Big Breasted Blonde Amateurs
«Cada ratinha tem o seu mistério e desvendar uma não quer dizer que percebemos o mistério total», Puchkine, Diário Secreto
terça-feira, 17 de abril de 2007
1ª crónica utápica
No seguimento das outras duas crónicas relacionadas com uma semana em Madrid, segue-se agora a primeira aventura em solo verdadeiramente espanhol.

Aeroporto de Barajas. Que bonito! Que grande! Embora esperasse um bafo de ar quente tremendamente horrível, a verdade é que em Março, nada mais poderia esperar do que um vento mais ou menos desagradável ainda a cheirar a inverno.
Depois de uma curta viagem (será sempre mais curta do que a da Ota até Lisboa) até à Calle Dr. Ezquerro, nada como começar a ganhar forças com uma tapa e uma mahou. Cafézinho de bairro, umas patatas alioli e uns garfozinhos da TAP. Obrigado pela homenagem Pepe (claro está que não sei o nome verdadeiro do dono do bar, mas sempre atribuo o nome de Pepe a todos os velhotes simpáticos que conheço em Espanha).
A simpatia dos donos do café apenas era comparável com o estatuto que se alcança caso se vá a um mesmo café em Portugal durante vinte anos, consumindo um mínimo de 5€ diários.
Com o coração quente encaminhei-me para um carismático Ahorra Más (supermercado que rivaliza de perto com o Minipreço), onde, para além dos preços exorbitantemente mais baixos do que os portugueses (eles não ganham mais em Espanha do que cá?), fui surpreendido com o Porto Sentido do Rui Veloso.
Curioso.
Não tão curioso como entrar ao acaso num bar de boa comida eencontrar ..o que é isto? Uma televisão em cima de um barril de Super Bock? A niña que nos estava a servir (que não tinha idade sequer para trabalhar) confessou-nos num tom de voz perceptível aos restantes clientes do bar, que os seus pais (donos do bar) eram portugueses.
Ironicamente, a melhor tortilha que comi foi aí mesmo.
Um dia em Madrid, mas ainda com Portugal bem vivo na memória.


Na próxima crónica utápica, já se prometem fotografias.

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