Big Breasted Blonde Amateurs
«Cada ratinha tem o seu mistério e desvendar uma não quer dizer que percebemos o mistério total», Puchkine, Diário Secreto
sexta-feira, 11 de abril de 2008

Bem sei que mais uma vez esta crónica (a única verdadeiramente controlada por questões temporais neste blogue) chega com um atraso de 24 horas, mas isto deve-se única e exclusivamente ao facto de só hoje ter acabado essa verdadeira epopeia a quem Jonathan Littell deu o nome de As Benevolentes.
Que dizer?
Brutal, poderá ser um bom adjectivo.
Ao longo das quase 900 páginas somos conduzidos pelas vivências do Dr. Aue pelos mais diversos cenários da II Guerra Mundial e pelos estados de espírito mais díspares.
Dois momentos de pura loucura (em descrições dignas de um Murakami) acabam por marcar uma narrativa bastante crua que nos seduz do primeiro ao último momento.
A polémica que rodeou o livro a nada mais se deve do que ao pretenso puristanismo intelectual francês que tantas vezes mete mais nojo do que o jogo do Sporting de ontem (peço desculpa por este desabafo irado, mas a Academia Francesa tem coisas capazes de me tirarem do sério).
Mas leiam.
Encham-se de coragem e leiam.
Vão ver que vale muito a pena.
9/10

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2 Comments:
Blogger Pitucha escreveu razoavelmente...
Eu também gostei 9/10.
Bom fim-de-semana.

Blogger magnuspetrus escreveu razoavelmente...
Obrigado igualmente. Por acaso lembrei-me de ti enquanto estava a escrever este post, pois já tens (finalmente) a minha opinião.

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