Embora o facto de o Líbano não ter governo há 5 dias mereça maior destaque do que o de a Bélgica não ter governo há coisa de 100 dias (3 meses!!!!), o que me volta apreocupar de sobremaneira são os subúrbios parisienses (cuja estrutra é incrivelmente semelhante aos da nossa tão querida e amada Lisboa).
Os marotos revoltados resolveram incendiar uma biblioteca, demonstrando que o saber e a cultura pouco lhes diz, lançando o caos por entre a comunidade intelectual francesa que até aqui quase sempre os defendeu como os pobres coitados eexcluídos aquem o cruel sistema capitalista francês fechou as portas.
Ao queimarem uma biblioteca, o panorama alterou-se ligeiramente.
Ontem lá voltaram a queimar mais uns carritos, apesar da apertada vigilância da polícia francesa que, à boa maneira dos filmes americanos, já patrulha as ruas com a ajuda de um helicópetro. Apesar disso, o
Le Monde considera que foi uma noite calma.
Claro está que as atenções agora se viram para Sarkozy, agora Primeiro Ministro e que se destacou enquanto ministro do interior aquando da última grande vaga de conflitos. Basicamente fez o que lhe competia: acabadinho de chegar da China apelidou os autores da desordem de assassinos (sim, bem sei que o que ele disse foi que deveriam ser acusados de tentativa de homicídio, mas não é bem a mesma coisa?) , embora me tenha parecido ver nos seus olhos algumas palavras mais fortes (terroristas?, lanço eu para o ar).
Já na Suiça foi este um dos cartazes que deu a vitória à direita pouco moderada...
O que ainda me anima no meio disto tudo foi que o Benfica ontem jogou como há muito não via.
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