Big Breasted Blonde Amateurs
«Cada ratinha tem o seu mistério e desvendar uma não quer dizer que percebemos o mistério total», Puchkine, Diário Secreto
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007
Gloriosa terra Scalabitana onde nasci
Uma vez pedida a minha ajuda sobre a história de Santarém para um grupo de pré-adolescentes, ocorreu-me esta pequena pérola digna de um Vítor Serrão ou de um Mattoso:

Primeiro vieram os fenícios, depois os gregos, os romanos e finalmente os árabes, mesmo antes dos portugueses. O nome original de Scalabis vem da mitologia grega (Habis, que era uma das deusas mais apetecíveis de todo o Olimpo) e de Scalo (subida, o que acarreta uma evidente conotação sexual). Por isso é que ainda hoje os habitantes de Santarém são os scalabitanos.
O nome de Santarém surge da lenda de Santa Iria (cujo caixão foi descoberto no Tejo), sendo originalmente de Xantarim, evoluindo depois para Santarém.
Depois da conquista de Leiria, D. Afonso Henriques deparou-se com umas muralhas quase intransponíveis. Depois de algumas tentativas falhadas, a conquista da cidade foi resolvida à boa maneira portuguesa: Mem Martins infiltrou-se na cidade fazendo-se passar como comerciante, abrindo as portas da cidade na noite de 15 de Março de 1147.
Depois de um período medieval bastante agitado, graças à posição estratégica da cidade e ao intenso comércio fluvial através do Tejo, a cidade caiu num marasmo profundo até que, no século XIX surgiu uma burguesia endinheirada, tendo a cidade acolhido uma série de nomes da cultura e política da época ( o Passos Manuel que convidou o Garret para passar uns dias em sua casa e que, como consequência directa disso, surgiram as viagens na minha terra, ou o Alexandre Herculano que se refugiou da política, dedicando-se por completo à produção de azeite).
Contudo, no século XX a cidade voltou a desaparecer do mapa nacional (exceptuando, talvez, a visita da Isabel II em 57), até que, em Abril de 74, Salgueiro Maia decide partir da Escola Prática a bordo de um xaimite e fazer a revolução que instaurou o regime democrático em que ainda hoje vivemos.

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