Depois de um primeiro dia a privar com o Mozer e seus pupilos, resolvi alugar um carro.
Esta foi uma experiência que me introduziu numa das mais típicas atitudes cabo-verdianas que é a de apenas começar a formalizar quando pronto.
Passo a explicar:
Após sugestão da representante da agência de turismo, lá me dirigi até uma casa perto do hotel com o claro intuito de alugar um Jipe (isto porque só cerca de 20% das estradas cabo-verdianas é que se encontram asfaltadas). Depois de ter sido informado de que ainda demoraria trinta minutos para chegar o carro, propus-me a esperar.
E esperei de olhos fixos na RTP África que retransmitia uma telenovela da TVI, assim como o pouco conversador funcionário do rent a car.
Eis que só passados vinte minutos, quando chegou o Jipe, é que o prestável funcionário se decidu a começar a preencher os papéis do contrato, o que demorou cerca de 15m.
Ainda com uma raiva contida dentro do peito para com tanta inépcia, deparei-me com isto:
Acreditem que não há raiva que resista a tanta beleza.
Mais tarde (mas não muito) fiquei a saber que eles só começam a preparar as coisas quando está tudo pronto. No restaurante onde pude, pela primeira vez, aprsentar as minhas pupilas gostativas à cachupa, também só puseram amesa quando a comida já estava pronta.
Completamente consumido pelos remorsos por ter conjurado contra o pobre rapaz do rent a car, nada mais fiz do que apreciar a paisagem sobre a Cidade Velha que o Forte de S. Filipe propocionava.
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