Não conhecia nem nunca tinha ouvido falar.
Ufff, mais franco do que isto não sou capaz.
Escolhi pela capa, pela editora, pela necessidade de ler algo de que não tivesse absolutamente referência nenhuma.
Pois o Diário de um Velho Louco resultou em mim quase como os romances do Philip Roth. A perspectiva da impotência causada pelo envelhecimento do homem e do facto de ele ir alimentando desejos que de tão impossíveis se tornam proibidos é algo que me perturba. No mínimo.
E quando estas coisas são escritas com uma mestria inigualável, invejável mesmo, fica tudo um pouco pior.
Que livro!
Que bom que é!
Às vezes não há nada melhor do que deixarmo-nos surpreender por algo que nos é completamente estranho.
Embora o final venha cortar um pouco o ritmo da narrativa imposto pelo senhor Junichiro, ele encaixa-se com uma simpática subtileza, uma perfeição imaculada quase nos fazendo esquecer que estamos a ler um escritor japonês de inícios do século XX.
8/10
Etiquetas: Livro da Semana
O que me interessa sobretudo é o conceito do absolutamente novo e maravilhoso. E o das perspectivas e dimensões completamente novas. E o da inexistência de referências.
Concordo tremendamente com "não há nada melhor do que deixarmo-nos surpreender por algo que nos é completamente estranho". I'm weird (too :P)