Ousar ler um objecto de culto de imensa gente é sempre algo arriscado.
Arriscamo-nos a não gostar e a ser julgados por isso.
Arriscamo-nos a não dar aquele feedback que se espera.
Enfim, um sem fim de riscos capazes de nos fazer pensar duas vezes antes de entrarmos no metro de manhã.
Mas evidenciando uma rara coragem, apenas possível para os que já detêm a marca dos 26 anos, arriscarei.
O leitor do alemão Bernhard Schlink merece ser um livro de culto. Tem lá tudo:
é alemão (veja-se o caso do Suskind), foi publicado nos anos 90, capítulos curtos, uma estória que nos agarra do início ao fim, uma moral mais ou menos evidente, uma estória de amor capaz de chocar os mais sensíveis e encantar os intelectuais.
Quanto a mim, gostei. Devorei. Até fiquei com pena de não haver mais. Mas tudo o que é bom também acaba.
Acho que o posso guardar um lugar bem especial para ele.
9/10
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