Caro amigo,

como não gosto de ficar sem resposta, utilizo este espaço gratuito fornecido pelo blogger para dizer que se o Obama fosse africano talvez fosse branco assim como tu.
Até já,

Pedro

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Etiquetas: Requiems e outros que tais

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A não actualização deste blogue tem-se devido de sobremaneira ao estado pré-sabático em que me encontro.
Seja benvindo quem me quiser convidar para um café e uma acesa discussão sobre os custos da implementação de um curso e-learning, sempre tendo em conta as teorias construtivistas.

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Por mais que leia, há sempre coisas para as quais nunca conseguirei estar preparado.
Embora pudesse estar a falar do Ulisses do Joyce, refiro-me mesmo a algumas condicionantes da língua brasileira no meu cérebro.
Se acham que me vou esticar em considerações quase xenófabas, desenganem-se. Passarei deforma crua a uma breve exposição da realidade.
Cenário: de manhã. O chá ferve , contrapondo o seu vapor com as nuvens que se formam por trás da Serra da Penha (que bonito, que poético, que sei lá!!). Eu encontro-me meio espantado com o facto de me ter conseguido levantar e possuir discernimento suficiente para conseguir eleger um chá que me faça despertar completamente. Pedo na Adriana Lisboa (salvo seja) e começo a ler:
"Um dos filmes era O poderoso chefão (que filme será?, penso eu. Tenho uma leve suspeita, mas não, não poderá ser. Deve ser uma qualquer coisa brasileira.. ). Haruki ( o Murakami?) começou a assistir, era a quarta ou quinta vez vez que assistia àquele filme. Mas voltou a se impressionar quando o produtor de cinema acordou com a cabeça decepada do cavalo (ah?, mas ca porra? Nã tô em crer - expressão tipicamente alentejana que já demonstra uma certa aculturação da minha parte) em sua cama, aquele recado eloqüente (boa!, consegui pôr o trema) de Don Vito Corleone.

Como bem vêem as minhas piores expectativas confirmaram-se: Aquilo sempre era o Padrinho. Godfather = Padrinho, certo? Poderoso Chefão? Isso era o Franco, ou quanto muito o Bill Gates.
Não haverá padrinhos no Brasil? Ou é isso uma instituição tão temida e sacra que não pode ver o seu nome associado a um dos melhores filmes do século XX?
Dou-vos a bondade de tirarem as conclusões que quiserem.

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Confesso que ao ler um livro brasileiro já me enchi de dúvidas tremendas se seria estaria a ler esse tal de português originário do outro lado do atlântico ou um mero fruto do novo acordo ortográfico

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O Orgia Literária já tem novo rosto.
Queiram lá fazer o favor de conferir aqui

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A fazer lembrar Heróis do Mar?
Sim.
A voz é parecida com a do António Ribeiro?
Sim.
Têm reefs capazes de levar um leigo a pensar que se trata de Franz Ferdinand?
Sim.
Cantam em português e isso soa estranho?
Sim.
Ouve-se com evidente prazer?
Sim.
Creio então que face a estas qualidades e uma evidente falha, não vos resta nenhuma outra hipótese senão ouvir, ouvir, comprar o cd, ouvir de novo e deixar um comentário elogioso a este post.

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Se bem que todos os meses insista para comigo mesmo de que seria capaz de escrever as crónicas a tempo, pagar as contas (quais contas?) a tempo, há coisas que teimam em não mudar.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

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As crónicas diárias do MEC têm-me servido de pequenas bases de apoio e motivação para me lembrar de que, em breve, entrarei num género de retiro sabático por terras Lisboetas e de que me terei deixar de leituras mais ou menos profundas (conturbadas?) como este Cortázar que me consome parte dos sonhos mais tardios.
Ao menos o calor coaduna-se com aminha vontade de meretirar da vida normal e decente e fazer 6 exames em 10 dias.
Caso sobreviva, este blogue continuará a existir.
Caso contrário, acho que também continuará.
De forma deficitária, mas continuará.

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... informo que o calor e as actividades mestrais têm sido levemente inimigo da actividade escritural.
Esperam-se melhores algures para a próxima semana!

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Há sempre regressos à blogoesfera que são de saudar.
Que dizer então deste?
Que tenha este blogue mais sorte do que o anterior.

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Comentarios sem acentos irao sendo disponibilizados no twitter

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Com este tempo instável que para aí anda, não admira que as rosas estejam meio para o murchas

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Como sou um desmancha prazeres, amanhã não me juntarei aos milhões de recordistas nacionais que baterão o recorde da abstenção.
Digam lá se não mereço uma série de apupos e monumentais assobiadelas enquanto estiver a percorrer o caminho que separa a minha casa da mesa de voto?

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Tem-se assistido, recentemente, a um verdadeiro fenómeno de cariz esquizofrénico em torno da promoção da leitura.
Surgiu, entre nós, esse belo programa do PêNêLê que veio encher a minha vida de burocracia e da concretização escrita de planos e actividades que já saudavelmente praticava ainda antes da sua criação.
Por todo o lado se fala da importância da leitura (será que ainda haverá quem consiga ler este post??) e de como vivemos numa sociedade de conhecimento e de como um mercado emergente (eu diria mais congestionado) está aí a surgir. Mas sobretudo de como tudo isto é extremamente importante e nos faz um bem desgraçado. E às crianças. Não nos podemos nunca esquecer das crianças.
É claro que com tanta esmola, o pobre desconfia e eu sinto que os putos lêem cada vez menos.
Para ajudar à festa, gostava que conferissem este post que acho assim meio para o condenável.
Mas isto sou só eu e a minha opinião.

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8/10

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Será que poderei apenas votar no número 2 do BE para as Europeias?
Se o nosso sistema fosse verdadeiramente democrático, poderíamos votar apenas num ou noutro candidato da nossa preferência e não num partido e no sistema de votos= a lugares alcançados.
De forma a que mostremos o melhor que o nosso país tem, propunha então uma enorme mobilização nacional de forma a que possamos enviar todos os nossos escritores, o que nos fará votar no Rui Tavares, no Saramago e na Laurinda ALves.
Se conseguir receber o meu cartão de eleitor até lá, é isso mesmo que farei.

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