Tal como acontece com as pessoas, também os vinhos conseguem despertar em mim sentimentos quase humanos como o receio e a expectativa de rever alguém de quem gostamos e faz tempo que não vemos.
O mesmo aconteceu comigo ontem quando resolvi desbravar um mítico Mazouco 2001 que marcou uma geração vinícola na minha vida.
Houve mesmo um aniversário deste vosso amigo que vos escreve em que se esgotou o stock de um restaurante.
Por apenas 3€ vendeu-se este vinho por esse país fora, fazendo as delícias de milhares de apreciadores de bons vinhos a preços baratos.
As mãos tremiam-me de nervosismo, mas não tanto quanto me tremiam os lábios face ao contacto inicial, depois de tanto tempo de expectativa.
E eis que o vinho ainda estava bom. O vinho ainda É bom.
Depois de 3 anos guardado na minha secreta (apenas secreta por estar oculta do sol) garrafeira, pude deliciar-me com 2 copos fabulosos e extraordinários.
Senti-me viajar no tempo e regressar a bons momentos num vinho leve mas com a personalidade típica do Douro.
A má e trágica notícia é que a garrafa deverá acabar hoje ao jantar.
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