Não consigo esconder o imenso pavor que me assaltou ao calcorrear as medievas ruas de Óbidos cheias de pessoas e crianças que não se inibiam de emitir comentários e gritinhos excitados por haver tão magnífica oferta de chocalate dentro de muralhas.
De forma a conseguir fugir a um fluxo de pessoas apenas comparável com o da 2ª circular em hora de ponta, fugi para uma rua secundária de forma a garantir a minha sanidade mental.
Foi então que me deparei com o cartaz de um (aparentemente) simpático restaurante que informava todos os que quisessem ser informados que haveria chocos com chocolate.
Respirei fundo e passei novo olhar sobre o cartaz em questão. Sempre me lembro de ver os chocos associados a coisas tão triviais quanto: com tinta ou sem tinta. Agora, chocolate?
Confesso que senti um leve revolver das minhas entranhas e fugi desaforidamente dali para fora de forma a manter um pouco de integridade e não partir aquele cartaz à biqueirada (como se tivesse andado a ouvir Ramones incessantemente). Quase aposto que me levariam preso, mas ao brilhante autor de chocos com chocolate é que ninguém lança a mão.
Assim vai este país...
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