me conseguiu encher pois ao longo de todo o livro nunca se consegue definir qual o público-alvo a que se destina conduzindo o leitor a um género de vazio que chega quase a ser irritante.

Se desejar uma leitura leve, ideal para se digerir no pós livro com mais de 600 páginas, acho que é ideal.

De resto...

4/10

Etiquetas:

Cymerman

O enviado especial da SIC em Israel e especialista nos delicados assuntos do Médio Oriente lançou ontem a sua tradução nos EUA, o que é sempre algo arriscado e um motivo de orgulho para nós portugueses, que assim ousamos conquistar um pequeno quinhão de um dos mais exigentes e competitivos mercados editoriais mundiais.
Contudo, não pude deixar de reparar num pequeno e curioso pormenor na sala onde foi apresentado o livro.
O evento foi promovido pelo Instituto Cervantes e não pelo Camões. Ou pelo menos os meus olhos míopes (ou será astigmatismo o que tenho?) apenas conseguiram desvendar por duas vezes o famigerado símbolo do Cervantes em distintos pontos da sala, um dos quais mesmo por trás do supracitado jornalista.
Se o Dantas é português, eu quero ser Espanhol já diria aquele senhor que foi poeta, dramaturgo, actor, escritor, pintor e que mais o diabo a sete.

Etiquetas:

quarta-feira, 16 de abril de 2008
Simpsons


A maioria dos miúdos (e entenda-se por miúdos seres humanos entre os 8 e os 14 anos) que vem entusiasmadamente até à biblioteca ver o filme dos senhores amarelos acaba por não o perceber e desiste ao fim de vinte minutos.
Suspeito que tenha sido por isto que o senhor Chávez censurou a sua exibição nesse país de sol e mar a que chamam Venezuela.

Etiquetas:

FCP ou a virtude da Super Bock
Sem qualquer tipo de moral graças à minha condição de benfiquista, ouso lutar contra todas as vicissitudes da vida moderna e comentar o 3-0 com que o FCP despachou o Setúbal ontem em pleno estádio do Bonfim.
(...)
No meio de tudo isto o que ainda valeu realmente a pena ainda foi a nova Gold da Super Bock para aclamar omeu espírito perturbado pela arbitragem e leitura cega de Irvine Welsh.
Logo à noite já verei quantas serão.

Etiquetas:

Alarme
Descobri, ao fim de alguns meses de busca mais ou menos intensa, um poema do Miguel Torga de que gosto realmente.
Já o li cinco vezes nas passadas 28 horas e ainda não consegui descobrir um bocado de que não goste, o que é algo que me está a fazer estranhar todos os meus processos cognitivos.
Bem sei que ele é um pouco longo, mas acreditem que até acho que vale o esforço, pois um poema que começa com tão escandalosa exclamação é bem digno de ser lido :

Sim! Sou eu, o R-7,
Que fez o seu juramento
No dia doze de Agosto;
Que tem um morse nos olhos
E toda a Europa descrita
Nalgumas rugas perdidas
Pelo rosto...

Alta traição!
Se morro cheio de fome
Neste país sitiado!
O R-7 vendido!O R-7 vencido
E julgado!

Eu não cheguei, camaradas,
Porque os meus passos
Davam em terra alheia e movediça...
Mas gastei toda a energia
Que trazia
No coração...
Nem falhei por covardia
Nem preguiça:
Falhei por condenação.
Digo-vos esta verdade,
Que é tão vossa
Como a Mulher é do Homem

Em certas horas danadas...
(Certas horasem que as almas são geradas...)

É falso! É falso! Juro-vos, Juízes!
Nada me prometeram nem pediram!
Quando cheguei,
Nem me patearam
Nem me aplaudiram.

Havia neles o sono dos cansados
E não me puderam ver...
Havia neles a Paz, e eu era Guerra
(Aquela Guerra de dentro,que todo o Guerreiro traz
ao nascer).

Então,
Como um louco, bati a cada porta
E em nome de Zaratustra
Falei da quimera morta
E da nova Ressurreição...
«E aqui há sentido», acrescentava.
Mas a Besta devorava
Palha... e grão.

Meu corpo foi o drama do mistério
Que é mistério
Mas que se quer revelar...
Foi tudo como se um morto
Quisesse ressuscitar...

Não! Nem fiquei adormecido
Entre as coxas de uma espia,
Nem me vendi; nessa terra
Um homem como eu não se vendia!...

Seus olhos eram daqueles,
Que não olham para o Sol,
E eu cheguei de noite,

E nem assim!...
Agora, venha o desterro
Para as Sibérias da vida...
Já tenho a missão cumprida,
Já disse para que vim!

Etiquetas:

Aviso à navegação
Hoje ligaram-me às nove horas e um minuto com uma dúvida laboral absolutamente irreal/surreal/absurda.
Aviso agora que começarei a ir trabalhar munido de uma navalhinha assassina.
Just in case.

Etiquetas:

terça-feira, 15 de abril de 2008
Censura
Depois de passar os meus olhos sobre uma lista de 16 páginas com os livros censurados em Portugal nos afinais do regime Salazarista, sou levado a crer que a maior parte deles foram censurados por falta de qualidade e não por questões políticas ou de índole moral.

Etiquetas:

Grândola - Cadoços



Mais uma vez vos deixo com as fotos furtivas feitas num piscar de olhos entre Grândola e o Bairro Novo dos Cadoços numa viagem de pouco mais de 5m.

Apenas porque foi possível, apenas por isso.

Etiquetas:

Traumas
Ontem, numa aula a miúdos de 4º ano dei por mim a falar do Acordo Ortográfico.
Perante o olhar assustado das crianças, que afirmavam já terem sido avisados em relação a "isso" pela professora, pus as mãos na consciência, massagei-a e prossegui a aula com um sorriso como se nada tivesse acontecido.
De certa maneira ainda acredito que os comunistas comem criancinhas ao pequeno-almoço.

Etiquetas: ,

Há livros que davam melhores filmes do que outros
Ontem estava calmamente a ler quando me apercebi de que estava a ler Welsh e não a ver um filme do Tarantino.
Já a adaptação do romance de Cormac McCarthy...

Etiquetas: ,

segunda-feira, 14 de abril de 2008
Promessas de Abril
Uma das coisa que mais tenhou ouvido desde que entrei na escola é de que devemos aproveitar os bons valores emergentes no seio da nossa juventude até porque elee é que são o futuro.
E assim andei enganado uma série de tempo até entrar no mercado laboral.
Aí apercebi-me de que tudo isso que tinha andado a ouvir não passava de "paleio de Abril" como o diria o José Mário Branco e estamos hoje a construir uma sociedade de frustrados que quando tiverem oportunidade de mostrar o que valem, já estarão desiludidos.
Embora corra o risco de parecer pessimista, esta é uma convicção que não irei abandonar tão cedo até porque me deparei com este post.

Etiquetas:

sábado, 12 de abril de 2008
Mais uma vez é este o senhor que se segue
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Os senhores que se seguem

Bem sei que mais uma vez esta crónica (a única verdadeiramente controlada por questões temporais neste blogue) chega com um atraso de 24 horas, mas isto deve-se única e exclusivamente ao facto de só hoje ter acabado essa verdadeira epopeia a quem Jonathan Littell deu o nome de As Benevolentes.
Que dizer?
Brutal, poderá ser um bom adjectivo.
Ao longo das quase 900 páginas somos conduzidos pelas vivências do Dr. Aue pelos mais diversos cenários da II Guerra Mundial e pelos estados de espírito mais díspares.
Dois momentos de pura loucura (em descrições dignas de um Murakami) acabam por marcar uma narrativa bastante crua que nos seduz do primeiro ao último momento.
A polémica que rodeou o livro a nada mais se deve do que ao pretenso puristanismo intelectual francês que tantas vezes mete mais nojo do que o jogo do Sporting de ontem (peço desculpa por este desabafo irado, mas a Academia Francesa tem coisas capazes de me tirarem do sério).
Mas leiam.
Encham-se de coragem e leiam.
Vão ver que vale muito a pena.
9/10

Etiquetas:

quinta-feira, 10 de abril de 2008
Últimas de Cabo Verde
Consciente de que não irei desenvolver a minha ideia inicial de ir pondo fotografias de quase todos os fantásticos momentos vividos em Cabo Verde, deixo um último conjunto de 5 fotografias, que acabaram por ser o que mais me marcou: as pessoas.

Confesso que vi ali alguns dos mais bonitos sorrisos da minha vida, capazes de despertar em nós um enorme e quase incontrolável desejo de mudar o mundo.

Uma das fotos foi mesmo feita por pedido enquanto caminhava pelo Tarrafal.

A verdade é que por toda a ilha de Santiago se vêm pessoas a andar a pé e perante uma máquina fotográfica têm sempre um sorriso pronto a disparar, por vezes bem mais rápido do que o meu dedo ou o software da Canon.

É basicamente por isto que alimento dentro de mim a esperança de um dia voltar.





Etiquetas:

Como gosto de listas
O novíssimo blogue da Ler propõe uma mão cheia (ou mais) de listas de livros capazes de dar com qualquer maníaco em puro delírio ou depressão.
Podem-se esperar resultados neste mesmo blogue.

Etiquetas:

OU não...
De certa maneira já estou a caminhar para as mil postas de pescada neste blogue.

Etiquetas:

quarta-feira, 9 de abril de 2008
Agualusa ou polémicas dos tempos que correm
Isto há polémicas que não lembram ao menino Jesus ou ao Mantorras.
Contudo, em Angola, terra de promessas para muito e bom chinês, tudo é possível.

Etiquetas:

Hotel Spleen
E é assim que me arrisco a gostar de um livro de poesia

Etiquetas:

terça-feira, 8 de abril de 2008
Mais álbuns para a gaveta
9/10
8/10
7/10
7/10

Etiquetas:

Afinal até se encontram coisas engraçadas no Abrupto
One way to be very happy is to be very rich
For then you can buy orchids by the quire and bacon by the flitch.
And yet at the same time People don't mind if you only tip them a dime,
Because it's very funny
But somehow if you're rich enough you can get away with spending
water like money
While if you're not rich you can spend in one evening your salary for
the year
And everybody will just stand around and jeer.
If you are rich you don't have to think twice about buying a judge or a
horse,
Or a lower instead of an upper, or a new suit, or a divorce,
And you never have to say When,
And you can sleep every morning until nine or ten,
All of which
Explains why I should like very, very much to be very, very rich.

Ogden Nash

Etiquetas:

Rainy days
Em dias como o de hoje, sinto que me posso finalmente dedicar à literatura de corpo e alma enquanto no computador vão soando álbuns de reggae

Etiquetas:

Estado da situação
Faltam 160 páginas para o glorioso e ansiado final

Etiquetas:

segunda-feira, 7 de abril de 2008
Coisas do dia a dia
Já não posso sair à rua em Lisboa sem que oGonçalo M. Tavares e o Rui Tavares não me sigam...

Etiquetas:

Ingrid

Os franceses saíram para as ruas para se manifestarem em relação à liberdade de Ingrid Bettencourt.

O meu espanto é não ter havido notícias de carros queimados ou polícias espancados em nome da liberdade política na América Latina.

Seja como for e por muitas manifestações que se façam, ela será libertada. Se Chávez quiser.

Etiquetas:

Descobrir ilustradores
Como quem não quer a coisa descobri o catalão Jordi Sabat num livro onde a tradutora tem maior relevo do que o autor.
Mas enfim, contigências do mercado...

Etiquetas:

sexta-feira, 4 de abril de 2008
Espanto genuíno
Quando no dia 2 uma miúda de primeiro ano me perguntou se eu conhecia o Dom Quixote de la Mancha, eu sorri com algum espanto perante tão audaz pergunta, prometendo fixar a sua cara, já que o nome era de todo escusado. Não o irei lembrar nem que me deva dinheiro.

Dois dias passados e eis que ela me volta a surpreender ao me dizer que gostava muito de Frida Kahlo.

Aí não consegui esconder o meu espanto perante uma pobre miúda que foi abandonada pelo pai à nascença e vive com os avós numa Grândola muitas vezes muito antiquada.

Haja esperança no futuro.






Já agora, já regressei às minhas lides semanais aqui.

Etiquetas:

quinta-feira, 3 de abril de 2008
Cidade Velha no pós-cachupa
Livro da Semana
Confesso que desde que o vi que despertou aminha mais profunda curiosidade:
Clara Pinto Correia a adaptar para crianças uma das mais violentas obras do mundo adulto que conheço: O Banqueiro Anarquista do Fernando Pessoa.
Tirando o facto (e aqui já fala o defeito profissional) de achar que anarrativa se estende por muito mais doque o poder de concentração de uma criança permite, devo confessar que fiquei mais ou menos bem impressionado.
As ilustrações da Helena Simas são fenomenais e até mesmo incomodativas.
Nem que seja pela curiosidade, deixe-se levar, pois aleitura total do livro é relativamente curta.
Vai ver que vale a pena.

6/10


PS- Lamento não ter conseguido encontrar acapa, mas também confesso que não me esforcei em demasia.

Etiquetas:

quarta-feira, 2 de abril de 2008
Mais um novo blogue
Eu tentei resistir o máximo que pude acolocar um novo blogue aí na barra lateral, mas acabei por não aguentar.
Dois dias de leitura foram ais do que suficientes para que me convencer.
A Ler já tem blogue, ainda antes de regressar como revista.

Etiquetas:

Alugar carro, ou se calhar Jipe
Depois de um primeiro dia a privar com o Mozer e seus pupilos, resolvi alugar um carro.


Esta foi uma experiência que me introduziu numa das mais típicas atitudes cabo-verdianas que é a de apenas começar a formalizar quando pronto.


Passo a explicar:


Após sugestão da representante da agência de turismo, lá me dirigi até uma casa perto do hotel com o claro intuito de alugar um Jipe (isto porque só cerca de 20% das estradas cabo-verdianas é que se encontram asfaltadas). Depois de ter sido informado de que ainda demoraria trinta minutos para chegar o carro, propus-me a esperar.


E esperei de olhos fixos na RTP África que retransmitia uma telenovela da TVI, assim como o pouco conversador funcionário do rent a car.


Eis que só passados vinte minutos, quando chegou o Jipe, é que o prestável funcionário se decidu a começar a preencher os papéis do contrato, o que demorou cerca de 15m.


Ainda com uma raiva contida dentro do peito para com tanta inépcia, deparei-me com isto:



Acreditem que não há raiva que resista a tanta beleza.


Mais tarde (mas não muito) fiquei a saber que eles só começam a preparar as coisas quando está tudo pronto. No restaurante onde pude, pela primeira vez, aprsentar as minhas pupilas gostativas à cachupa, também só puseram amesa quando a comida já estava pronta.

Completamente consumido pelos remorsos por ter conjurado contra o pobre rapaz do rent a car, nada mais fiz do que apreciar a paisagem sobre a Cidade Velha que o Forte de S. Filipe propocionava.

Etiquetas:

terça-feira, 1 de abril de 2008
Na verdade gosto bem mais deste outro

Com o toque genial da Rachel Caiano

Etiquetas:

Retomar o trabalho pouco a pouco

Até porque amanhã se celebra o Dia Internacional do Livro Infantil

Etiquetas:

Nhô Senhô

Eis que por entre a inóspita paisagem que marca toda uma ilha que de verde só vi as acácias (algumas palmeiras também), há sempre uma Igreja como que perdida a transmitir alguma cor às casas cinzentas que parecem cogumelos por todo o lado.

Etiquetas:

Negócio
Para além das inúmeras disputas dos taxistas empre que saía do hotel e da forma desesperada como os recepcionistas tentavam ganhar comissões, houve uma proposta que me despertou a atenção.
Ao contemplar este fantástico pôr do sol, perguntei a um segurança que ilha era aquela que se vislumbrava no horizonte, ao que me respondeu prontamente que era a sua ilha natal, Fogo.
A ilha, segundo ele, era a mais bonita das ilhas cabo-verdianas e se por acaso eu não estaria interesado em fazer uma curta visita, pois ele conhecia um amigo que tinha um barco e que lá conhecia um familiar que mostrava a ilha como ninguém.
Depois de me ter negado, o segurança afastou-se tartamudeando entre dentes "Você é que sabe".
Tivesse eu metade do instinto comercial dos cabo-verdianos e já teria aberto uma loja de chás em Moimenta da Beira.

Etiquetas:

Hihera.com