Big Breasted Blonde Amateurs
«Cada ratinha tem o seu mistério e desvendar uma não quer dizer que percebemos o mistério total», Puchkine, Diário Secreto
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Correntes
Mas, se to assi merece esta inocência.

Canto III dos inevitáveis Lusíadas que andam a pairar na minha secretária de trabalho há um porradão de tempo sem que me decida a prepará-los para a criançada.
E sai isto depois do desafio do Mário Lisboa Duarte e passo-o a quem se quiser passar.

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A comunidade agita-se em relação ao caso Sarkozy.

Depois de Camacho ter despachado um jornalista na final da Taça na sua anterior passagem pelo SLB, o Mourinho ter gozado com um jornalista em Barcelona e o Santana Lopes ter abandonado a entrevista na SIC Notícias, foi a vez de Sarkozy demonstrar que há coisas que não se devem aturar.

Com as novas alterações no estatuto dos alunos, os professores vão ter que passar a aturar muito mais do que seria razoável. Mas isso, pelo menos, é para o bem da Nação (ou assim dizem).

Mas o que não se pode aturar mesmo é este flyer.



Digam lá que não tenho razão.

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Descoberta imagística /iconográfica
David Mazzucchelli

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terça-feira, 30 de outubro de 2007
Atlântico

A Atlântico de amanhã promete ser uma das melhores dos últimos tempos.

Embora nunca tenha sido muito dado a prognósticos, mas veja-se o cartaz:

Edição de Outono:
Vasco Pulido Valente descasca Günter Grass.

Miguel Morgado defende o referendo europeu.

João Pereira Coutinho escreve sobre Lobo Antunes.

Pedro Mexia entrevista Paul Auster.

Vale a pena continuar?

Já agora e só por causa das coisas...

André Abrantes Amaral dá ideias para Lisboa.

João Marques de Almeida critica o Nobel da Paz.

Paulo Tunhas sobre os vícios da linguagem.

José Miguel Júdice leva o regime ao médico.

Rui Ramos sobre as invasões francesas.

Vitor Cunha sobre a imprensa.

Manuel Falcão deitado no sofá.

Fernando C. Gabriel e o legado de Mandela.
Amanhã à venda. Por aí.

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Diz-me onde estudaste e dir-te-ei quem és
E tu?
Em que lugar está a tua Escola Secundária?
A minha está num humilde 105º, longe até, de ser a melhor do distrito.

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TVShop
Apesar do FCP ter ganho ontem por uns contudentes 3-0 ao Leixões, a capa da Bola e do Record de hoje centra-se na possível titularidade do guardião benfiquista Butt no próximo jogo.
Há coisas que vendem e outras que não. Temos que perceber iso.
Também percebo, nesta fase da minha vida, que os prémios ajudam a vender. O Valter que o diga. E QuidNovi também.
Sinceramente, não sei o que fazer primeiro: abrir uma editora ou ganhar um prémio.

Ah, e por falar nesta estória toda de vendas e não sei que mais, estou a desenvolver um particular gosto pelo BCP e pela postura do vamos ser comprados?, não, vamos comprar! que me fazem lembrar as inúmeras horas que já passei a jogar monopólio.
A eles, o meu muito obrigado!

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Máximas que não servem para nada
Ouvir Brian Eno pela manhã é quase tão bom como não acordar.

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segunda-feira, 29 de outubro de 2007
História do Desportugal
Aqui, o Nuno Gonçalo, criador e principal blogger do meu blogue desportivo de referência, explica como é que tudo aquilo surgiu e se tornou no que é hoje.
Cada vez mais me sinto honrado pela oportunidade que me foi dada de ali poder colaborar semanalmente.
Obrigado Nuno.
E em homenagem, deixo o golo do Nani no último fim de semana. Golo, não. Golão.

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Continuação de post anterior
Juana la Loca pela mão de Carlos de Gante

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Tratado de Lisboa
E no meio de um verdadeiro fim de semana de ócio (onde se inclui a quase hercúlea tarefa de aprender alemão em tempo recorde), ouvi dizer que foi assinado um importante Tratado em Lisboa.
Quando questionado sobre a importância desse tratado, respondi que achava que o Quim ontem tinha sido mal expulso e que Deus tinha feito justiça nos pés do Makukula.
A maior parte dos presentes concordaram comigo com um leve aceno de cabeça. Os outros só acharam que o Miguel Bombarda é uma hipótese mais que válida para o meu avançado estado de demência.

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Recordações de um fim de semana
O que é que nos leva a comprar um vinho?


A) lemos qualquer coisa sobre ele numa conceituada revista de vinhos


B) somos aconselhados por alguém da nossa mais íntima confiança


C) outras e múltiplas razões



Pois foi partindo da permissa C) que resolvi comprar o vinho que se encontra disponível na imagem da direita (bem sei que ela não é muito perceptível, mas sim, o vinho chama-se Tuga)


Sim, o nome foi essencial na escolha. Outro elemento fundamental foi o facto de ter sido consagrado com a medalha de ouro do Concours Mondial de Bruxelles que se tem vindo a afirmar revelar como uma verdadeira fonte de referência.
Claro está que o facto do vinho ser do Douro também contou bastante nesse difícil processo de eleição de uma garrafa de vinho numa feira de vinhos.
Aberta este fim de semana e consumida com moderação durante duas saudáveis refeições, o Tuga (que tem como motto The Passion of Portugal) é um vinho suave, pouco ácido mas com a garra que se reconhece a um bom Douro.
A não perder, ideal para este início de Outono.

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sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Schönes wochenend!



Aqui vos deixo, caros amigos, uma musiquinha de fim de semana juntamente com um excerto da pauta para os mais ousados.

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6ª? 6ª!
Embora o meu estado de espírito esteja um pouco como a Pitucha, recomendo a leitura atenta deste artigo do Rui Tavares sobre a atitude de Martin Amis, que nos remete para a ditadura em que vivemos.
Obrigado, Rui!

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quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Análise desinteressante

É isso mesmo que vos proponho neste post sobre o jogo do SCBraga e o Bolton.
Como o jogo foi verdadeiramente desinteressante até à entrada do senegalês Diouf, dirigi a minha mente para um outro tipo de análise futebolística:
O Braga é um pouco como o Mallorca de há uns anos.
Foi buscar um conjunto de enjeitados/recusados do nosso futebol de forma a construir uma equipa equilibrada, capaz de vingar.
Passo a descrever:
Paulo Santos - antigo guarda redes do SLB aquando da sua estreia na I Divisão. Uma jovem promessa que andou a rodar de clube em clube até finalmente conseguir a titularidade no Braga numa altura em que a reforma já não é só uma miragem.
Dani Mallo - Também ele foi uma jovem promessa, desta feita do futebol espanhol, tendo sido formado nas canteras do Corunha donde veio esta época, assim meio para o despejado.
Carlos Fernandes - Lembro-me de ele ter surgido no Sporting e depois andou a passarinhar-se e a perder-se em clubes menores até ao ano passado, ano em que fez uma boa campanha.
Frechaut - Mais um valor que despontou no Bessa, chegou à selecção e partiu para a Rússia em busca da tal felicidade que não chegou a nenhum português.
César Peixoto - Depois de despontar no Belenenses, foi para o Porto onde se revelou um excelente jogador, capaz de lutar por um lugar num dos melhores onzes do início do século no futebol português. Seguiu-se o Espanyol que o fez cair aos olhos de todos.
João Pereira - Mais uma promessa benfiquista que nunca se afirmou na equipa graças ao seu mau humor e irregularidade. Seguiu-se o Gil Vicente onde demonstrou que ainda não está para ser esquecido, regressando agora ao Braga (fez um belo jogo hoje à noite)
Jorginho - Depois de ter brilhado ao serviço do Setúbal, nunca se conseguiu afirma no Porto, tendo sido despachado para o Braga
João Tomás - O Jardel de Coimbra, como era conhecido quando veio para o Benfica, brilhou na Luz (lembro-me bem do hat-trick ao Sporting) e desapareceu para Espanha (Bétis) onde nunca se afirmou. Regressou mais tarde ao futebol português para de novo emigrar para as Arábias onde estava de novo a eclipsar-se, mas em boa hora regressou ao nosso convívio.
João Pinto - no comments
Wender - Depois de ter feito furor em Braga, foi contratado pelo Sporting, clube onde nunca se conseguiu afirmar. Regressou a Braga.

São 10 jogadores nestas condições. 10. E quase todos titulares, o que me ajuda a construir uma teoria quase tão sólida quanto o estruturalismo.

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Manos do futebol

Numa altura em que o guarda redes do Sporting é falado de forma absolutamente anormal, não consigo deixar de fazer referência ao seu irmão mais velho que por cá venceu consecutivamente o título de jogador mais alto da I Divisão.
E já que se fala destes belos momentos de união familiar no futebol, creio que não será demais destacar o ex-sportinguista Assis, que quando representou as cores verde e brancas não sonharia que viria a fazer mais dinheiro ao ser empresário do irmão mais novo.
É com certo saudosismo que ainda me lembro de um outro livre perigoso que marcou com a camisola do Estrela da Amadora na fase descendente da sua carreira.
Quando no estrangeiro se fala dos irmãos Laudrup ou dos holandeses De Boer ou Koeman é porque nunca ninguém olhou para o futebol português com olhos de ver.

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Passei revista à minhalista de linques por causa da minha manifesta incapacidade de processamento de informação diária.

Depois de bem analisado, um a um, decidi não retirar nada.



E só por causa disso deixo-vos um desenho de um dos meus ilustradores preferidos de nome Alex Gozblau.
Considerem uma homenagem.

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Chegar a horas
Hoje resolvi chegar a horas ao trabalho.
Que se acalmem os fervorosos opositores da função pública, pois a frase inicial pode conduzir a duplos significados.
Geralmente chego cerca de 15m antes da hora de maneira a conseguir aproveitar o silêncio dos livros e trabalhar com uma taxa de aproveitamento que só o silêncio permite.
Ao fim de uma semana é uma hora eum quarto.
Quanto à hora de saída? Depende do que não consegui fazer nesses quinze minutos iniciais.
Mas hoje tomei a resoluta decisão de chegar a horas.
E isto porque fiquei verdadeiramente preso em mais uma crónica do Otávio Frias Filho que me deu vontade de aplaudir no final.
Cheguei a horas, mas um pouco mais bem humorado do que o costume (ouvi dizer que quase sorri ao receber um elogio sobre o blogue da biblioteca, do qual sou autor quase exclusivo, quando estou de férias não o costumo editar, se bem que deixe os textos já todos escritos).
Mas mesmo assim perdi quinze minutos que geralmente fazem a diferença no meu dia.
Penso seriamente ficar mais quinze minuto por uma questão de compensação interior.
No fundo, o que eu sou é um animal de hábitos.

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quarta-feira, 24 de outubro de 2007
SLB
Depois de mais um verdadeiro jogo de fé, aventuro-me na construção de algumas (parcas) linhas com a minha análise do jogo.
Sendo eu um dos não sei quantos portugueses que não tem SportTv em casa, resolvi mover o meu cadáver até um café perto da minha casa (donde confortavelmente vos escrevo este texto) e posso-vos confessar em primeiríssima mão que, de acordo com a sabedoria popular Freddie Adu é tido como um novo Eusébio (assim suplantando o Mantorras) e que Cardozo provoca um misto de amor/ódio nos fervorosos adeptos, que junto a mim consumiam imperiais e pipis como quem não receia um cancro no estômago nos próximos 10 anos.
Quanto a mim, celebrei o golo de forma interior e uma vez terminado o desafio, cortei o frio com o rosto e vim para casa reviver o gesto perfeccionista de Cardozo, as ansiedades contidas pela partilha de espaço e tudo o mais.
Depois de oitenta e não sei quantos minutos de sofrimento tipicamente benfiquista, já me posso dar ao luxo de regressar ao Otávio descansado.

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Santo Daime
Por causa desse tal que ando a ler, dou de caras com um fenómeno religioso made in amazónia (ou amazônia na indígena língua) chamado de Santo Daime.
Mas para quê gastar o meu paupero latim quando adescrição apresentada pelo site diz tudo?


"O movimento religioso do Santo Daime começou no interior da floresta amazônica, nas primeiras décadas do século XX, com o neto de escravos Raimundo Irineu Serra. Foi ele que recebeu a revelação de uma doutrina de cunho cristão, a partir da bebida Ayahuasca (vinho das almas), por nós denominada Santo Daime.A bebida, de uso bastante difundido pelos povos indígenas da região, é obtida pela coccão de duas plantas, o cipó Jagube (banesteriopsis caapi) e a folha Rainha (psicotrya viridis) ambas nativas da floresta tropical. Ela tem propriedades enteógenas, isto é, produz uma expansão de consciência responsável pela experiência de contato com a divindade interior, presente no próprio homem."

Esta estória da bebida é bastante razoável e se calhar até valerá a pena uma visita ao sítio onde o Pedro Álvares Cabral chegou por acaso há pouco mais de 500 anos.
Mais informações aqui

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Inverno?
E hoje o dia amanheceu frio, chuvoso, com cara de poucos amigos (suspeito que o Paulo Bento hoje também não tenha muitos amigos).
Perante o cenário quase Dantesco de ver a Serra de Grândola envolta pelas nuvens (como gosto de morar num 3º andar!!!) que se encarregam de carregar a chuva, sorrio de taça de chá na mão e visto pela primeira vez nesta temporada um quispo com evidente agrado.
Saio, depois, para a rua distribuindo um sorriso comprometedor da minha integridade física a todos os que se sentem enfernizados pela pouca chuva que entupiu o trânsito desta pequena vila alentejana.
Bom dia para todos vós!

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terça-feira, 23 de outubro de 2007
O senhor que se segue
Otávio Frias Filho.
Breve introdução:
Conheci-o porque ele introduziu o JPC no Brasil.
De resto, é umestranho. Mas apenas porque eu quero.
Apenas porque quero.

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Está aí à porta
Eis que dos confins de Espanha/Europa surge o abalo em relação à blogoesfera.
Com isto quer dizer que eu já não poderei ofender-me sem que o meu eu me levante um processo.

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Gastronomia 2007
E este ano o resultado foi bastante positivo:
1 Papas de Sarrabulho
2 pedaços em porção de amostra de dois tipos diferentes de Queijo da Serra
1 Alheira de perdiz que não tinha gordura nenhuma
2 cirandas de pão (Minho e Alentejo)
1 Sopa de Cação
1 Favinhas com enchidos
2 garrafas de água
1 estranho licor do Douro, bom para matar lombrigas

E com isto tudo confeso que saí consideravelmente satisfeito.

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Paulo Bento no PSD?
Enquanto percorria um desinteressante traçado da A2, oiço actual líder do PSD aafirmar que o PSD era um partido da Tranquilidade.

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sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Próxima a ecoar
Quando digo a alguém que trabalho em Grândola, cerca de 90% das pessoas responde-me de forma pavloviana com o início da eterna música de Zeca Afonso, composta em 1964 aquando da sua visita à SMFOG. Embora a música tenha servido de senha uns dez anos depois para a Revolução que mudou Portugal, a verdade é que já se passaram um pouco mais de 30 anos do momento que eternizou a música. E mesmo assim, insistem em partilhá-la comigo.
Geralmente baixo a cabeça, de forma a que os meus interlocutores e apercebam do meu desagrado e prossigo a conversa com questões de interpretação futebolística.
Mas o que fica no ar é que Grândola é uma terra musical. E é bem verdade.
Que o diga o meu vizinho do lado, que ainda ontem me presenteou com Mika repetidamente. Cerca de uma hora, a mesma canção, uma e outra vez. A adolescência é um processo extremamente doloroso nos dias que correm.
Disposto a esquecer este incidente, saio de casa rumo ao meu local de trabalho, reparando que na curta distância que dele me separa há seis comerciantes que não se inibem de presentear quem passa na rua com as suas músicas preferidas. Tomando nota mental de quais eram as lojas a fim de não lá entrar nos próximos tempos, chego à biblioteca.
Esperando encontrar o tranquilizante silêncio dos livros (engraçado, o George Steiner publicou agora um livro com esse título), sou bombardeado com um telemóvel com aquela coisa dos toques reais, onde uma Rihanna espampanante afirma estar debaixo do guarda-chuva, uva, uva, uva, u, u, u, u…
Fujo para um canto onde não possa ser identificado e bombardeado por grandolenses ansiosos de partilhar os seus gostos musicais.
Ou assim julgo eu. Na precisa altura em que me preparo para acabar mais uma crónica verdadeiramente medíocre, sou atacado por uma rádio slow ( a viver em www.slowradio.com) num computador aqui perto. Respondo com um olhar que se pretende fulminante.
-Que mal é que tem a minha música? Tu também…
Pois, eu…

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Livro da Semana

Uma das mais prementes dos dias que correm é se deveremos ou não ler os clássicos.

Sendo que os clássicos não se limitam apenas aos da Antiguidade greco-romana, decidi-me a ler uma das mais emblemáticas obras de sempre da literatura ocidental.

Ulisses do irlandês e modernista James Joyce.

Como bom modernista que foi, o livro é um misto de experiências narrativas a nível da estética e a nível da teoria literária. Veja-se Pessoa. Imaginem-no a escrever prosa.

Sim, falar-me-ão do Livro do Desassossego. Mas este é mais. Um passo acima.

Se se sentirem preparados e disponíveis mentalmente, leiam-no. Caso contrário, deixem lá os clássicos em paz.

9/10

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quarta-feira, 17 de outubro de 2007
A senhora que se segue
Guerra Colonial
Depois de ontem me ter tornado oficialmente cliente da TvCabo, a RTP ofereceu-nos o primeiro de dezoito documentários sobre a Guerra Colonial.
Dirigido por Joaquim Furtado, o primeiro episódio foi verdadeiramente fascinante, num tema onde o genial e o tenebroso costumam andar de mãos dadas.
Mas ontem, só o genial é que veio ao de cima. Nas próximas noites esperam-me serões de guerra, seguidos por um episódio da Série III da Grey's Anatomy na Fox Life.
A televisão pública melhorou com este documentário, mas também não exageremos.


PS- Já agora, o booker prize foi ganho por uma senhora que nunca ouvi falar. Aliás, da lista de finalistas, só o Ian McEwan é que me era familiar. Espero que ela me convide para jantar em breve a fim de nos conhecermos um pouco melhor.

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Mudança
Dou por mim a beber chá verde que tem um tom avermelhado e achei que era de bom tom citar Camões.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

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terça-feira, 16 de outubro de 2007
In the land of women

Decidido a ignorar de vez as más prestações da programação dos canais de sinal aberto (suspeito que é hoje que Deus descerá à terra e que irá instalar a TVcabo lá em casa), resolvi ir buscar um filme que pudesse compactuar com o facto de estar ler o Ulisses do Joyce.
Independentemente de ser um daqueles filmes que nunca se consegue afirmar enquanto tal, o que mais me chocou foi ver a Meg Ryan a fazer de mãe.
Passagem dos tempos, dir-me-ão.
Mas para mim há coisas que não mudam.
4/10

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segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Giz branco
Depois de não sei quantos anos a fazer bons álbuns, PJ Harvey decidiu fazer um álbum excelente, verdadeiramente a não perder.

Vá-se lá perceber as voltas que o mundo dá...

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Time to change?
You Belong in Dublin

Friendly and down to earth, you want to enjoy Europe without snobbery or pretensions.
You're the perfect person to go wild on a pub crawl... or enjoy a quiet bike ride through the old part of town.

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E aos 90 anos, vira moda
Terão sido os noventa anos das aparições ou a construção de uma nova obra de grandeza nacional que garantiu a projecção de Fátima como sítio da moda?
Durante o fim de semana os meios de comunicação fizeram questão em invadir a minha disponibilidade mental com informações desinteressantes e um pequeno histerismo nervoso de quem acabou de pregar uma rasteira ao Cristiano Ronaldo.
Valeu-me o início das aulas no Goethe, um jantar de aniversário, um passeio de BTT, o Marcelo a dizer "atrasados mentais" de forma enfática e várias horas de sono.

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H3
Eis que no horizonte da minha vida surge um fast food que proclama ser not so fast.
Passo a explicar:
No coração da cidade de Lisboa abriu a loja H3 , onde são oferecidos 200g de carne de vaca nacional sob a forma de um hamburguer verdadeiramente delicioso onde podemos escolher como o queremos.
Um arroz thai, batatas fritas caseiras e bebida complementam um menú alternativo que espero que venha revolucionar o conceito de fast food.
Um grande Viva! à reforma do conceito de hamburgology.

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sexta-feira, 12 de outubro de 2007
A vanguarda de Zink
Rui Zink continua a ser o mais atento dos escritores portugeses, sempre explorando o que as novas tecnologias podem oferecer.
Depois de Surfistas (que li em plena época de exames na praia de Carcavelos) ter sido o primeiro livro cibernético, onde os "surfistas" decidiram qual o rumo daestória, segue-se o vídeoclip deapresentação da novela gráfica que está aí a sair e que conta com a excelente colaboração de António Jorge Gonçalves.
Independentemente de se gostar, ou não, da escrita de ZInk, este mérito de estar na vanguarda é coisa que ninguém lhe tira.
O clip, para todos vós:

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Coisas
A Y deu cinco estrelas ao livro da sua mais activa colaboradora.
E assim se descobriu um génio nas lusas letras.

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Family Tree

Apesar de morto, continuam a sair álbuns de Nick Drake.

Family Tree tem aquele encanto normal de todos os álbuns que não foram tratados devidamente em estúdio juntamente com o fascínio que a sua melancolia nos transmite.

Contudo, não tem o poder dos três álbuns que lançou antes de ter sido encontrado morto depois de acidentalmente ter tomado mais comprimidos para dormir do que é comumente aceite entre os seres humanos.

A verdade é que este seu último (?!#%&???) cd é "apenas" mais um contributo para o reforçar de um mito que desapareceu misteriosamente enquanto em Portugal se celebrava uma revolução.
7/10

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quinta-feira, 11 de outubro de 2007

E com esta excitação adolescente em relação ao anúncio do Nobel, já me ia esquecendo do Livro da Semana.

O Silêncio dos Livros é um agradável ensaio sobre o prazer da leitura.

O facto de Steiner ser francês, fá-lo caminhar sobre alguns contra-sensos, típicos daquelas teorias literárias que dominaram o panorama literário em França e que ainda hoje se sentem repercussões (estruturalismo e não sei que mais).
Contudo, é uma leitura agradávelzinha, que recomendo para quem gosta destas coisas de literatura e o mundo dos livros.
6/10

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Nobel Parte III e um pouco mais
Suspeito que um pouco por toda a blogoesfera irão explodir experts em Doris Lessing e o diabo a sete, o que me irá chatear um pouco.
O brinde saíu aos Livros do Brasil, à Europa-América e à Cotovia.

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Vou-me tornar num cépticista épico
"that epicist of the female experience, who with scepticism, fire and visionary power has subjected a divided civilisation to scrutiny" -aqui
Espero, desde já a máxima compreensão por parte de amigos e colegas.

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Ei-lo
Depois de quase uma hora, a Academia lá anunciou m nome mais ou menos surpreendente: a escritora Doris Lessing

Contrariando as minhas expectativas, ela até que é conhecida.
Contudo, não li nada dela enão sei se oirei fazer nos próximos tempos.

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Loucura ou Revolução?

Numa altura em que já todo eu desespero pelo anúncio do próximo Nobel da Literatura, deixo escapar um leve reparo sobre o mais recente álbum dos Radiohead, lançado ontem de forma gratuita neste site.

Para além daevidente qualidade musical a que eles nos têm vindo a habituar, o que realmente se destaca este ano foi a forma escolhida para a promoção do álbum. Que os artistas ganham infinitamente mais nos concertos, não há grande dúvida, pois com os cds há toda uma indústria a alimentar, mas distribui-lo de forma gratuita?

Que me dirá a polícia se me mandar parar e tiver uma cópia em cd gravado do In Rainbows (claro está que o bom senso me aconselha vivamente a não ouvi-lo no carro)?
Depois da meia-rebelião de Manu Chao para com a Virgin, os Radiohead resolveram dar o passo a seguir. Sempre achei que a loucura e o espírito revolucionário andaram sempre de mãos dadas.

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quarta-feira, 10 de outubro de 2007
É já amanhã
E amanhã, mais ou menos por esta hora em que vos escrevo, será anunciado o próximo vencedor do Prémio Nobel da Literatura, o que, de certa maneira, me interessa.
Quem é que irá ganhar?
A D. Quixote? A Presença? A Antígona?
Apesar do domínio quase hegemónico da D. Quixote nos últimos anos, apenas cortado pelo triunfo da Presença com Pamuk no ano passado.
Não perca, amanhã aí pelas 11h, o grande momento das editoras nacionais. A ser anunciado na Suécia.

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terça-feira, 9 de outubro de 2007
Oye Carlos Saura
Depois de ter ido ver os Fados do Carlos Saura, faço apenas um pequeno reparo, que pode ser que não seja tão pequeno assim.
A meu ver, faltavam lá dois fados fulcrais na nossa história.
Este por motivos sentimentais




E este por sentimentais motivos

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Heil Che
Bem sei que ainda não falei disso ( e também a minha opinião não é vital para o bom funcionamento do país), mas o artigo do Rui Ramos sobre o Che na última Atlântico é demasiado bom para ser verdade.
Verdade, contudo têm sido as mais diversas discussões/teses que surgiram por essa blogoesfera fora, com especial destaque para o historiador Rui Bebiano, que fala agora mais do Che do que é aconselhado pela OMS.
Mas sigam por uma vez o meu conselho: vão lê-lo! Ainda disponível em algumas bancas desse país (Grândola incluída).


PS- Ando tão intolerante que não consegui ouvir o mais recente trabalho da Suzanne Vega até ao fim

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Renascimento
Em A Bola no passado dia 8 de Outubto (i.e. ontem) o título ostentava a imagem de Nuno Gomes com um "Renascimento" por trás.
Embora tenha visto o jogo, confesso que não dei pelo lançamento de um livro com a dimensão épica de uma Divina Comédia ou por um qualçquer acto milagros pelo qual os mortos regressam a este nosso mundo (até porque deve ser coisa muito pouco desejada).

A imagem da capa está disponível aqui

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segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Naast


Numa altura em que todo eu estou numa euforia tenebrosa por causa da recente audição do "último" do Nick Drake, gostaria de fazer um pequeno reparo para estes meninos franceses de verdadeiro valor.




O seu mais recente disco, no qual se inclui este Mauvais Garçon é aconselhado a todos os amantes daquele punk meio rebelde, fenómeno puramente citadino.
Melhor que os Blur (inícios), mais genuíno que os Sex Pistols e em francês.
8/10

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sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Alterações
A coluna do lado direito sofreu novas alterações, com a introdução de uma série de links para as páginas os escritores que fazem o meu mundo e que ainda estão vivos.
Gostaria ainda de desafiar o Gonçalo, o Vítor , o João e a Pitucha a fazerem o mesmo.

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quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Chimay
A acompanhar a lide de João Moura, escolhi esta cerveja, enquanto pensava que se calhar deveria estar a ler Hemingway.
Mas no final da mesma lide, a cerveja acabou misteriosamente e regresso ao Ulisses com a satisfação de um pouco de prazer verdadeiramente desumano.
Regresso agora a um moderno mundo normal.
Já agora, aconselho a cervejística viagem, livre de preconceitos

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SLB ou outras coisas que se ouvem nas notícias

Para alguns, o SLB perdeu ontem.

Mas para mim a noite ficou mais clara ao descobrir que o poder de compra nada tem que ver com economia, ou que não sei quantos mineiros estão subterrados na África do Sul com ouro que nunca usarão.

Lamento contrariar o sr. Caetano Veloso, mas o mundo anda um pouco chato nestes últimos tempos.

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Livro da Semana

Tal como já aqui referi, segui o conselho literário do Vítor e deixei-me deliciar com Pnin do russo-americano ou o que quer que seja que o Nabokov foi.

De facto, este foi um dos melhores livros que li ultimamente e foi mesmo capaz de alterar a imagem que tinha de Nabokov(depois de ter começado pelo Fogo Pálido, seguido de Lolita), convertendo-o num quase ídolo, apenas a par do Murakami, Philip Roth e Michel Houellebecq.

Portanto, se ainda estão a ler este post, levantem os rabos de onde estão sentados e vão lê-lo.

JÁ!!

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quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Sincha Somoyama
Quando se fala sobre chá verde ( e sabe Deus com que frequência isso acontece nos dias que correm), deve-se especificar (acho eu).
Isto porque tenho vindo a descobrir os malefícios deste maravilhoso chá edas suas mais diversas variantes que resultam em folhas e sabores verdadeiramente distintos.
O que me tem dado um prazer enorme nestes últimos tempos é o sr. Sincha Somoyana.
Com umas folhinhas de fazer inveja ao caldo verde este é um dos melhores chás verdes que já bebi até agora.
Contudo, tem um pequeno senão, que poderão ser 2:
1- Preço
2 -É relativamente difícil conseguir encontrá-lo por estas lusas paragens
Mas enfim, por um bom chá faço quase tudo.

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terça-feira, 2 de outubro de 2007
Conflito internacionais vs conflitos internos
Só ainda não consegui perceber porque é que todos continuam a falar da Birmânia, se o país se chama Myanmar?

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segunda-feira, 1 de outubro de 2007
David Fonseca
Queria aqui deixar um lamento profundo ao sr. David Fonseca pelo facto de ser português.
O seu mais recente disco merecia muito mais.

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Domingo de ócio
Depois de uma tarde domingueira de pleno ócio, confesso que o resultado foi plenamente positivo:
20 páginas de Imre Kertész que ditaram o seu afastamento definitivo dos meus projectos de leitura, 69 páginas de Pnin e a consequente criação de um novo ídolo literário, 2 filmes (Dália Negra e um outro que de tão mau nem e lembro do nome), metade da última Atlântico onde figura um excelente ensaio do Rui Ramos e a pura maldicência de Pulido Valente naquele que julgo ser o seu primeiro artigo na dita revista e cerca de litro e meio de chá.
E isto tudo enquanto lá fora chovia copiosamente.
Confesso que anseio por novo domingo de chuva.

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Hihera.com