Big Breasted Blonde Amateurs
«Cada ratinha tem o seu mistério e desvendar uma não quer dizer que percebemos o mistério total», Puchkine, Diário Secreto
sábado, 31 de março de 2007
Muitos são os que anseiam pelo regresso à lusa casa para se restabelecerem a nível gastronómico (vulgo tirar a barriga de misérias).
Depois de uma semana em Madrid, darei início a um intenso período de desintoxicação alimentar, que passará por um rigoroso regime de qualquer cois saudável numa tranquila praia do Allgarve (reparam como sou um gajo moderno e já uso a nova denominação governamental?)

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quarta-feira, 28 de março de 2007
Grandes Portugueses
E Salazar ganhou um concurso.
Ainda bem que os bloggers portugueses vao ter alguma coisa com que se indignar verdadeiramente nos proximos tempos...

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Promessas
Ja agora, preparo-me para criar uma serie de relatos de madrid, capazes de armar um sorriso no mais cofiado dono de uma loja de chineses.
Preparem-se, pois depois (que bonito jogo fonetico) de ter visto uma exposicao onde Van Gogh, Picasso, Modigliani, Miro e uma serie de gajos conhecidos estavam todos juntos e ainda por cima com os seus mais conhecidos quadros ja estou por tudo.
Tudo mesmo.
Embora corra o risco de ser processado por adoptar o seu motto, despeco-me com um "Ate ja"

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De Madrid
Bem, o facto de este teclado nao ter qualquer tipo de acentuacao e de nao me querer dar ao trabalho de descobrir como se poe um til ou coisa que o valha, quase que me da vontade de escrever o post em espanhol.
Isto, pois ao fim de 3/4 dias em Madrid ya casi que hablo español.
Y todo esto para decir que estoy teniendo una experiencia acojonante comiendo como un cochino.
Em portugues: Do melhor!

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sexta-feira, 23 de março de 2007
De partida
Nas próximas duas semanas encontrar-me-ei em parte incerta, a fazer uma cura junto com o Irvine Weslh e a movida.
A todos os leitores deste blogue, um grande bem haja.

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Pois
Mais uma citação Jelineska:

"mais vale uma sala-cozinha nova a brilhar, do que uma alegria na barriga a esquentar. a alegria arrefece, mas a cozinha permanece."

Isto aparece aí a páginas 88 do livro que ando a ler.

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Curtas
- Coisas que muita gente não quer saber

- Há quem lhe chame globalização

- Depois da economia, a literatura

- Ai sim?

- Por isto é que sou português

- O valor de uma licenciatura

- Para ser politicamente correcto, tenho a Atlântico logo seguida do Arrastão. Mas o Arrastão encurralado entre a Atlântico e o Arcebispo da Cantuária.

- Com alguma razão...

- Quando ele fica muito tempo sem escrever, penso sempre que poderá ter levado um tiro, ou explodido uma mina anti-pessoal quando ia comprar pão.

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Escândalo
Quer um gajo presentear todos os transeuntes cibernéticos com vídeoclipes dos Ena Pá de modo a fazer prever um fim de semana glorioso, e no Youtube só há isto:




E agora? Não era bem isto que queria, mas enfim... Vale pela imitação do José Mário Branco.

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quinta-feira, 22 de março de 2007
Heróis do Mar...

Há uma coisa que me irrita seriamente em muitos portugueses, mas que de momento não me lembro qual é.
Como tal, proponho a análise psicanalítica de um quadro de Mondrian.

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Viva a Democracia!
Ouvi dizer que o Zimbabué era um estado democrático que se tinha conseguido livrar dos horrores capitalistas dos horrorosos brancos capitalistas que, mesmo passados 20 anos da independência e da libertação do Apartheid, continuavam ali, assim, ah e tal, a explorar o país e a dar emprego e isso.
E um Mugabé que já foi tido como herói internacional de um certo tipo de facção política na qual nunca votei.

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Livro da Semana

O Livro da Semana é, desta feita, o único que li. Por completo.
Caso tivesse lido mais algum, teria considerado seriamente se não teria eleito oouto.
Não que Autor, Autor seja mau. Não é. Lodge tem esse condão de não conseguir escrever livros maus. É que nem os ensaios são maus.
Mas o problema deste meu desagrado foi a crença cega de que ele iria escrever como só ele sabe e afinal apresentou um romance histórico sobre Henry James.
E logo o Henry James de quem só li Daisy Miller e que não achei nada de especial. Não sou, confesso, esse tipo de consumidor.
Claro está que isto nada mais é do que um problema de expectativas.
As minhas, como erróneas que eram, foram goradas.
Estou mesmo a precisar de ler um Lodge...

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quarta-feira, 21 de março de 2007
Francis Bacon


Um post para a menina Mira Assaf Veiga

For mrs. Veiga

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Dúvida
Será que há alguém que consiga todos os posts da Atlântico?

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Influências
E por causa da Jelinek, sinto que a minha escrita está a sofrer um tremendo processo de retrocesso narrativo.
Pode ser que seja irreversível e que os posts se tornem minimamente legíveis.
Só ainda não aceito as minúsculas depois dos pontos finais.
Recalcamentos dos meus primórdios da leitura (vulga Escola Primária, que agora se deve referir como sendo uma escola do 1º ciclo do ensino básico?)?

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terça-feira, 20 de março de 2007
Anúncio
Pequena pausa de Danny Cohen para ouvir isto.
Contudo, há uma dúvida existencial que desbrota do meu peito: será que conseguirei espreitar os Grinderman ainda antes de voltar?

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Citaçãozinha
Citaçã e tal:
"porque não se haveria abusar da filha, se também a mãe foi abusada? em breve afilha será abusada, é disso que ela precisa..."
p.16 de As Amantes de Elfriede Jelinek (será que conseguirei escrever o nome dela sem titubear quando acabar de ler o livro?)

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A senhora que se segue
Feminista e não sei que mais...

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segunda-feira, 19 de março de 2007
No comments

Divinal.
O melhor de todo o sempre.
Para mim.
Não excessivamente amargo, mas também não é docinho como os chocolates normais, tem uma espessura fantástica e um sabor indescritível.
Pensei em saber mais sobre esta dádiva de Deus, mas acabei por me deixar seduzir por mais um quadradinho.
Até pode ser que acabe o Lodge.

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Danny Cohen

Embora o Nick Cave esteja de volta, descobri isto que me está a fazer adiar a ansiedade de ouvir os Grinderman.
Por quanto tempo, não sei.
Mas está.

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MM
Quem é que, porventura, será capaz de dizer em voz alta, sem temores nem nada, que as segundas de manhã conseguem ser prazenteiras?

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domingo, 18 de março de 2007
Desejos de Domingo
O Preço Certo chegou aos mil programas e ainda não acabou.
Há outras coisas que ainda não acabaram e não percebo porquê.
Quanto ao Prison Break, quase gostava que fosse eterno.

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sábado, 17 de março de 2007
Estado d'alma
Estar a ler Lodge e saber que poderia ser outro qualquer.

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sexta-feira, 16 de março de 2007
Saul Bellow

Há quem goste de Saul Bellow.

Eu nunca li, mas acho que o senhor tinha uma boa imagem(pelo menos melhor que a de Sartre).
Ah, e também ganhou um Nobel.

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Se bem que apenas um jogo me tenha marcado de forma afectiva, houve um outro desafio que teve momentos de génio:





O primeiro foi o golo do Shaktar e o segundo foi o golo de cabeça de Palop, portero do Sevilha, que conseguiu fazer melhor do que o que vi o Nuno Gomes fazer ontem e noutros jogos.

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A coroação...

E para coroar a noite de ontem, nada melhor do que uma cerveja neutra.
Nem portuguesa, nem francesa.
Se bem que belga (e logo falam francês o que é assim quase como os franceses, embora digam setente em vez soixante-dix e não sei que mais), tive o cuidado de escolher uma da parte flamenca.
Em noites como a de ontem costumo tornar-me num perigoso animal supersticioso e até que resultou.
Costuma resultar.
Em relação à cerveja, posso apenas dizer que é melhor do que a prestação do Simão mas não tão boa quanto o golo do Petit.

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quinta-feira, 15 de março de 2007
Derretido
Depois de meses a consumir Milhafre, recebi com alegria e simpatia a Nova Açores a derreter-se numa fatia de pão alentejano torrado.

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Personagens de um romance histórico





... entre outros.

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Tonight, tonight...
Embora o título do post possa indicar uma referência ao musical West Side Story, o post acaba por se desenrolar como uma questão de fé em relação ao jogo de hoje à noite entre o SLB e o PSG no Estádio da Luz.
Tenho fé.
Ainda.
Sei que este sentimento se irá proilongar até à hora do início dojogo.
Quando o árbitro apitar para início de jogo,torno-me num pessimista nato, capaz de pôr o Schoppanhauer a um canto.

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Livro da Semana

Isto de andar a ler um autor e pensar que estou a ler outro não tem nada que ver com nada.

O que me safou ainda foi a ligeira diferença na qualidade narrativa. Mas isto hoje em dia já se consegue um pouco de tudo.

Ah, vou escrever como o Kafka. E lá sai um livro como este.

Como inveterado fã do checo, posso dizer que gostei e até que aconselho o livro a quem o quiser ler. Não obrigo, não escreverei uma dissertação digna de um suburbano pseudo-estruturalista que não tem mais nada que fazer na vida.

O que mais me agradou foi mesmo a temática que, evidentemente, me toca quotidianamente.

Mas leiam.

Se quiserem.

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quarta-feira, 14 de março de 2007
Grande vida
A minha vida de blogger resume-se à esperança de vir a ser entrevistado pelo Luís Carmelo e ficar Miniscente para o resto da existência virtual.

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Alterações estruturais
A alteração na lista de blogues aí do lado direito é tão relevante como a maneira como o Juninho não concretizou pelo menos três livres no jogo contra o Marselha neste passado fim de semana.

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A vida é...
Ok, confesso que há uma certa frustração inerente ao facto de ter começado a ler um livro (que não faz parte de nenhum PNL) à espera de que fosse outra coisa.
Mas a vida é assim mesmo.
Quando comecei a apoiar o SLB, também ninguém me disse que tinha que sofrer como tenho sofrido.

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Ainda falam das segundas..
Acordar e sentir que gostava de ter acordado noutro lado qualquer.

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PNL
Desde o início que assumi um acordo de mim para mim em como não comentaria o Plano Nacional de Leitura.
Depois de respirar fundo, enviar uma série de seis murros hipotéticos à parede que tenho à minha frente, ter vociferado um seguimento de cinco asneiras relativamente inofensivas e ter feito estalar os ossos do pescoço enquanto via a repetição do golo do Petit contra o Leiria, decidi optar por não o comentar agora.
Por agora.

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terça-feira, 13 de março de 2007
Voyage

Quando vi a sua composição, não duvidei: deve ser bom.
Chá preto, folha de bergamota (ingredientes base do Earl Grey), limão (boa adição, recorrente em 21% das vezes em que bebo Earl Grey) e laranja (Lady Grey?).
Tentei.
Gostei.
Quero e vou ter mais.
Beber mais.
Se calhar já amanhã e tudo.

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segunda-feira, 12 de março de 2007
Glorioso amanhecer de uma esquerda...
Hans Blix disse aquilo que todos sabíamos.
Prevejo que a esquerda entre em delírio dentro em breve.

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Tour on Lisbon
Por razões mais ou menos evidentes, o seguinte post será escrito em inglês. A todos os anti-anglófonos ou defensores acérrimos da pátria língua, lamento. Não sinceramente, mas lamento.

Last Saturday, along with a wonderful companion, I went for a walk in Lisbon.
But those who think this was one of those bloody normal tour around the downtown, Belém and stuff, you're wrong!
After some delicatessen shopping in Corte Inglès, we've decided to go to Estrela to feel whatever is there to feel. Maybe life, which is something you can not even smell in Baixa.
I confess it was absolutely great to have a walk around the garden that was incredibly crowded. Fantastic mood on it!
After that great feeling, it happened one of the weirdest things ever: Gonçalo had a sudden glimpse of patriotism as we were passing in front of the Parliament, taking loads of pics in the oddest positions you can imagine.
I've decided to let myself seduce by the tram.
Once Gonçalo felt so patriotic, I've decided to show him Campo Mártires da Pátria. But unfortunately the fever has already gone for the time being.
On the other hand, I was rather nostalgic of my student times, feeling that I could have done something more of my life, or maybe not.
Well, the following picture only makes me remind of Vasco Santana and the famous Fado do Estudante.
Anyway, what I do know is that whether your life may seem to be in darkness, there's only a part of it that's staring at the sun.
I know this last part sounds rather philosophical. But it's not. I don't even know what it means. It just felt nice to write it.
Thanks for the great evening Gonzie and Mira!

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Os malefícios do desporto
Crente de que fazer desporto é saudável, lá parti rumo a um ringue de cariz suburbano nesta vila alentejana que me acolhe a fim de lançar umas bolas a um cesto que ainda não foi vandalizado.
Ao me deparar com um jovem de 14/15 anos que tinha tido a mesma ideia, convidei-o desportivamente para um one-on-one, crente nas minhas qualidades de Kobe Bryant que só seriam suficientes para o massacrar.
Ao intervalo já perdia por 16-12.
Dura realidade.
Tive que me aplicar. A larga experiência ganha no campo do Liceu permitiu-me dar a volta ao resultado e ganhar por um inexpressivo 21-17 e fazer-me suar que nem um cavalo.
Embora o termo "ressaca" seja o mais recorrentemente utilizado para o estado físico em que me encontro, sinto que me passou um camião por cima e que estou confinado a um estado vegetativo bastante próximo do coma.
Só quando esquecer este incidente é que voltarei a pensar em praticar desporto.
Até lá, só pela televisão.

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Bukowsky nel país
Para o meu amigo Gonçalo, talvez recomende isto.
Aos restantes leitores também sou capaz de recomendar, mas não tão veementemente.

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Nova sondagem
Depois de uma série desmesurada de elogios sobre o novo template deste blogue, já há uma nova sondagem, vital para o bom desenvolvimento económico e cultural do país.
Votem lá e ó faz favor...

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Eleições em França
O Le Point apresenta uma primeira sondagem sobre a possível decisão dos franceses nas próximas presidenciais de 6 de Maio.
Embora sinta uma certa simpatia pela maneira como Sarkozy tem evoluído enquanto personalidade política, o que mais me interessa é mesmo saber que se safa o senhor Le Pen na plural democracia francesa.
Embora seja dado como quarto posicionado, tudo indica que tem uma margem de progressão relativamente razoável (talvez dependente do número de carros queimados nas semanas que antecederem as eleições). Nada de alarmante, dizem.
Há uns anos disseram precisamente a mesma coisa e foi o que se viu...

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Início da Semana

Estando eu possuído por aquela misteriosa força anímica que caracteriza todos os inícios de semana, deixo aqui um pouco de música à lá 80's.
Já houve semanas que começaram de maneira bastante pior.

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domingo, 11 de março de 2007
O senhor que se segue...
Será que ele vai conseguir que eu consiga ler este indivíduo, assim ignorando a minha longa lista invisível de autores em espera?

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Curtas
- Descobrir que voltei a ser lincado por este blogue

- Lamentar a falta de actividade de um dos meus bloggers preferidos

- Saudar o aparecimento de mais um blogue amigo.

- Messi around (então o último foi de génio)

- Mais uma máxima de vida , ou esta também não é nada má

- Um post que eu nem me atrevo a fazer para não ficar excessivamente deprimido neste dia solarengo

- Ninguém me tira da cabeça que parte do encanto das Escolhas do Marcelo tem que ver com aquela constante pressão de que poderá acabar a qualquer momento

- O novo cronista da Atlântico veio dar aquilo que o PPM nunca conseguiu.

- Claro está que também poderia fazer uma piada sobre este post, mas seria demasiado fácil e redutor

- Sobre os 50 anos da RTP

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Quentin Tarantino
E que tal começar este Dominus Dei a ouvir a banda sonora do Kill Bill e questionar-me como é que ele consegue escolher músicas tão bonitas e singelas?

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Citação
E como por vezes me esqueço de que estou a ler um jugolavo e não aquele checo de que tanto gosto mas que já não poderá escrever nada de novo, aqui deixo uma pequena citação para desfrute de todos os leitores deste blogue:
"Cada época tem o seu próprio Inferno. Nesta altura é uma biblioteca."
Embora também ficasse bem um comentário inofensivo e malandreco sobre o PNL, não o farei.

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sexta-feira, 9 de março de 2007
Quotas
Agora que leio os posts sobre o dia da mulher ( e em que acabei de ajudar na montagem da exposição sobre as "poucas" que ganharam o Nobel), acho que deveriam ser estabelecidas quotas em todos os aspectos da nossa vida.
"Hoje já teve a sua quota-parte de divertimento. Por favor, apague imediatamente a televisão, o computador e a aparelhagem e deprima-se ou vá trabalhar."
Ou, ainda, prevejo um cenário apocalíptico no seguimento do ano "negro" dos Óscares: um ano feminino nos Nóbeis, ou a criação de quotas no ensino: "Lamentamos informá-lo que o seu filho, residente no Largo da Estrela, não poderá frequentar a Escola Secundária Pedro Nunes, a fim de se conseguirem cumprir as quotas pré-estabelecidas para mulheres, filhos de casais homossexuais, negros, jovens com cadastro, jovens provenientes de subúrbios decadentes, jovens provincianos, jovens com anomalias genéticas, portistas e todos os outros grupos minoritários e excluídos de acordo com os pressupostos legais."
Não sou alarmista. Apenas pessimista.

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O senhor que se segue

Desconfio sempre dos autores que têm gatos e que se encontram representados em Portugal pela Cavalo de Ferro.

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quinta-feira, 8 de março de 2007
Van Morrison
Li que o último álbum de Van Morrison era excelente.
Não vejo qual é a diferença deste para os outros.

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Dia Internacional da Mulher
Como hoje se celebra o politicamente correcto dia internacional da mulher, o almoço foi um acto solitário, com o sol a bater nas vidraças mas sem coragem entrar.
Na fotografia falta apenas a música do Miles que me fez uma companhia desgraçada.

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Livro da Semana

Costuma ser raro falar tantas vezes do mesmo livro antes de chegar às fatídicas quintas onde despejo comentários desprovidos de qualquer valor racional.

Isto quer dizer algo.

Algo como: "ainda bem que o li" ou um "gostei disto à brava".

Sobre o autor não vou escrever nada, uma vez que já o fiz aqui e nem sequer gostei do que fiz (será que devia ter posto o link?).

Mas enfim... Que dizer? Uma escrita atractiva que quase parece que o oiço aqui ao meu lado a falar sobre livros e sobre a vida e a vida dos livros e os livros da vida. Viciante.

Chega mesmo a ser triste acabar de o ler.

Contudo, caros copinchas que sejam leitores frenéticos de literatura e libertinura e pegas no paleio, um conselho: este é daqueles livros que nos compromete secretamente com muitos outros livros.

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quarta-feira, 7 de março de 2007
E Deus desceu à terra
E à página 139 desceu um raio de luz sobre a minha leitura.
Nick Hornby refere, em Fevereiro de 2005, um livro que já li (conspiração contra a américa), um livro que resultou num filme que já vi (Little Children, de Tom Perrotta), um outro sobre um músico que conheço (Chronicles do Bob Dylan) e um que gostava de ler e cujo autor não me é totalmente estranho (Soldados de Salamina de Javier Cercas).
Por um breve instante senti-me integrado, não-excluído, dando um ar de supremacia de mim para mim.

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Ainda ou mais Arcade Fire
De certa maneira, já começo agostar um pouco mais do último dos Arcade Fire.
Pode até mesmo ser que venha aficar viciado num futuro mais ou menos próximo (nem que para isso tenha o Sean Lennon como única alternativa).

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Próxima crónica a ecoar
Geralmente renego tudo o que se encontra à minha volta. Não que para isso tenha uma razão em especial, não me sinto em nada discriminado pela sociedade, fazendo-o apenas pelo prazer do inerente jogo psicológico.
Contudo, há uma coisa que não consigo renegar: a tradição judaico-cristã em que nos encontramos. Sempre são um pouco mais que vinte séculos.
Por isso mesmo é que assumo o tácito compromisso de apresentar aos resistentes leitores destas linhas a maneira como os pecados mortais condicionam a minha existência.
Claro está que o que mais vezes me invade e seduz de forma malévola é o da inveja.
Sou invejoso. Muito.
Desde criança que invejo a maneira de jogar de vários jogadores: aos 11 anos, o francês Eric Cantona (até ao momento em que ele pontapeou de forma marcial um espectador); aos 13 o menino-maravilha do Benfica, João Pinto; aos 15 Luís Figo e um Barça demolidor onde pontuavam Sergi, Stoichkov, Ronaldo e de la Peña. Este deslumbramento em relação a Figo apenas desapareceu recentemente, tendo sido substituído pelo Ronaldinho (com e sem barriga), Henry, Van Persie e o portentoso Drogba.
Quanto aos escritores, ainda sou um pouco pior: chego mesmo a invejar os mortos. Não que inveje sobretudo os mortos (como geralmente acontece com a maioria das pessoas que só lê mortos), mas que eles representam uma boa maquia, lá isso representam. Mas há uns que invejo seriamente. Falando dos vivos, que sempre são os que mais me incomodam, pois possuem ainda margem de manobra para melhorarem: as crónicas do Pedro Mexia, que só são possíveis por causa da revolução do MEC (de quem só não invejo a barriga), o estatuto do Saramago, a facilidade de escrita do Lodge, o humor do Nick Hornby ,a loucura do Martin Amis e a forma promissora como o Houellebeck se afirma como o melhor escritor francês da actualidade. Também invejo a escrita yuppie do Haruki Murakami e as capacidades narrativas do Roth. Já agora também não me importava de ter uma quota-parte do dinheiro do Lobo Antunes ou de viajar tanto como o Agualusa.
Noutros domínios invejo os privilégios de Salvador da Cunha Guedes (dono da Sogrape e por conseguinte de toda a casa Ferreirinha), o estilo do Mourinho e o facto de trabalhar no bairro de Chelsea, os pequenos-almoços de Stephen Twinings (qual será o chá que ele bebe?) e a capacidade de produção do Jerry Bruckheimer (autor dos CSI, Perto de Casa e Sem Rasto).
Bem, também invejo todos aqueles que fazem coisas que eu não consigo fazer, o que me faz invejar quase 70% da população mundial que fala idiomas para mim desconhecidos.
Sou invejoso. E não é nada pouco.

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Coisas frustrantes
Logo agora que já quase que tinha uma tese de mestrado escrita sobre o jogo de ontem e de como teria gostado que ele tivesse ido para prolongamento só para me poder ter deliciado um pouco mais com amostras de bom futebol, o computador foi abaixo.
Sem razão nenhuma, como sempre.
Em sinal deprotesto deixo apenas as fotos que para mi resumem o conteúdo do jogo. Um Quaresma que resumiu em torno da sua figura todo o ataque do Porto e adupla de médios que tem vindo a afunilar o jogo do Chelsea pelo centro, mas que ainda vão fazendo adiferença.

PS- O Pepe também esteve magistral, mas não havia fotografias bonitas dele no site da UEFA etambém não me dei ao trabalho de pesquisar.

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terça-feira, 6 de março de 2007
Henri Troyat
Morreu.
Como nunca li nada dele, deixo novo poema, desta feita de um grande poeta açoriano.
Carregar aqui para ler a totalidade e ouvir algo de verdadeiramente valoroso.

Aqui não faz "snow"
Aqui não há dinheiro
Aqui os arrepios
é só do vinho de cheiro

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Poesia
Fico sempre mais ou menos contente quando descubro um poeta que poderá servir para uma qualquer oportunidade futura.
A frase anterior quase que foi poética.
O seu nome é Tony Hoagland e é americano e podem ser mais sobre ele aqui. Ou então pesquisem no Google.

Sometimes I wish I were still out
on the back porch, drinking jet fuel
with the boys, getting louder and louder
as the empty cans drop out of our paws
like booster rockets falling back to Earth

and we soar up into the summer stars.
Summer. The big sky river rushes overhead,
bearing asteroids and mist, blind fish
and old space suits with skeletons inside.
On Earth, men celebrate their hairiness,

and it is good, a way of letting life
out of the box, uncapping the bottle
to let the effervescence gush
through the narrow, usually constricted neck.

And now the crickets plug in their appliances
in unison, and then the fireflies flash
dots and dashes in the grass, like punctuation
for the labyrinthine, untrue tales of sex
someone is telling in the dark, though

no one really hears. We gaze into the night
as if remembering the bright unbroken planet
we once came from,
to which we will never
be permitted to return.
We are amazed how hurt we are.
We would give anything for what we have.

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Finalmente
E eis que à página 63, descubro que o Nick Hornby leu um livro que eu também já li.
De certa maneira sinto que a minha manhã já valeu a pena.

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Sean Lennon


Não sei se será complexo de Peter Pan, mas para mim o Sean Lennon nunca cresceu da imagem do documentário feito pouco tempo após o assassinato do pai.
Por isso, quando descobri que ele tinha lançado um álbum, fiquei surpreendido. Muito mesmo.
Aquele puto e coiso e tal...
Mas afinal aquele puto é mais velho do que eu, conhece a filha do Mick Jagger (na foto), tem a cara e a voz parecida com a do pai e lançou um álbum repleto de música mais ou menos naïve para serem ouvidas em intervalos psicossomáticos entre o White Album e o Plastic Ono Band.
Razoável e longe do poder do senhor que foi baleado em 1980 e que quase mudou o mundo.

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segunda-feira, 5 de março de 2007
Momentos bonitos da infância
Hornby's quotes
Para justificar o post anterior, aqui ficam duas citações para espicaçar o que quer que seja:

"I am now cheered by the realization that if I've forgotten everything I've ever read then I can read some of my favourite books again as if for the first time."

"The whole purpose of books is that we read them, so "Good" books can be pretty awful sometimes"

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Deus?

Há escritores que nos marcam.
Quer pelas temáticas que abordam, quer pela posição que assumem em relação a determinados assuntos, quer pela sua maneira de escrever.
Para mim, o Nick Hornby estava para os romances como o Pedro Mexia para as crónicas. Há hoje uma série de pessoas que têm blogues de inspiração bloguística do Mexia e que têm uma qualidade invejável. O Analfabeto Civil é apenas um desses exemplos.
Mas retomando o senhor da imagem à esquerda, confesso que sou um fã indiscutível da sua escrita mundana, da sua maneira real de descrever situações reais e do seu mordaz sentido de humor.
E se eu lesse as suas crónicas?
E se essas suas crónicas fossem sobre livros?
Embora elas estejam parcialmente disponíveis aqui, não resisti a comprar o livro que agora me delicia.
Confesso que há muito tempo que não tinha este tipo de prazer na leitura do que quer que fosse.
Contudo, não o recomendo a ninguém. Pode ser que seja egoísta, mas de momento ainda não consegui ter o discernimento suficiente para saber se ele poderá ser bom para mais alguém para além de mim. Se calhar sim. Mas ainda não sei.
Há venda aqui ou aqui.

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Tomar e Almourol para digerir
Tal como neste mesmo blogue tinha ficado prometido, aqui ficam as imagens de um dia por Tomar, a fim de contribuir para o enaltecer do glorioso espírito nacional.
Pois começando por esse grande drama nacional que é o de conseguir estacionar o carro nos centros das cidades, Tomar revelou-se uma cidade igual a todas as outras, cheia de truques e dificuldades para estrangeiros como eu.
Mas com sorte e inspiração divina, lá consegui estacionar o carro e deliciar-me pelas ruas do centro da cidade plantada à beira do Nabão, rumo a um restaurante desconhecido e que acabou por se revelar uma agradável surpresa. Comme de habitude, já não me lembro como se chama. Mas isto passa com a idade.Depois de uma almoçarada digna de um rei que se preparava para enfrentar a tenebrosa fúria dos templários, lá ganhei coragem para entrar no castelo e conquistar um convento que se revelava como uma das maravilhas quase eleitas deste nosso quase país.

Depois de ter conseguido entrar pela porta da frente (sem que com isso me tenha tido que disfarçar de sarraceno esfomeado), comecei logo por estabelecer uma série de amizades estratégicas.
Sim, depois de ter visto a versão da Disney do Corcunda de Notre-Dame, as gárgulas nunca mais foram as mesmas.

Esta é mesmo a fotografia da praxe. Se não a tivesse tirado, ninguém acreditaria que eu tinha realmente estado no Convento de Cristo.

Depois de ter travado amizade com uma segurança, que me proibiu de tirar fotografias num dos sítios que era expressamente proibido tirar fotografias, começou a verdadeira demanda quixotesca de descobir a saída do Convento.
Suspeito mesmo que terá sido mais fácil para o Maradona abandonar o futebol do que eu conseguir encontrar a saída.

Mas ao fim de uma boa meia hora, em que passei por uma série de claustros que foram perdendo a sua beleza à medida que o desespero subia, lá me deparei com a única placa verdadeiramente perceptível em todo o monumento.
Mais tarde vim a saber que tinha sido um arquitecto de renome a desenhar as placas imperceptíveis para o mortal dos comuns. Naquele momento, senti-me manifestamente descontente com a minha falta de iniciativa por nunca ter estudado a fundo (quizá um mestrado) a obra de Walter Gropius ou de Corbusier. Talvez me tivesse dado jeito.
Talvez me tivesse safado.
Talvez.
Depois desta pequena desventura, respirei fundo e pedi ajuda aos rapazitos do polígono de Tancos para conquistar este castelito abandonado à sua sorte no meio do Tejo.
Mais dia menos dia não será de admirar se o encontrarem no meio do estuário do Tejo, entre Lisboa e Almada.

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sexta-feira, 2 de março de 2007
A minha vida dava um livro
Ainda sobre o David Mourão-Ferreira, que infelizmente já faleceu e portanto nunca terei o prazer de o ouvir ao vivo na televisão (sendo que toda a gente sabe o secante que é ver essas reedições em dvd):
acho que qualquer vida humana poderia dar um livro.
Por isso mesmo é que há livros melhores do que outros.

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Ainda os Arcade Fire
Na Y (Ípsilon para os mais puristas dos leitores) de hoje lá vem mais um artigo sobre os Arcade Fire com uma série de elogios fantásticos, mais uma boa entrevista (a fazer lembrar ao de leve a da 6ª passada) e notas dignas de louvor.
Mas será que só eu é que não acho o álbum assim tão bom?

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Gostar de pintura


Em vez de escrever um post sobre a morte do antigo guardião benfiquista Bento (que alimentou grande parte do meu imaginário futebolístico), deixou apenas um outro retrato de um daqueles pintores que me consegue fascinar.

Ladies and gentlemen: Mr. Lucian Freud!

O nome poderá ser mais ou menos propício a trocadilhos, mas, de momento, privo-me de os fazer.

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quinta-feira, 1 de março de 2007
Arcade Fire


Desilusão.

Estou desiludido.

E não é nada pouco.

Também, quem é que manda criar expectativas?

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103 anos é obra
O SLB celebrou ontem o seu centésimo terceiro aniversário.
Como estamos fora da taça, sempre deu para fazer uma festa toda chique.
Abençoado Varzim!

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Livro da Semana

O livro desta semana não deverá constituir surpresa nenhuma para nenhum dos habituais leitores deste blogue, graças à intensidade com que tenho referido o tal autor nestes últimos tempos.
Estando eu consciente que o David Mourão-Ferreira é daqueles nomes que eu nunca deveria ler em toda esta vida santa que levo no alentejo (isto por causa dos conflitos geracionais e correntes literárias e diabo a sete), a verdade é que fui um rebelde de mim mesmo e li.
Não posso dizer que gostei, mas também não desgostei por completo.
A escrita, terrivelmente embrenhada em coisas que não me interessam minimamente (tal como acontece com o Cardoso Pires), sofre profundas influências da sua escoal poética.
Mas por muito boa que seja a sua reflexão/obsessão por um caso de adultério que até pode resultar num amor feliz, o gap geracional é demasiado grande para mim.
Eu não o consegui ultrapassar.
E assumo.

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