Depois de ter respirado bem fundo, fazendo o ar matinal chegar aos mais ínfimos recantos dos meus pulmões, decidi ir até à segurança social tratar de papelada.
Como podem calcular, a expressão "tratar de papelada" associada a "segurança social" é capaz de causar calafrios ao mais germânicos seres humanos.
Mas como o que tem que ser tem muita força, lá fui de Philip Roth na mão, pronto para enfrentar adversidades tamanhas que seriam suficientes para me colocar num pedestal mais elevado do que o autor dos Lusíadas.
Mas eis que para meu grande espanto deparei-me com uma sala vazia onde duas funcionárias ainda disputaram com o olhar a minha pessoa.
10 miunutos volvidos abandonei o edifício e regressei ao trabalho com aquele sentimento de que tinha acabado de ser privado de algo que era meu por direito: 1 hora de espera e cerca de vinte e seis páginas do Roth depois, pautadas por muitos nervos e desintegranços.
A questão que deixo no ar e que queria que repetissem para vós próprios é: onde é que este país vai parar?
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