Big Breasted Blonde Amateurs
«Cada ratinha tem o seu mistério e desvendar uma não quer dizer que percebemos o mistério total», Puchkine, Diário Secreto
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Tortinho?
Ao ler a Ler com um irritante entusiasmo de cariz adolescente, deparei-me com uma pequena nota do José Riço Direitinho sobre os Buracos Negros do Covadlo.
A convite do Orgia Literária fui convidado a fazer um comentário sobre a minha leitura deliciada do autor argentino. Até aí, concordo com a crítica do tal senhor. Mas quando, no final termina a sua breve crítica com um "Uma nota para a tradução, que é apuradíssima", duvidei se se trataria de sarcasmo. Numa revisão do meu texto, recordo que escrevi algo como: " A tradução deveria ter sido outro aspecto a ter em conta. Encontra-se repleta de traduções literais de expressões espanholas que não funcionam, evidentemente, em português. Talvez a revisão de texto devesse ter sido mais cuidada."
Temos aqui uma divergência ou quê?
Não me posso, nunca, considerar um expert em espanhol, mas sei reconhecer quando há traduções literais e acreditem que há muitas.
Peço, pois, aos estimados leitores deste blogue que leiam o livro e entrem em profundos dramas interiores sobre esta tremenda divergência que me entrou pelos olhos a dentro enquanto tomava o pequeno-almoço.
Ou então, vejam a repetição do mau jogo do Benfica ontem contra o Poltava.

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quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Livro da Semana

Depois de uma curiosa entrevista na Y de há umas semanas, adoptei o homem invisível como um dos meus livros de férias (abençoado estatuto que me permite requisitar cerca de 100 livros de cada vez na biblioteca).

E li.

E gostei.

Com uma fluidez de narrativa e humor constante e levemente cortante a fazer lembrar o Zink, Rui Cardoso Martins revelou-se um supremo mestre da narrativa alegre e descomprometida que marcou toda uma geração mais ou menos recente da nossa literatura.

Sendo eu um adepto desta onda de ridendo castigat mores, onde a nossa sociedade é interpretada e criticada de forma humoristicamente inteligente e sempre como quem não quer a coisa, acho que sou homem para recomendar este livro a alguém de que goste minimamente.

Quando dizem que ler faz bem, acho que se estariam a referir a este tipo de coisas, porque pelo menos a minha alma ficou momentaneamente mais leve e bem disposta.

Obrigado Rui!


8/10

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quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Persepolis 2.0
Para ver, ler e pensar.
Com a qualidade indiscutível da criadora de Persepolis.

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Gostar de ilustração
Gabriel Pacheco

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Vício
A leitura desatenta da Biblioteca do Gonçalo M. Tavares está a desatentamente endividar-me para com a leitura.
Depois de ontem ter sentido uma indirecta pressão para acabar de ler o Junot Díaz sinto, mais do que nunca, uma tremenda urgência de não perder tempo em buscas existenciais do sentido da vida.
Assim sendo, quantas mais obras terei que ler para atingir a felicidade?

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terça-feira, 25 de agosto de 2009
Ideias romanas
Depois de em 2000 me ter dedicado a calcorrear as ruas de um agosto escaldante, regressei agora a Roma, reforçando apenas a ideia que tinha ficado anteriormente.
Não é uma cidade de pessoas nem para as pessoas.
A tremenda luta de poderes e influências que ali se desenrolou durante séculos levou à criação de inúmeras igrejas e palácios de aspecto bélico, onde as janelas surgem muito acima da nossa visão e alcance imediato. Mais do que divino, senti-me desumanizado, avassalado por uma impotência tremenda, acrescida por um calor brutal.
Os incontáveis vendedores ambulantes não me pareceram tão mal quanto a pobreza que nos espera a cada esquina, a cada mão erguida na esperança de uma moeda e aos dizeres (muitos deles imperceptíveis) que em muito se assemelham ao canto chão.
Lamento, mas continuo sem gostar de Roma.

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segunda-feira, 24 de agosto de 2009
O verão e estas coisas

Estimulado por recentes visitas, lá tive que dedicar parte destes últimos dias a consecutivas degustações e prazeres gastronómicos.

De entre todas as provações aque meencontrei submetido, não consigo deixar de destacar a suavidade e paladar extremamente aveludado deste vinho do Douro.
O Reserva do Planalto 2008 que tem como imagem de apresentação uma garrafa por deveras curiosa e elegante com um preço bastante convidativo, é um dos melhores (ou o melhor?) brancos que pude saborear neste verão, tendo-me feito prometer que ainda por ele passaria antes de se acabar o calor e remeter os brancos para o obscuro recanto da minha mente que dura 3 estações do ano.
Se o encontrarem por esses supermercados e garrafeiras fora, não hesitem.
Give it a go!

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Regresso, penoso regresso
É tão bom regressar e ver que continua tudo tal e qual...
Afinal a tradição ainda é o que era e os próximos tempos prometem roçar o tenebroso...

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sexta-feira, 21 de agosto de 2009
O senhor que se segue...
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Ci vediamo
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Poli Kala
Numa altura em que ando tremendamente grato pelas recomendações literárias feitas pelas mais diversas pessoas que me rodeiam (que boas são as férias!!!!), não podia deixar de pedir aos poucos persistentes leitores deste blogue para que me dêem aqui uma saltada, explorem e divirtam-se.
Depois fechem a página.
Regressem lá, explorem de novo e divirtam-se.
E assim consecutivamente até à exaustão completa e a espuma vos comece a sair boca fora.
Quando regressarem a vós, lembrem-se de me agradecer de forma pecuniária.

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terça-feira, 4 de agosto de 2009
A música não é boa nem má, mas vale sobretudo pelo nome
Matinas
As senhoras que fazem limpeza do prédio que alberga as minhas ossadas, vai já quase para um ano, berram mais do que era suposto ou do que creio ser razoável dentro dos parâmetros da União Europeia.
Estou apenas à espera de uma providência cautelar para as poder fuzilar contra o elevador e por isso ser congratulado por toda a populaça.
Se alguém de renome chegar a ler este post, vejam lá se dão andamento ao processo.

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Maravilhas do nosso povo
A todos os que continuam a mostrar um tremendo e quase inesgotável fascínio pelas manifestações da cultura popular deveriam vir passar uns dias cá a casa e estender a roupa à noite.
Sempre que o faço deparo-me com grandiosas jantaradas de janela aberta no prédio em frente onde os intervenientes não se poupam a partilhar com a restante vizinhança os seus ditos.
Pois ontem lá estava eu nessa nobre missão doméstica quando me deparo com o que se segue:
" Ela só faz isso para judiar contigo (até aqui limitaram-se a usar uma expressão alentejana que tão bem substitui o, porventura, mais forte "sacana"). Saíu-me cá uma judeua!"
Acho que me inibirei de proferir mais comentários.

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domingo, 2 de agosto de 2009
Buracos
Aqui poderão consultar a minha mais recente crónica literária onde tento cumprir todas as formalidades que me são exigidas sem excessos nem outras coisas.
Vejam como me portei bem e como não consigo deixar de me sentir orgulhoso por tamanho feito quase anunciando que este país ainda se poderá vir a tornar em algo de sério um dia destes.

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sábado, 1 de agosto de 2009
Poesia pela manhã faz bem a quase tudo
Somos peças de xadrez nas mãos da fortuna
E o rei poderá cair às mãos de um humilde peão.
Não te preocupes com este mundo
Nem com as pessoas que nele vivem.
Pois agora este mundo está perdido,
Desprovido de homens dignos desse nome.

Pois o senhor Ibn al-Labban já em tempos perdidos e na altura em que Portugal ainda não era bem Portugal resolveu descrever assim a simpática postura de quem por aqui habitava.
Um visionário, dirão alguns. Ou apenas, direi eu nesta manhã meio enevoada da existência humana, o retrato de toda uma postura que veio para ficar.

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