Big Breasted Blonde Amateurs
«Cada ratinha tem o seu mistério e desvendar uma não quer dizer que percebemos o mistério total», Puchkine, Diário Secreto
quarta-feira, 31 de janeiro de 2007
Slavoj Zizek
Aqui está o homem que me fez descobrir que se calhar sou dotado de uma capacidade cognitiva normal...


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Calorzinho
Ana Campos, mandatária do movimento "Médicos pela Escolha" publicou a sua tese de mestrado e teve direito a tempo de telejornal.
Claro está que a campanha para o referendo do próximo dia 11 já se iniciou oficialmente, e por isso nada mais espero que o tempo de telejornal seja exclusivamente dedicado à temática do aborto, com breves e honrosas excepções para falar dos eventuais reforços benfiquistas.
Contudo, esta apresentação contou com Correia de Campos, ministro da Saúde ( e irmão da autora) e com o líder do BE (e seu esposo).
Como serão os jantares de família?

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Pequenos prazeres
Hoje, quarta-feira, dia 31 de Janeiro do ano da Graça de 2007, dia em que não assinalo qualquer efeméride especial, dou início, neste espaço único de comunicação, à rubrica dos Pequenos Prazeres.

Haverá (perdoem-me os caros eleitores que pensam que são de esquerda) um elogio ao capitalismo selvagem que nos bombardeia com produtos de todo o lado e qualidade. Também, como é queriam que eu sobrevivesse com apenas chá de camomila ou cerveja Sagres?

O primeiro convidado é o Lapsang Souchong. Para quem estiver interessado em pormenores históricos e outros pode sempre lê-los aqui, porque eu não quero saber nem quero ocupar espaço com dados da tanga.

As únicas coisas que destaco é o facto de ser um chá fumado, com um sabor bastante intenso e que me dá um prazer enorme beber em manhãs de nevoeiro. Há quem acredite que o D. Sebastião virá numa manhã de nevoeiro, eu gosto de beber Lapsang Souchong.

Quanto a marcas, tenho que destacar novamente a Twinings, se bem que o do Café Thé & Chocolat das Amoreiras ou do Campo Pequeno também sejam uma boa opção.
Para disfrutar, numa manhã de nevoeiro perto de si.

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terça-feira, 30 de janeiro de 2007
Literacia
Ainda no seguimento/rescaldo de Sintra, resolvi estabelecer uma catalogação leitora (defeito profissional) dos leitores nacionais, com uma forte base empirista:

- Leitor compulsivo - chega às últimas trinta páginas de um romance e já só consegue pensar no próximo. Assume, regra geral, uma postura muito pouco condescendente para quem diz que está a ler um romance maravilhoso à coisa de um mês. A insaciante e frustrante busca do romance perfeito dá-lhe um toque amargo e de cansado da vida.

- Leitor pseudo-intelectual - é o maior número neste país (seguido de perto pelos não-leitores assumidos) e lê críticas literárias na 6ª, na Única e costuma andar com o JL debaixo do braço. Costuma ter barba, ser do BE, viver num subúrbio (ou ter uma mente suburbana, o que não é nada difícil nos jovens de hoje em dia) e, pior que tudo, ter sempre uma opinião sobre todos os livros que saíram ultimamente, menos os que não são tolerados pelas hostes partidárias. Dizem que gostam de estruturalismo e têm divagações filosóficas sobre questões que dificilmente transmitem a realidade nacional.

(continuará)

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Envelhecer com qualidade

Mais aprendendo que contando num centro de dia no Alentejo...

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segunda-feira, 29 de janeiro de 2007
CSS
Esta é uma banda extremamente sexy...

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Barack Obama Hussein

Podia ser o nome do mais recente reforço do Benfica, mas não é.

É polémico por várias razões e propõe-se a enfrentar a valente ex-mulher de Clinton (também ela com um forte alibi político de não ser politicamente correcta, como é tão a gosto dos ocidentais).
Este homem só tem tudo para vir a ser o próximo presidente dos EUA.
O Zizek explica mais ou menos porquê. E se eu fosse americano, votaria nele e a seguir emigrava para o Botswana.
Embora não tenha votado no Sócrates, o desejo de emigrar para o Botswana é hoje bastante forte.

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Segunda de manhã
Chegar à segunda e falar do que se fez no fim de semana é quase tão inevitável como chegar de férias e falar de onde se esteve.
Depois da pequena demonstração do teatro de acção do sr. Fernando Grade que falou sobre o surrealismo nacional e da reacção de um membro mais irascível do público (que não conseguiu perceber a talvez questionável beleza poética de levar com uma cerveja em cima) e do verdadeiro sentimento de perda do Gonçalo (proprietário, por lei, da dita cerveja), serve o presente post para anunciar que aqui estão algumas fotografias.

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domingo, 28 de janeiro de 2007
Curtas
- Acabei de ouvir a Cinha Jardim dizer na televisão que era uma emoção passar por baixo da Ponte Salazar. Para quê comentários? O que vale é que o SLB ganhou ontem à noite...

- Uma das mais plausíveis razões para se apoiar ou o sim no aborto ou o fim desta palhaçada toda

- Ai a TLEBS!!!

- De certa maneira irrita-me a crença que Sócrates tem nele próprio. Porque é que ele não decide mover o Parlamento para Évora ou Beja ou até Sines, que parece ser uma cidade tão agradável para viver. Pelo menos para que não tem olfacto...

- As entrevistas deste senhor são assim como tudo nesta vida... Há quem diga que é o primeiro pensador português da blogosfera...

- O que é que são farrapos de neve?

- Já agora, um pouco de boa música para um domingo santo...

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Neno ou Nenatal ou a insanidade ou isso...
Depois da capa da Pública da semana passada e de ontem tragicamente saber que o Fernando Portugal (brilhante e obscura tasca localizada no Alto do Bexiga, pseudo-médio subúrbio da cidade onde nasci) vai fechar, só se poderia seguir isto.
Ainda bem que estou a ler Zizek (como será que se pôem os acentos sobre os z's?).


PS- Já agora, não percam o ficheiro de áudio. Se faz favor.

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Pós Recital
To do a dangerous thing with style is what I call Art. - C. Bukowski

Numa sala relativamente bem composta num simpático bar em Sintra, lá se passou mais um recital. Independentemente da nossa prestação, há uma outra questão que se levanta e que tenho plena consciência de que não me irá largar tão cedo e que é a questão do que é a Arte.
De momento, apenas sei que não sou nem tenciono vir a ser um artista, mas apenas eu.
A recitar poemas com um pouco mais de doçura na voz do que quando peço um pão de quilo.
Um dos grandes responsáveis desta minha dúvida existencial é, indubitavelmente, este senhor.

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sexta-feira, 26 de janeiro de 2007
Que querem que diga?
Apareçam e isso?

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Gosto pelo futuro
Não sou eu quem o diz. É o João Pereira Coutinho. E embora não goste de concordar abertamente com ninguém, assinto concordar com ele com um leve anuir de cabeça, daqueles que ninguém repara.
Isto vem, nada mais nada menos, ao encontro dessa ânsia natural no ser humano que é a de se exibir perante os que estão hierarquicamente superiores, mesmo que isso resulte em nada.
Hoje, com o natural receio de ver definhar as últimas páginas de um Tristano moribundo na hora de almoço, requisitei o já anunciado Elogio da Intolerância. Gesto simples, prático, feito em regime exclusivo de self-service como cabe aos da casa.
A chefe repara no livro e lança um comentário de "vais ler isso", consciente de que fui eu quem semi-implorei para fazer a compra.
Pois, respondi.
- O livro é giro - responde a tal técnica que não nunca faz nada (repare-se na dupla negativa para enfatizar a carga prejurativa. Repare-se na concordância matemática de se apresentarem 3 negativas e de o valor final ser, obviamente negativo).
GIRO??
Giro sou eu quando me vejo de manhã ao espelho. Já agora porque não fofinho? Será que se enquadram na problemática existencial da classificação semiótica dos ensaios filosóficos e outros?
Não sei.
Contudo, queria deixar uma boa notícia, daquelas que já não se costumam ver por aí:
A TLEBS kaput!! (por enquanto)
Eu fico alegre e continuo a sobreviver até ao dia do julgamento final.

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Próximo texto a ecoar
Para o texto que se segue, uma única nota: refere-se à recente inauguração do Modelo em Grândola e ao enorme impacto que teve nas suas gentes. Mais ou menos como o impacto que espero sofrer depois de ler o Elogio da Intolerância de Zizek.
Aqui vai:


Agora que já não é assim tão mediático, já me sinto um pouco mais à vontade para dissertar sobre essa grande revolução que se deu em Grândola, que foi a sua conversão em terra Modelo, por oposição a Álcacer, Santo André e Santiago que são assumidamente terras Intermarché.
Depois da conquista de Lisboa aos mouros (com a consequente morte do Martim Moniz) e da queda de Salazar da cadeira( com a consequente morte de muitas outras pessoas, ou não era suposto escrever sobre isso?), este consta como um dos grandes momentos da nossa história popular.
A informação da abertura do Modelo espalhou-se a uma velocidade estonteante, até porque ele cresceu fisicamente como os cogumelos e ali está visível a todos os que passam pela estrada nacional.
Na escola ensina-se que hoje se vive na sociedade da informação, na aldeia global, mas por estas mansas terras alentejanas diz-se que isso ainda cá não chegou. O que se segue é aquele rol de queixas de que por isso é que somos atrasados e que somos descriminados em relação ao resto do país, e ao resto da Europa nem sequer se fala…
Mas assim é porque se quer. E porque queremos.
E de momento não quero saber.
Quanto ao Modelo, abençoado seja que trouxe a Twinings, as Carr, a Budweiser e outras coisas de que me tenho vindo a informar nestes últimos tempos.

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quinta-feira, 25 de janeiro de 2007
Regresso ao Colégio e Sintra
Sábado lá regressarei ao Colégio Pio XII que me albergou durante três anos e meio, a fim de poder assombrar com a minha pessoa as comemorações dos seus cinquenta anos.
Três anos depois de lá ter saído irei regressar a fim de, num esforço verdadeiramente mítico, ir buscar forças para o que a noite me reservará.
Mário Henrique-Leiria em Sintra e à noite...
Surrealista, no mínimo.

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Depois de ontem ter estado sentado na minha sala, estrategicamente virada a poente, a ver o debate mensal do parlamento, lembrei-me de Nuno Melo.
A sua postura foi por diversas vezes filmada naqueles fantásticos pormenores de realização que destacam a ARTv das outras televisões normais. Pois.
A falta de democracia partidária sempre me fascinou sobremaneira e agora lá temos nós mais um exemplo.
A vontade que sinto em deixar de me exprimir de forma democrática através do voto (direito inalienável de Abril) vai diminuindo a uma velocidade bastante superior à permitida por lei.
É por causa destas e de outras...

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Babado
Depois de ter lido esta caixa de comentários, sinto o ego a subir de maneira desmesurada.
Será efeito do paracetamol?

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Twinings
Ok, a Twinings está a celebrar os seus 300 anos. Não sabia. Também não estou muito interessado nisso.
Estou sim com a minha mais recente descoberta de um novo sabor, que consegue superar o único chá (que eu saiba) que é fumado (à semelhança dos enchidos): o insubstituível Lapsang Souchong.
Pois bem, falo-vos do chá de limão e gengibre, que tem aquela qualidade única de ser picante.
Estou, no mínimo, intrigado, mas sou daquelas pessoas que se intriga com pouco.
Assim que me passar esta neurose constipal, voltá-lo-ei a beber, fazendo a consequente desgostação. Quase como mandam as regras.


PS- Isto de andar a ver estes sites tem consequências gravíssimas e sei que só irei descansar quando provar este ou isto.

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Livro da Semana

Pois bem.
Este é um dos livros mais difíceis de classificar dos últimos tempos, pois não posso dizer pura e simplesmente que os textos são todos geniais e brilhantes, porque não o são. Nem pouco mais ou menos.
Tirando, salvo o erro, a Adília Lopes, todos os outros nomes sonantes me desiludiram, com especial destaque para o sr. Letria, que se enterrou de uma maneira incrível.
Quanto aos destaques: Adília Lopes, Ana Ruivo, David Soares, Domingos Galamba, Paulo Nogueira e João Tordo.
As ilustrações são... únicas (acho que consegui arranjar um adjectivo suficientemente ambíguo para as classificar).
Seja como for, é uma boa leitura, agradável e com a inegável vantagem de se poder passar para o conto seguinte quando não se gosta de um.

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Bach pela manhã
Já estou por tudo.
Até me ponho logo pela manhã a ouvir as suites de abertura do Bach só para ver se a constipação se vai embora.
Surpreendentemente, acho que está a funcionar, ao contrário do batalhão de medicamentos que tomei nas últimas 24 horas.
Se hoje ao meio-dia ainda me sentir levemente adoentado, podem crer que não hesitarei em visitar o professor Karamba e resolver de uma vez por todas estas minhas maleitas.
Olha, já vou na nº2 em Si menor!

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quarta-feira, 24 de janeiro de 2007
Gripes e Cold War Kids
No avançado estado de definhação mental em que me encontro graças a uma constipação, acho que encontrei a perfeita definição através da música dos Rapazinhos da Guerra Fria e das suas estruturas musicais desconexas.
Fico contente por alguém me compreender e o expressar de forma tão sublime e genuína isso mesmo.
Aqui dá para ouvir qualquer coisa deles.
Já agora, gosto particularmente da sua hidden track, que não me dei ao trabalho de procurar e aqui disponibilizar como fazem os bons bloggers.

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Tristano
Ao fim de cinquenta páginas do romance de Tabucchi, o trocadilho com o título era inevitável:
Tristano morre? Sim, se faz favor.

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terça-feira, 23 de janeiro de 2007
Expliocações dos TAGS
Um dos maiores riscos que esta trampa dos tags comporta é o de os leitores não os perceberem quando eles não são evidentemente explícitos.
Por isso mesmo é que vou agora dedicar um pouco (cerca de 2 minutos) do meu precioso tempo para os explicar (i.e., os que têm necessidade de ser explicados):
A Sul de Nenhum Norte baseia-se no livro de Bukowski e uso para referir tudo o que se passa comigo e que não tem nada que ver com nada.
Criação Agostiniana tem que ver com todo e qualquer processo criativo a que eu ou alguém que eu conheço, ou não, produza ou anuncie produzir.
Libertinura e pegas no paleio é do âmbito exclusivo da literatura. A expressão é tirada de um poema do O'Neill que envolve literatura e trocadilhos.
Requiems e outros que tais é música.
Os outros são evidentes.
Ah, pois são.

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O senhor que se segue
É sempre engraçado quando há estrangeiros que se interessam por Portugal.
Nós gostamos e eles, acho eu, também.

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Nova poll
Já tenho uma nova poll aí do lado esquerdo.
Espero tudo menos sinceridade.
Já agora, o vencedor da outra poll foi o embriagar-se sozinho na casa de banho. É, sem dúvida, bastante deprimente.
Obrigado a todos os democráticos eleitores

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Mais leituras e isso
Claro está que o isso se deve aos dois escritores de língua portuguesa. O espanhol José Saramago e o luso-brasileiro Agualusa.
Eis a lista completa:


Kader Abdolah, My Father's Notebook (translated by Susan Massotty from Dutch; Canongate)

José Eduardo Agualusa, The Book of Chameleons (Daniel Hahn; Portuguese; Arcadia)

Niccolò Ammaniti, Steal You Away (Jonathan Hunt; Italian; Canongate)

Javier Cercas, The Speed of Light (Anne McLean; Spanish; Bloomsbury)

Edgardo Cozarinsky, The Moldavian Pimp (Nick Caistor; Spanish; Harvill Secker)

Per Olov Enquist, The Story of Blanche and Marie (Tiina Nunnally; Swedish; Harvill Secker)

Jenny Erpenbeck, The Old Child (Susan Bernofsky; German; Portobello)

Faïza Guène, Just Like Tomorrow (Sarah Adams; French; Chatto & Windus)

Vangelis Hatziyannidis, Four Walls (Anne-Marie Stanton-Ife; Greek; Marion Boyars)

Ismail Kadare, The Successor (David Bellos; French; Canongate)

Ma Jian, Stick out your Tongue (Flora Drew; Chinese; Chatto & Windus)

Javier Marías, Your Face Tomorrow 2: Dance and Dream (Margaret Jull Costa; Spanish; Chatto & Windus)

Eva Menasse, Vienna (Anthea Bell; German; Weidenfeld & Nicolson)

Ngugi wa Thiong'o, Wizard of the Crow (the author; Gikuyu; Harvill Secker)

Leonardo Padura, Havana Black (Peter Bush; Spanish; Bitter Lemon)

Atiq Rahimi, A Thousand Rooms of Dream and Fear (Sarah Maguire & Yama Yari; Dari; Chatto & Windus)

José Saramago, Seeing (Margaret Jull Costa; Portuguese; Harvill Secker)

Elif Shafak, The Gaze (Brendan Freely; Turkish; Marion Boyars)

Dag Solstad, Shyness and Dignity (Sverre Lyngstad; Norwegian; Harvill Secker)

Linn Ullmann, Grace (Barbara Haveland; Norwegian; Picador)


Se quiserem ler a notícia completa, aqui fica o link

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Kaput!

1 dia e pouco mais de 25 páginas e kaput!

A minha tentativa de voltar a ler o senhor aí da esquerda acabou-se por entre uma pequena chorrilhada de palvrões incompreensíveis.
Afinal, a minha longa relutância em relação à escrita do dito cujo terá que se manter durante mais algum tempo.
Acho que iniciarei um estágio de leitura sem precedentes e só daqui a 100 livros é que me volto a submeter a tamanha violência.

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segunda-feira, 22 de janeiro de 2007
Aviso sério como nenhum outro
Informam-se os senhores leitores deste blogue que, caso o mesmo sofra alterações de fundo ou na sua qualidade, isto se deve ao facto de ir começar a ler Lobo Antunes.
Mas não se preocupem, que o mínimo que me pode acontecer é acabar os meus dias no Júlio de Matos ou no Miguel Bombarda.

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Sorte e Neno!
Pois é...
É com alguma parcimónia que aqui anuncio o fim do mundo depois de ter visto o artigo de capa da Pública. O que não passa de uma jantarada de copos numa das mais míticas tabernas (se tal sítio assim merecer este nome) scalabitanas, ali para os lados do Alto do Bexiga, é agora capa de revista, chegando a assumir contornos de actividade plausível.
O seu responsável é este senhor, que, espera-se, padeça os seus últimos dias de vida num lar de idosos em Sobral de Monte Agraço ou na Vila Nova da Babeca.
A minha confiança na qualidade do jornalismo nacional não foi abalada.
Deixou, apenas, de existir...

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Deerhoof
E por causa desta melancolia em torno da morte da Fiama, fico melancolicamente a ouvir Deerhoof, que é um daqueles grupos de que não sei nada nem vou saber.
Confesso que cheguei a digitar o nome deles no Google e até procurei uma iamgem, mas não vou pôr nada.
Este blogue está a seguir uma corrente iconográfica bastante forte e quero ver se reverto um pouco a situação ao pespegar longos e densos textos neste espaço.
No Wikipedia definem-nos como sendo uma banda experimental.
Era o mínimo que eu também diria.
Mas ficam terrivelmente bem com a morte da Fiama.

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Requiem à Fiama


Morreu a Fiama.

Lembro-me de ter tomado contacto com a obra dela aquando de um recital na Faculdade de Letras da UL, quando o representante da AE me entregou uma lista de poetas que gostaria de ver recitados.

O único que não conhecia era a Fiama.

Tratei pois de conhecer. E gostei só assim assim. Nunca mais recitei porque os poemas dela não funcionam recitados. Têm que ser lidos. Pensados. Ler um e deixar que o dia passe por ele e por nós como apenas um dia. Melancólico.

Como o sol de um dia de frio de inverno.

Enfim.

Porque deste a teu filho asas de plumagem e cera

se o sol todo-poderoso no alto as desfaria?

Não me ouviu, de tão longe, porém pensei que disse:

todos os filhos são Ícaros que vão morrer no mar.

Depois regressam, pródigos, ao amor entre o sangue

dos que eram e dos que são agora, filhos dos filhos.

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sábado, 20 de janeiro de 2007
Coisas de que sou capaz
Ver a coluna do DN em que se promove a escrita e não sei que mais, analisar os temas, adoptar o próximo, dedicar cerca de 60% da minha capacidade de raciocínio (que geralmente pouco mais permite do que ajudar-me a atravessar estradas, pedir um pampilho, comprar um pão e respirar) numa escrita atabalhoada.
Depois, acho mesmo que sou capaz de imprimir o que escrevi, pôr dentro de um envelope, chegar perto de um marco do correio, colocar com carinho um selo e deitar para o lixo.
No meio desta insanidade toda, surpreendo-me ao conseguir ter uma atitude minimamente sensata.

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sexta-feira, 19 de janeiro de 2007
Post em vanitas
O post que se segue é exclusivamente dedicado à mais recente obra da Paula Rego, que é como quem diz, uma felicitação dos 50 anos de existência da Gulbenkian.
Parabéns ou isso, é o que desejo.
Claes c.1630


Chris Peter 2004


Como o site donde tirei esta imagem estava em sueco, não me apeteceu pesquisar e tentar descobrir de quem é este quadro




Roestraeten 1696



Paula Rego 2007





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Curtas
- Se bem que seja apenas um blogue temporário, sinto que me irá ajudar temporariamente (pleonasmo propositado para criar um efeito ridículo na minha escrita) para suprir as minhas falhas no conhecimento teatral e outro que tal.

- Sim, apercebi-me de que ter música automática no início do blogue era um pouco, bastante, tremendamente irritante e por isso

- Sobre a arte poética, enquanto poesis do A. da Silva

- Perfeitamente normal

- Único

- E não é que ele finalmente disse qualquer coisa de jeito?

- Isto é o que eu chamo um bom governante

- Já não me divirtia tanto desde um exame de literatura norte-americana em que tinha que identificar autor e excerto de obra

- A ouvir Garden dos Zero 7 e a tentar pensar...

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Para começar um fim de semana

Esta imagem até pode ser que tenha alguma coisa que ver com alguma coisa que ande a ler.
Pode ser.

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Poemazinho
Uma nêspera
estava na cama
deitada
muito calada
a ver
o que acontecia
chegou a Velha
e disse
olha uma nêspera
e zás comeu-a
é o que acontece
às nêsperas
que ficam deitadas
caladas
a esperar
o que acontece

Mário Henrique Leiria

Por estas e por outras é que eu gosto cada vez mais de poesia.

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quinta-feira, 18 de janeiro de 2007
Arte

Se não percebo, é porque é ARTE.
Obrigado Pedro Cabrita Reis.

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Livro da Semana
Novo blogue, vida velha.
Por isso aqui fica a minha eleição de livro da semana, como de hábito.
O único romance do Nobel de 2005 Harold Pinter soa-me muito mais a uma peça de teatro do que propriamente a romance por causa dos seus diálogos (que devem ocupar cerca de 90% da narrativa) e da divisão do romance em três actos. Ai, partes.
Mesmo assim, acho que posso dizer que gostei, na medida em que gostei de ler as suas peças.
Mas está muito longe da genialidade que consegue atingir nas peças. Talvez porque estivesse preparado para ler um romance.
Apenas talvez.

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Manifesto Anti e qualquer coisa
Claro está que isto não nem nunca poderá ser um manifesto nem outro que tal pois não se acabou nada. O outro blogue ainda está acessível em http://bbbaxxx.blogspot.com, mas eu é que não consigo lá escrever nem fazer nada.
Este tem o mesmo nome, um url parecido, o mesmo quase tudo.
Mas já que era para mudar, mudei também de template, onde figura um auto-retrato do Francis Bacon e mudei qualquer outra coisa de que não me lembro de momento.
Um grande bem-haja a todos os corajosos leitores
Hihera.com