Big Breasted Blonde Amateurs
«Cada ratinha tem o seu mistério e desvendar uma não quer dizer que percebemos o mistério total», Puchkine, Diário Secreto
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Nem a propósito imaginem lá o que é que eu estava a beber
" Martin preparou sua cuia de chimarrão e nos passou para beber: o mate - erva amarga que se bebe em toda a província, como o café. Uma cuia de cabaça, cheia de erva-mate seca, onde se coloca água fervente; depois se traga, chupando um canudo de metal, tão quente que chega a queimar os lábios e bastante amarga para confortar o estômago"
algures para a página 262 de O Rastro do Jaguar de Murilo Carvalho

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segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Smoky literature
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
David Bowie ou a metáfora perfeita para o e-learning



Ground control to major tom
Ground control to major tom
Take your protein pills and put your helmet on

Ground control to major tom
Commencing countdown, engines on
Check ignition and may gods love be with you

Ten, nine, eight, seven, six, five,
Four, three, two, one, liftoff

This is ground control to major tom
Youve really made the grade
And the papers want to know whose shirts you wear
Now its time to leave the capsule if you dare

This is major tom to ground control
Im stepping through the door
And Im floating in a most peculiar way
And the stars look very different today

For here
Am I sitting in a tin can
Far above the world
Planet earth is blue
And theres nothing I can do

Though Im past one hundred thousand miles
Im feeling very still
And I think my spaceship knows which way to go
Tell me wife I love her very much she knows

Ground control to major tom
Your circuits dead, theres something wrong
Can you hear me, major tom?
Can you hear me, major tom?
Can you hear me, major tom?
Can you....

Here am I floating round my tin can
Far above the moon
Planet earth is blue
And theres nothing I can do.

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Livro da Semana


Andas aborrecido?

A tua vida já não encontra um sorriso há algum tempo?

Não encontras uma leitura que verdadeiramente te cative?

Que dizer então desta colectânea brasileira que reúne 100 dos melhores contos de humor de sempre?

Eu ri-me imenso e ainda arranjei trabalho. Contos que valem muito pela ideia e outros que valem por qualidades narrativas intensas e impressionantes.

Pela sorte que toca ao lado lusitano, há um conto fabuloso do Almada-Negreiros (O cágado, a saber) e nada mais.

Mas foi uma lição, um prazer enorme que encheu a minha vida durante coisa de duas semanas em que quase sorri e quase fui simpático para as pessoas ao meu redor.

Tenho agora o livro em cima da minha secretária na biblioteca, com um índice sorridente e muitos sonhos de projectos que têm quase tudo para não falhar, ou assim espero.

Leiam! Depois da Antologia do Humor Português, voltei a deliciar-me com o humor universal.

Porque sim, há humor escrito. Com qualidade.

8/10

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segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Mera questão
Será que o facto do facebook ter vindo a dar problemas nestes tempos mais recentes veio reforçar o consumo de blogger da maioria da comunidade virtual?

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domingo, 20 de setembro de 2009
E eu a pensar que o tema deste quadro eram as insónias

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sexta-feira, 18 de setembro de 2009
LA
Será que o facto do Lobo Antunes ter anunciado a sua retirada das lides literárias de densidade elevada lhe conferirá os prémios para que se encontra nomeado?
O primeiro é brasileiro e tem como título Portugal Telecom.

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terça-feira, 15 de setembro de 2009
A senhora que se segue
O que me faltava para começar a ler João Ubaldo Ribeiro
Muita gente pergunta se, em vez de ganhar nofutebol, não era melhor a gente viver "bem", como os gringos vivem? Isso demonstra ignorância, porque se sabe que ao gringo interessa mais mostrar que araça deles é melhor, por isso que Hitler mandou matar todos os alemães que não ganharam nas olimpíadas, para não envergonhar a raça. Daí se vê que, ganhando no futebol, a melhor raça somos nós". -
in Já Podeis da Pátria Filhos

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segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Ditados populares

De forma a colmatar uma tremenda falha da nossa cultura, foi-me pedido em segredo para apresentar todo um conjunto de ditados populares que têm surgidos nestes últimos anos e cujo impacto já se afigura maior do que verdadeiros clássicos como "de pequenino se torce o pepino".
Resolvidos os termos de tamanho acordo, restava-me apenas pensar em qual dos primeiros ditados iria explorar.
Um dos mais recorrentes no meu quotidiano, ou pelo menos dos sábados de manhã, é:

Mais facilmente se morre num porra-velhos do que na Guerra do Iraque

Esta expressão, correntemente mais utilizada do que os trocadilhos com Jesus e Benfica, remonta à 1ª Guerra do Golfo no já longíquo ano de 1991. Contudo, foi apenas nesta segunda vaga, onde os ataques suicidas são mais do que a média de golos sofridos pelo Vitória de Setúbal neste campeonato, que o ditado imperou por entre as bocas nacionais.
Começando com uma referência clara a esse símbolo do colonialismo italiano que é o porra-velhos, esta frase tem um impacto sonoro tremendo quando reforçado com o sotaque alentejano.
A Ape 50, inventada por Giuseppe Ape em 1950, tem sido a causadora dos maiores massacres automobilísticos de que há memória na História de Portugal do José Mattoso, ao permitir que pessoas com mais de 60 anos possam conduzir livremente pelas estradas.
Ora acontece que o bom do automobilista normal, que anda nas semi-desertas estradas alentejanas a uma média de 120, ligeiramente abaixo das 4 mil rotações, não está, de todo, preparado para se deparar com um aglomerado de latão a 30 à hora e com trajectória incerta.
Escuso de me aventurar em explicações macabras e tenebrosas, pois o venerando leitor já estará a ver o cenário Tarantiniano que se segue: bracinhos para um lado, sangue a sujar o alcatrão, cabeças esmagadas, restos de gasolina desperdiçada (e ao preço que ela está!!!), enfim: uma nojeira.
Tudo porrado, portanto - como por aqui se diria em relação ao processo de esmagar a azeitona para fazer esse precioso líquido que escasseia nos países do norte da Europa e que é o azeite.
O número de desastres causados por velocidades baixas e trajectórias incertas é de tal forma elevado que qualquer notícia que se possa dar sobre os ataques suicidas no Iraque parece coisa de meninos.
E por isso é comum ouvir na boca de um qualquer petiz esta deliciosa expressão que já assume contornos de ditado popular e que agora partilho convosco.
Para bem da Nação.

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quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Acordar em Grândola
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Sinto-me tão assim
Obrigado Gabriel Pacheco

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terça-feira, 8 de setembro de 2009
Debut
Sinto que iniciei hoje um período de muita escrita e pouca produção num simpático contra-senso sob a égide da FCSH.
Quem tenha informações privilegiadas sobre esse fenómeno estrondoso que são os livros digitais, pode declarar-se oficialmente meu amigo, arriscando-se a receber uma imperial em troca de informações preciosas.
E olhem que não sou menino para brincadeiras...

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Guten Morgue II
Depois de bem recentemente ter percorrido as ruas ao som encantador e apaixonado da sabedoria popular, hoje dei comigo a estranhar o silêncio. Consegui percorrer 500 metros (que maratona, meu Deus!!!) sem ouvir um palavrão, um comentário jocoso, uma miséria, nada!
Será, senhores, que alguém leu as minhas palavras e todos os grandolenses se remeteram ao mais duro de todos os silêncios, pensei eu.
Senti um leve arrepio a percorrer as minhas costas mal refeitas de uma boa noite de sono, mas cedo me apercebi de um burburinho, algo, vozes humanas e virei acara.
Do outro lado da rua, assaltaram um café e as pessoas eram mais que vidros a comentar o que tinha acontecido.
Sem interromper o meu percurso matinal, limitei-me a lamentar interiormente o facto de ter optado pelo lado da rua que tinha a sombra.

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sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Humor desgraçado
De acordo com o organizador da antologia pela qual os meus olhos passam de forma quase incesante, Poe foi capaz de escrever humor.
Embora o esteja a ler de forma atenta e concentrada, apenas consigo achar paranóico. Mas piada, piada, não vejo bem...

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quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Boccaccio
Descobrir Boccaccio aos 27 pode parecer mal, mas ficar deliciado com as suas narrativas consegue ser verdadeiramente delicioso. Pois atentem lá: "quantos tolos acreditam piamente que é bastante cobrir com um véu branco a cabeça de uma jovem, e sobre ele colocar a touca negra, para que ela deixe de ser mulher e, assim, não sinta mais os desejos do seu sexo, como se o facto de ser freira ...transformasse a carne em pedra..." .
A seguir a esta antologia, creio que me esperará uma deliciada leitura dos seus contos.

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Livro da Semana

Há livros que toda a gente diz que são bons, que me parecem realmente bons e que teimo em embirrar e raramente leio.

Tal aconteceu com o livro que aqui vos proponho. A única diferença é que o li. E gostei. Não o achei fabuloso nem revelador da verdade suprema ou a nova voz da américa latina, como foi por aqí anunciado.
É uma voz crua, fria e que descreve a realidade americana na sua essência. Um argelino avier nos subúrbios de Paris também poderia escrever uma epopeia semelhante.
Não lhe nego valor, mas acho as críticas demasiado positivas. Julgava ver um novo génio, uma verdadeira bofetada de luva branca a todos os escritores (e sobretudo aos leitores) e sai um romance bom, extremamente trabalhado e escrito por quem sabe o que faz.
A epopeia do Oscar Wao, narrada a várias vozes e com uma boa dinâmica é uma boa leitura, que aconselho vivamente a todos os leitores deste blogue e outros cidadãos com quem me cruze. Mas nunca direi que é fabuloso.
8/10

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quarta-feira, 2 de setembro de 2009
O senhor que se segue
Guten Morgen!
Uma das grandiosas vantagens de andar mais rápido do que a maioria das pessoas que coabitam esta vila altenjana comigo prende-se com o facto de apenas escutar momentos fugazes das suas conversações matinais.
Hoje, por exemplo, vinha eu a pensar na concretização da minha proposta de projecto de mestrado quando sou invadido pela conversa de duas senhoras cujos níveis de poluição sonora se assemelhavam ao do afundar do Titanic:
- Atão, nã se anda melhor?
- Ai ca porra! Isto é vómitos, isto é diarreias, isto é má-disposição, isto é agonia. Uma pessoa nasce pa sofrer, é o que é.
Avanço alegre pelo facto de ter umas pernas que me permitem avançar à estrondosa velocidade de 7 pedrinhas e meia de calçada por cada passo dado, deparando-me com dois senhores possuidores de farto bigode em alegre conversação:
-Isto o gajo é um filha da puta, caralho. Cabrão de merda. Filha da puta.
- Podes crer.
Enquanto me afasto ainda mais rapidamente, consigo apanhar ecos de nova chorrilhada de asneiras a fim de assegurar que não as esqueceria até chegar ao meu local de trabalho.
Perante os habituais cumprimentos de bom dia por parte dos compatriotas laborais, limitei-me a sorrir timidamente, evitando proferir qualquer tipo de palavra, que isto às vezes mais vale estar calado.

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terça-feira, 1 de setembro de 2009
Curtas
- Notável série de traduções, capazes de nos porem a gostar de Mahmûd Darwîsh

- Muito bom, ou apenas saber mais sobre o nosso país

- Será que irei finalmente aceitar que este blogue também morreu?

- A boa da nossa política externa. Com amigos assim...

- O Eça é cada vez mais uma falha na minha educação

- Setembro trouxe a Lei Seca e o regresso do Pedro Mexia...

- e o fim do Caderno do Saramago. A blogosfera ficou ao mesmo tempo mais rica e mais pobre

- Ah, e mais outra mudança: o Senhor Palomar. Setembro é mesmo mais forte do que o Ano Novo

- Como conseguiria eu sobreviver?

- No fundo é este o problema de todo o país em anos como este

- E lá vou eu andar ansiosamente à espera que chegue a Portugal

- Os recentes posts deste sítio vêm confirmar que Setembro provoca uma série de maus humores por aí

- Não fora ter uma tese aí à espreita

- Assim sendo, ainda é mais deprimente

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Para invejas e outras coisas
É bom chegar a terça com a sensação de que é segunda.

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Hihera.com