Big Breasted Blonde Amateurs
«Cada ratinha tem o seu mistério e desvendar uma não quer dizer que percebemos o mistério total», Puchkine, Diário Secreto
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Ja estive mais longe de voltar

Com calor, muito calor e uma comida fantastica, praias que nao lembram a ninguem e, claro, teclados sem qualquer tipo de acentuacao.

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sexta-feira, 20 de junho de 2008
Por causa do post anterior este blogue poderá não sofrer qualquer tipo de actualização na próxima semana.

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Coisas da vida

Até há bem poucos momentos estive a atirar bolas a uma tabela de basquete no mais suburbano dos cenários que Grândola pode oferecer: prédios descoloridos até ao 4º andar de um lado e vivendas sombrias do outro. Conheço mesmo algumas pessoas que moram de ambos os lados, o que sempre dá um colorido especial à coisa.

(um tipo de melancolia enfadonha, como quando sonhamos com a lusa glória há muito perdida)
Já no Liceu o fazia.
Cheguei mesmo a faltar a aulas para lançar, sozinho, bolas a uma tabela, criteriosamente colocada a 2,34 metros do chão, o que nunca me permitiu sonhar com afundanços. Enquanto o fazia, perante os olhares indiscretos dos contínuos, que aproveitavam todas as pequenas pausas dos intervalos para porem em ordem os seus cigarros, o mundo era meu e aquela bola era o pleno reflexo dos meus pensamentos.
Embora seja canhoto quase por excelência, a mão esquerda sempre condicionou os meus lançamentos e ela era frustração, alvo de repetições intermináveis que insistia em treinar de maneira a esconder os meus defeitos. (hum, engraçada metáfora para a vida)
Mas enquanto hoje lançava bolas contra a tabela, eu era o melhor do mundo. Embora acertasse apenas cerca de 50% dos lançamentos, cada um que fazia era o melhor de todo o sempre, pois eu apenas pensava: amanhã vou-me casar.
É verdade, amanhã vou-me casar.
Não parei de repetir isso de mim para mim naqueles quarenta minutos em que suei, corri, imaginei jogadas que nunca conseguiria fazer num jogo a sério. Mas nada disso importava, pois amanhã vou-me casar.
Acredito que o Schweinsteigger (estará bem escrito? não quero nem saber) pense que é o melhor do mundo depois de ter marcado um golo e feito duas assistências contra Portugal no Euro2008, mas isso em nada poderá ser comparado com o facto de amanhã me ir casar. (e a bola que batia na tabela repetia isso uma e outra vez)

A mão esquerda continuou a falhar lances inacreditáveis (havia uma mulher que fumava numa varanda e um homem de tronco nú que meditava sobre o fim de uma lata de sagres), mas eu continuei a ser o melhor do mundo.

E só, apenas só porque amanhã me vou casar.

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quinta-feira, 19 de junho de 2008
Livro da Semana


E que melhor maneira de celebrar o milésimo posto do que com um livro da semana?
Uma vez que a minha alma anda a pairar por Grândola há coisa de 2 anos, aproveito para fazer publicidade a um ilustre grandolense.
A Saída de Emergência publicou um belo livro de verão, daqueles capazes de nos fazer sonhar e pensar que o mundo até consegue ser um local agradável para se viver.
Situado num passado não muito longíquo mas indefinido, temos a visão do mundo pelos olhos de uma criança com um conjunto de "recados" para os leitores.
Ao contrário do que aconselham na capa, não acho que seja para crianças. Quando muito para adolescentes.
Mas uma agradável surpresa que recomendo quase vivamente.

7/10

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quarta-feira, 18 de junho de 2008
Esto es mi tinto de verano
terça-feira, 17 de junho de 2008
O senhor que se segue...
RFA
Ontem passava em rodapé no telejornal da uma que a RFA ia defrontar a Áustria.
Confesso que me senti ligeiramente confuso, mas à segunda passagem, confirmei.
A Alemanha sempre voltou aficar dividida.
Consequências do Não irlandês?

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domingo, 15 de junho de 2008
Catarse
Isto de ler Agualusa faz-me logo desejar ser dotado de uma capacidade de narração que consiga conduzir a lágrimas um qualquer transeunte que cantarole o Brilhozinho nos Olhos do Sérgio Godinho.

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sábado, 14 de junho de 2008
O senhor que se segue...
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Livro da Semana

Na altura em que só faltam 7 posts para os mil, escolho Philip Roth para livro da semana.

Mais uma vez ele consegue ser genial. Nunca tinha desconfiado de que Casei com um Comunista podia ser bom. O McCartismo fascina-me mas nunca decidi dedicar-me à sua exploração literária.

Agora tudo está diferente. Pelo menos para mim.

Nestas últimas semanas tenho dito publicamente a palavra McCartismo mais vezes do que seria normal e quase exigi a uma criança de 7 anos que soubesse o que foi.

Enfim...

É brutal e acho que não há grandes desculpas para quem ainda não o leu.

8/10

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Tá quase
Faltam 8 posts para os 1000 neste renovado BBBA.

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quarta-feira, 11 de junho de 2008
Agora a sério
Eis que no meio de uma louca tradução para Espanhol onde o original apresenta por vezes (isto para não dizer frequentemente) falhas lamentáveis e até algumas incongruências gramaticais (mas que percebo eu disto, aliás?), dou de caras com um outro tipo de euforia que não a futebolística:
a do gasoil.
Gasoil, pois é assim que muitos se referem a esse precioso bem quando em necessidade.
Sinto mesmo que neste momento em que vos escrevo a sociedade grandolense se divide entre os que têm o depósito cheio e os que não.
Há uns que já temem pela sua própria vida pois terão que começar a percorrer a pé os 700m que os separam do local de trabalho. Exagero. Há uns que vivem a uns bons 800m. Isto bem contadinho é logo outra coisa.
Caos.
Quanto há minha pessoa, confesso que a única coisa que ainda me assusta é ter duas semanas para fazer algo que considero impossível em tempo minimamente útil e que portanto este blogue conhecerá alguns soluços e posts que mais valia não serem escritos.
Mas uma coisa vos garanto e volto a reiterar neste privilegiado espaço de comunicação editorialmente quase livre: desde que não acabe a cerveja durante o Euro...


PS- Embora seja um grandioso desconhecido, o livro que estou a ler já cheira a verão.

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...
A bem da nação e da segurança pública venho aqui exortar para que não se acabe a cerveja durante o Euro.

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terça-feira, 10 de junho de 2008
O senhor que se segue...
A sorte é que não sou bruxo
O saber que amanhã não poderei acompanhar ao vivo o 2º jogo da selecção faz-me tremer e temer o pior.

PS- Ao ver a actuação de Marchena pela selecção espanhola, recorda-me esse grande negócio que o Benfica fez quando o trocou por um Zahovic já em fim de carreira e que pouco deu aos adeptos (entre os quais a minha humilde pessoa que tantas vezes só pede que os que vestem a camisola da águia apenas joguem futebol).

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segunda-feira, 9 de junho de 2008
Há coisas que ainda não estão bem claras
O Modelo/ Continente vende alheiras de Avestruz como produto regional.
Sendo que a avestruz é uma ave típica de outras latitudes que não as nossas receio imenso que Portugal ainda tenha colónias por esse mundo fora.

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Pure marketing
Depois de ter acabado de escrever um texto de promoção turística quase sinto que consigo enganar meio mundo e o Scolari, equipar-me e ainda ocnseguir chegar à Suiça ainda antes de 4ª.
Por falar em 4ª, quem é que teve a ideia de marcar uma reunião para esse dia às 18h??

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E ainda não chegou o Santo António
Sentir-te-ias roubado se tivesses pago 12€ por uma dose de sardinhas acompanhadas de salada?

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domingo, 8 de junho de 2008
NES
Depois da lesão de Quim e da vitória de ontem face a uma Turquia onde melhor jogador era uma constante aliteração de si próprio (Kazim Kazim), sinto que é meu dever de cidadão alertar para o facto de NES ter sido convocado.
Não sei porquê, mas para levar alguém que apenas joga ocasionalmente no seu clube mais valia terem chamado o Hilário, que pelo menos treina com o melhor do mundo. Ou não tivesse ele sido ontem a salvação de uma República Checa bem distinta da que temos vindo a ver.
Seja como for, na próxima quarta não poderei ver o jogo, pelo que inicio desde já um luto pesadíssimo que também cobrirá parte deste blogue.

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quinta-feira, 5 de junho de 2008
Livro da Semana

Depois de aqui ter falado do mais recente livro da Manuela Bacelar, onde nos é apresentada a vida de uma criança que é adoptada por um casal homossexual, vou-vos agora falar de Titiritesa do galego Xerardo Quintiá.

Não sei quem será o autor e talvez até tenha medo de o saber, embora aqui tenha descoberto um site sobre o autor nessa bela língua que Franco quis aniquilar e que é o galego.

Mas deixem-me focar no livro.

Por trás de uma normal estória de rebeldia infantil com a qual a maioria dos miúdos facilmente se identificará encontra-se uma estória de amor e paixão entre duas raparigas que acabam por se casar no final.

Suspeito que irei adoptar o livro como um dos "animáveis" para o próximo ano lectivo, mas antes farei alguns testes.

Caso me lembre, deixarei aqui o meu relatório quase imparcial.

Ah, as ilustrações de Quarello são verdadeiramente fenomenais.

7/10

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Por estas e por outras é que vejo cada vez menos televisão
Estava ainda agora a ver o jornal da manhã na RTP, de modo a poder ganhar consciência em relação às dificuldades que milhares de portugueses atravessam para entrar nas principais cidades, ou mesmo poder rever parte da entrevista do Vasco Rato ontem na RTPN, quando algo aconteceu.
O sr. Jerónimo de Sousa apareceu em grande destaque a recitar o menino de sua mãe do Pessoa.
Isto levantou várias questões, que passo a expor de forma fria e calculista:
- Fernando Pessoa escreveu imensos poemas, alguns dos quais com um impacto social bem maior. Ou então, escreveu ainda a Mensagem que é uma obra de índole nacionalista, conforme ficava tão bem na época.
- O "momento" foi patrocionado pela Leya que, como todos sabemos, é o maior grupo editorial português, conquistando uma parte importante do mercado através da anexação de todo um conjunto de editoras numa manobra que pouco terá que ver com ideais do PC.
Quando há coisa de dois dias estava a tentar orientar um workshop sobre poesia, alguém falou sobre autoridade moral...

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quarta-feira, 4 de junho de 2008
Isto não há direito
Depois de ter respirado bem fundo, fazendo o ar matinal chegar aos mais ínfimos recantos dos meus pulmões, decidi ir até à segurança social tratar de papelada.
Como podem calcular, a expressão "tratar de papelada" associada a "segurança social" é capaz de causar calafrios ao mais germânicos seres humanos.
Mas como o que tem que ser tem muita força, lá fui de Philip Roth na mão, pronto para enfrentar adversidades tamanhas que seriam suficientes para me colocar num pedestal mais elevado do que o autor dos Lusíadas.
Mas eis que para meu grande espanto deparei-me com uma sala vazia onde duas funcionárias ainda disputaram com o olhar a minha pessoa.
10 miunutos volvidos abandonei o edifício e regressei ao trabalho com aquele sentimento de que tinha acabado de ser privado de algo que era meu por direito: 1 hora de espera e cerca de vinte e seis páginas do Roth depois, pautadas por muitos nervos e desintegranços.
A questão que deixo no ar e que queria que repetissem para vós próprios é: onde é que este país vai parar?

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terça-feira, 3 de junho de 2008
Workshop quase gratuito
Depois de alguns dias de um ritmo alucinante, eis que quase consigo regressar à suave bucolia dos dias.
Seja como for, e apenas para provar como é fácil ser-se workaholic nas pequenas povoações deste país, ainda hoje promoverei um atelier/workshop ou o que lhe quiserem chamar tendo como alvo a poesia.
E poderia ser outra coisa, perguntar-se-ão.
Deixo a resposta em aberto.

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We're in the party with harmony
Depois de 22 recibos emitidos entre Outburo de 2006 e ontem, abandonei essa carreira, sendo agora um ilustre contratado.

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Hihera.com