No seguimento da primeira aventura que quase me ia condicionando a vida, entrei finalmente no avião depois de, pela primeira vez em toda a minha vida, ter apitado num controlo e ter sido mandado seguir com desprezo (também só era uma mina anti-pessoal que tinha escondida dentro da meia esquerda).
Ao ser recebido em espanhol, temi seriamente já estar em Espanha em plena Portela. Fechei os olhos durante dois segundos antes de abrir a Jelinek, a fim de me poder adaptar a um estado de espírito espanhol.
Contudo, dois segundos foi tempo demais para me fazer lembrar que até à aterragem estaria em Portugal, graças a um grupo de surfistas da Linha que ostentavam orgulhosamente um acne de 15 e 16 aninhos. Claro está que não se privaram nem um bocado de partilhar com o restante avião a sua anormal existência através da emissão de ruídos idiotas, capazes de conduzir Ghandi à mais pura forma de violência.
Depois do desejo do capitão de um "Buen vueling", lá aterrámos no gigantesco Terminal 4 e consegui perder os bons jovens de vista.
Ao sair do aeroporto, senti finalmente que estava em Espanha. As crónicas utápicas seguem-se dentro de momentos no blogue do costume. Este.

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