Para o texto que se segue, uma única nota: refere-se à recente inauguração do Modelo em Grândola e ao enorme impacto que teve nas suas gentes. Mais ou menos como o impacto que espero sofrer depois de ler o
Elogio da Intolerância de Zizek.
Aqui vai:
Agora que já não é assim tão mediático, já me sinto um pouco mais à vontade para dissertar sobre essa grande revolução que se deu em Grândola, que foi a sua conversão em terra Modelo, por oposição a Álcacer, Santo André e Santiago que são assumidamente terras Intermarché.
Depois da conquista de Lisboa aos mouros (com a consequente morte do Martim Moniz) e da queda de Salazar da cadeira( com a consequente morte de muitas outras pessoas, ou não era suposto escrever sobre isso?), este consta como um dos grandes momentos da nossa história popular.
A informação da abertura do Modelo espalhou-se a uma velocidade estonteante, até porque ele cresceu fisicamente como os cogumelos e ali está visível a todos os que passam pela estrada nacional.
Na escola ensina-se que hoje se vive na sociedade da informação, na aldeia global, mas por estas mansas terras alentejanas diz-se que isso ainda cá não chegou. O que se segue é aquele rol de queixas de que por isso é que somos atrasados e que somos descriminados em relação ao resto do país, e ao resto da Europa nem sequer se fala…
Mas assim é porque se quer. E porque queremos.
E de momento não quero saber.
Quanto ao Modelo, abençoado seja que trouxe a Twinings, as Carr, a Budweiser e outras coisas de que me tenho vindo a informar nestes últimos tempos.
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