Depois de um belo bife, lá me arrastei até ao outro lado do rio Sado para assistira um dos concertos que a minha alma mais esperava: Irmãos Catita.
Depois de uma primeira parte com o inovador fado de Deolinda, o momento lá chegou.
O Manuel João e seus compinchas lá subiram ao palco e o público bateu algumas palmas.
À medida que as músicas se foram seguindo, a reacção da maioria do público foi começando a contrastar com a minha euforia interior: os mais velhos começaram a abandonar o recinto com abanares de cabeça, ao passo que os mais novos (adolescentes) olhavam com aquele olhar que só eles conseguem e que representa desprezo por tudo o que não conhecem ou sai dos seus padrões de normalidade.
A verdade é que me senti num limbo. Por um lado, jovem e rebelde por saber de cor e ter cantado a plenos pulmões o Fado do Barnabé, por outro lado, um acabado que gosta de coisas que não têm explicação.
Bem sei que isto se passou numa cidade alentejana (Alcácer do Sal) e com tudo o que isso acarreta. Mas sei, sobretudo, que não fui para lá enganado. E gostei do que vi e ouvi. Muito mesmo.
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