Depois de bem recentemente ter percorrido as ruas ao som encantador e apaixonado da sabedoria popular, hoje dei comigo a estranhar o silêncio. Consegui percorrer 500 metros (que maratona, meu Deus!!!) sem ouvir um palavrão, um comentário jocoso, uma miséria, nada!
Será, senhores, que alguém leu as minhas palavras e todos os grandolenses se remeteram ao mais duro de todos os silêncios, pensei eu.
Senti um leve arrepio a percorrer as minhas costas mal refeitas de uma boa noite de sono, mas cedo me apercebi de um burburinho, algo, vozes humanas e virei acara.
Do outro lado da rua, assaltaram um café e as pessoas eram mais que vidros a comentar o que tinha acontecido.
Sem interromper o meu percurso matinal, limitei-me a lamentar interiormente o facto de ter optado pelo lado da rua que tinha a sombra.
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