Big Breasted Blonde Amateurs
«Cada ratinha tem o seu mistério e desvendar uma não quer dizer que percebemos o mistério total», Puchkine, Diário Secreto
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007
Poesia ou David Mourão-Ferreira selecionado
Há poetas epoetas.
Pior: há poemas e poemas e poemas e eu só consigo gostar de poucos deles.
Pior ainda: só costumo gostar de passagens específicas de um determinado poema.
Origem: Portugal
Ano: circa 1950
Autor: David Mourão-Ferreira
Passagem:

Nesta cidade a que regresso
somente um dia me recorda.

Se calhar deveria pôr o poema completo, uma vez que também não é assim tão grande:

Pelas esquinas, vento, vento.
E, no jardim, a estátua morta.

Nesta cidade a que regresso
somente um dia me recorda.


Ah, o poema chama-se Regresso.

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Gloriosa terra Scalabitana onde nasci
Uma vez pedida a minha ajuda sobre a história de Santarém para um grupo de pré-adolescentes, ocorreu-me esta pequena pérola digna de um Vítor Serrão ou de um Mattoso:

Primeiro vieram os fenícios, depois os gregos, os romanos e finalmente os árabes, mesmo antes dos portugueses. O nome original de Scalabis vem da mitologia grega (Habis, que era uma das deusas mais apetecíveis de todo o Olimpo) e de Scalo (subida, o que acarreta uma evidente conotação sexual). Por isso é que ainda hoje os habitantes de Santarém são os scalabitanos.
O nome de Santarém surge da lenda de Santa Iria (cujo caixão foi descoberto no Tejo), sendo originalmente de Xantarim, evoluindo depois para Santarém.
Depois da conquista de Leiria, D. Afonso Henriques deparou-se com umas muralhas quase intransponíveis. Depois de algumas tentativas falhadas, a conquista da cidade foi resolvida à boa maneira portuguesa: Mem Martins infiltrou-se na cidade fazendo-se passar como comerciante, abrindo as portas da cidade na noite de 15 de Março de 1147.
Depois de um período medieval bastante agitado, graças à posição estratégica da cidade e ao intenso comércio fluvial através do Tejo, a cidade caiu num marasmo profundo até que, no século XIX surgiu uma burguesia endinheirada, tendo a cidade acolhido uma série de nomes da cultura e política da época ( o Passos Manuel que convidou o Garret para passar uns dias em sua casa e que, como consequência directa disso, surgiram as viagens na minha terra, ou o Alexandre Herculano que se refugiou da política, dedicando-se por completo à produção de azeite).
Contudo, no século XX a cidade voltou a desaparecer do mapa nacional (exceptuando, talvez, a visita da Isabel II em 57), até que, em Abril de 74, Salgueiro Maia decide partir da Escola Prática a bordo de um xaimite e fazer a revolução que instaurou o regime democrático em que ainda hoje vivemos.

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Curtas
- Sobre o delicioso McDonalds em terras de Sua Majestade e a razão pela qual o Carlos só fica razoavelmente bem quando está calado

- Acho que me vou dedicar seriamente à poesia

- A Pitucha está de parabéns

- Uma lista de livros, dos quais já ou ainda só li 15, o que equivale a 71,43%

- Ele escreveu um livro e até já o estive a ver e a tentar decidir qualquer coisa de que não me lembro

- E mais um livro que recomendo

- Em duas linhas se consegue um post fantástico

- Trocadilhos e trocadilhos, quase a fazerem lembrar aquele jornal que acabou

- Até lhe fica bem estas coisas

- A ressaca do referendo

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O grande regresso

Eu não vi, mas contaram-me que ontem à noite Paulo Portas regressou em grande à política activa através da defesa de D. João II como grande estadista.
Acho bem.
As intervenções comparativas sempre nos ajudam a reflectir um pouco mais profundamente sobre a nossa condição.
Tudo a bem da nação.

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terça-feira, 27 de fevereiro de 2007
Tell me something new
Depois da rábula fedorenta no passado domingo, sou acometido por um impressionante momento de sobriedade eapercebo-me que Paulo Portas vai voltar à política activa.
Mas, e as crónicas na SIC Notícias?
Será que sim? Irá continuar?
Já agora, Philip Roth voltou a ganhar o Pen Award (sim, já é a terceira vez).
Eu até que já li o Everyman e até que gostei bastante (só para variar).
Sim, já sei... vou tentar pôr novidades ou coisas que soem a novidades neste blogue.
Vou tentar, mas nada prometo.

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Scorcese

Com tanta emoção e expectativa em torno do jogo do Paços de Ferreira (iriam eles repetir a façanha de Alvalade, marcaria o Miccoli um golo, e o Mantorras: finalmente titular?), já me esquecia de anunciar de forma solene que os Óscares finalmente ganharam um Scorcese.
A dobrar.

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O eterno passado
Será estranho o meu antigo blogue continuar a ter mais visitas do que este?

Fui investigar e descobri que não. Não é nada estranho, tendo em conta que aqui ainda não falei sobre a Carolina Salgado, fotos de mulheres porcas, a data de nascimento do Almirante Cândido dos Reis ou GUstavo Klimt (isto apenas para referir as últimas pesquisas feitas por indivíduos mais ou menos anónimos que foram parar ao outro BBBA com XXX).

Caros leitores mais ou menos assíduos, prometo desde já colmatar esta terrível falha com um quadro do Klimt e dizer-vos que o Almirante Cândido dos Reis nasceu algures no século XIX.
Faltam as fotos de mulheres porcas e a Carolina Salgado.
Contudo, não percam a esperança que o futuro reserva a todos nós coisas belas e grandiosas.

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domingo, 25 de fevereiro de 2007
Kopke

De acordo com as alterações no mercado dos vinhos nacionais, lá me aventurei a experimentar um Kopke 2004.
O ano prometia, até porque Portugal ficou em segundo no Euro.
Uma vez aberto, fiquei com uma sensação semelhante à que tive depois de ter degustado um Sandeman. Sabe quase, quase aos seus primos do Porto, mas falta-lhes aquela consistência e je ne sais quoi que me encantam.
Portanto, por muito bom que ele seja, há sempre esta constante frustração de ansiar beber um Porto e dar de caras (que trocadilho engraçado! Que piada!) com um tinto.
Mas bebe-se. Com certo agrado. Mesmo tendo em conta esta minha limitação futebolística de sempre me lembrar do antigo guarda-redes da Alemanha Andreas Kopke.

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sábado, 24 de fevereiro de 2007
Post mais curto e egocêntrico de todo o sempre
EU.

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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
Big Brother Português
É com certo orgulho, e até mesmo um leve brilhar nos olhos humedecidos pelo frio matinal, que vos confesso o orgulho pátrio a crescer-me no peito depois da noite europeia de ontem. Quer o Braga, quer o Benfica lá passaram aos oitavos de final, contabilizando mais 6 pontos para Portugal no ranking da UEFA.
Grande BB!
Tenho dito.

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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007
Romano Prodi



Romano Prodi demitiu-se. E agora?



Será que o Berlusconi gostou? Será que vai voltar?




E o Mancini? O que fará o Mancini? Ai Figo, tem cuidado!




Será que o SLB ganha hoje à noite?


Assim corre a vida em Itália...

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Noite azul

Embora a referência que tenha ido buscar seja, no mínimo, tendenciosa, a verdade é que ontem tive o prazer de assistir a uma boa noite de futebol, onde um endiabrado Quaresma fez quase tudo o que quis dos defesas do Chelsea (se bem que o Essien lhe tivesse quase arrancado a perna).
Para hoje, só desejava que o SLB jogasse metade do que os dragões jogaram e que o Lobont se descontraísse apenas por alguns instantes.

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Livro da Semana

Embora o meu desejo primário fosse escrever sobre o projecto Equal, que foi o livro que ocupou grande parte da semana passada, acabei por escolher um daqueles pequenos livros que nos fazem pensar imenso.

Imenso também não digo, mas um bom bocado, talvez.
Mas tudo o que se debate com o mundo político costuma fazer-me pensar, o que é algo que não me agrada particularmente, ou não me costuma dar um prazer por aí além.
Seja como for, as ilustraçãoes da Marta Torrão são meio caminho para nos apaixonarmos pelo livro e nos fazer querer ter pássaros na cabeça.
Se calhar até gostava.
Por 5 minutos, este livro vale bem a pena para adultos arrogantes e chatos. Aos outros nem sequer concedo recomendar.

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Próximo artigo para Ecoar em Grândola
O pessimismo, característica essencial do movimento filosófico que teve em Schopenhauer o seu expoente máximo, é divertido.
Chega mesmo a ser tão divertido, que por vezes acredito piamente que possa ser real e isso tudo. Claro está que não sigo à risca os seus ensinamentos, pois esta fé cega que tenho num Benfica campeão não me permite ser de todo pessimista. De certa forma, também tenho uma fé inabalável de que para a semana sairá mais um livro do Nick Hornby ou do David Lodge que me alegrem o dia e o tempo que passar a lê-los.
Há quem diga que esta leitura compulsiva de apenas dois autores constitua uma forma de alienação, mas eu nem sequer me dou ao trabalho de os contestar. Pode ser que tenham razão.
Não quero saber.
Hoje em dia há muitas coisas de que não quero saber. É assim. Os jovens já não se interessam e não sei que mais, dizem. Que triste realidade! Pois a verdade é que nem imaginam o bem que me sabe fazer parte dela.
Lembro-me sempre de uma frase do Garfield (desenhos animados que marcaram profusamente a minha pré-adolescência) em que ele afirmava um “Don’t know, don’t care”, que se poderá traduzir para português (e aqui terão que desculpar a minha falta de apetência linguística) num “Não sei, nem quero saber”. Esta é daquelas frases que dá jeito saber. Mesmo que não se queira.
Mas todo este texto surge no seguimento de um dos maiores dilemas existenciais (nunca gostei lá muito do Sartre: andar na rua a distribuir panfletos no meio de uma manifestação, entre operários e estudantes e gritar até ficar afónico não faz bem o meu género) que me atingiram nestes últimos tempos:
Tenho, neste momento dois livros que quero ler, mais do que qualquer outra coisa (até mesmo do que ver um Chelsea-Fulham em diferido na SporTV2 às duas da manhã) e não me consigo decidir qual dos dois hei-de ler primeiro, sendo que (por insondáveis e misteriosos desígnios de uma qualquer força superior ao meu ser) de momento estou a ler David Mourão-Ferreira (será por causa da exposição que está na Biblioteca? Exposição? Qual exposição?). Ah, claro está que os livros são o Autor, Autor do Lodge (que me anda a fugir há demasiado tempo) e o mais recente do Hornby (The Complete Polyssylabic Spree, ainda na edição inglesa da Penguin, com aquelas capas estranhas ou diferentes das nossas).
Seja como for, não quero saber como é que me vou desenrascar desta perigosa situação, digna de um aventureiro MacGyver.
Uma vez, houve alguém que me disse que eu era assim meio para o nihilista. Na altura não sabia o que queria dizer. Hoje já sei, mas nunca pensei seriamente se o seria ou não.
Mas agora que penso nisso, até acho que o nihilismo é capaz de ser divertido.
Chega mesmo a ser tão divertido, que por vezes acredito piamente que possa ser real e isso tudo.

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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007
O tão aclamado regresso
Depois de alguns anos de ausência, ele lá regressou às lides políticas.
Depois de Portugal, segue-se Timor.
É verdade caros amigos e sentidas donzelas: Guterres está mesmo de volta!
Com isto tudo acho que ainda me inscrevo no Goethe Institute e só por causa das coisas.
Não vá o diabo tecê-las, lá diriam as mais sábias vozes da razão.

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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007
Fotos do Alentejo ou isso
Agora que estou de férias pelo Ribatejo, não me privo de vos deixar (complacentes e gentis leitores destas linhas) algumas fotos do Alentejo por onde vivo.


Pode ser que quando regresse ao Alentejo vos presenteie com algumas fotos do Ribatejo a fim de manter a lógica aristotélica que tem guiado este blogue desde o seu início.
A mesa da esplanada de um dos mais míticos cafés do concelho de Grândola. O mar é logo ali ao lado. Como quem não quer a coisa.
A qualidade e conforto sempre foram uma das minhas prioridades.
A verdade é que não há nada como um pôr-do-sol a criar infinita saudade nos retornados. Não, aquilo não é um embondeiro.
Esta, caros iberistas, não é Castilla La Mancha nem tão pouco a Extremadura.
E nom eio disto tudo há sempre qualquer coisa que nos prende a atenção. Bem sei que pareço afectado pela leitura pouco exaustiva de David Mourão-Ferreira. Não se preocupem. Tenho um Nick Hornby novinho ali a piscar-me o olho.

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Rocky is back!!

O argumento é fraquinho. Os diálogos são hilariantes (bem sei que Balboa nunca foi um Séneca, mas conseguiu superar os outros todos. Também, tanto murro naquela cabeça haveria de ter consequências) e os pormenores de realização são de vir as lágrimas aos olhos.
Mas uma coisa é certa, meus caros, estimados e dedicados leitores: ele regressou. Numa sala de cinema perto de si.
PS- Imperdoável não passar o eye of the tiger. Quase que foi o quebrar de um mito, mas Rocky: estarás sempre no meu coração.

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domingo, 18 de fevereiro de 2007
Senhor que se segue

Ou a dinâmica história

de um Amor Feliz

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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007
Cantinho do Hooligan


Embora incorra nese terrível risco que é o do plágio em relação ao título do post, a verdade é que duvido que o sr. FJViegas, aqui venha reclamar os seus direitos, caso ele os tenha.

A verdade é que ontem vibrei com o jogo dos arsenalistas, embora só o tenha visto entre a releitura de um delicioso romance burocrático sobre a economia social.
Mas que belo jogo! Quase merecia mesmo a degustação da senhora aqui dolado, caso nãoa tivesse feito já há coisa de dois dias.
Sempre que a bebo penso que poderá entrar no rol das melhores de todo o sempre, mas até agora nunca passou da medalha de bronze ou de um lugar na Taça UEFA.
Uma eterna promessa, qual Mantorras.
Enfim, bravo Braga, apesar do sofrimento constante ao longo do jogo.

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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007
Cold War Kids
Gosto cada vez mais disto.

O que é que querem que faça?


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Coisas de que me lembro
Se Portugal começar a produzir energia atómica também fará parte do eixo domal?

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Livro da Semana
Mais uma semana, mais um livro. Isto consegue ser ainda mais fiável do que as prestações europeias do glorioso.

Ora bem, sendo que não posso afirmar que Truman Capote tenha sido glorioso, também não foi nada mau. O rapaz até que se safava nesta tão difícil arte que é a escrita.

Neste livro, curtinho e pequeno , como convém para quem anda na arte da tradução de um documento sobre a Economia Social, o mr. Truman apresenta três histórias sobre os seus natais de criança, numa quinta perdida ao pé de Nova Orleães.

Se eu tivesse vivido o que ele viveu, se calhar também era excêntrico. Ainda bem que não vi. Gosto de ser assim. Aborrecidamente normal, a ler Capote enquanto lá fora chove e faz um frio desgraçado. E bebo um chá. E à noite cerveja. Ou o vinho. Ou o que calhar.

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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007
Samuel Uria live
A não perder, hoje pelas 21h, o sr. Samuel Úria na Antena 3. A antevisão promete.

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Também quero um presidente assim...

Já cá faltava quem falasse assim:


"This conference’s structure allows me to avoid excessive politeness and the need to speak in roundabout, pleasant but empty diplomatic terms. This conference’s format will allow me to say what I really think about international security problems. "


Caso quei~ram ler o que se segue, está disponível aqui

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José de Guimarães


Isto aconteceu depois de ter lido a sua entrevista na Atlântico enquanto devorava uma torrada de pão alentejano e tentava vislumbrar no céu sinais de chuva.


Não quer, contudo, dizer que gostei da entrevista ou que goste da sua arte, pois mais uma vez me limito a dizer que não percebo.
Sempre é politicamente mais correcto do que dizer directamente que não gosto.

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Primeiras notas
Pois já reparei que os links não se destacam quando surgem nos posts. Quando me apetecer, lá tentarei resolver a situação (quase pareço um bom funcionário público...).

Mas enfim, isto tudo para dizer que resolvi ganhar coragem e começar amanhã com isto, para ver que tal.

Como já li más críticas, senti uma irresistível atracção.

Se me acontecer alguma coisa, já sabem que a culpa é única e exclusivamente da festa em bloco (favor não fazer trocadilhos com festa do bloco).

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Mais alterações
Bem sabendo eu que corro o sério risco de ser confundido com um alto funcionário do Minstério da Educação, aqui fica mais uma alteração aeste template.
Isto, porque não estava nem pouco mais ou menos satisfeito com o outro.
Vamos lá ver se os seios finalmente estabilizam.

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terça-feira, 13 de fevereiro de 2007
Luiz Goes
Perante a nuvem negra que vejo ao longe (pelo menos do que consigo vislumbrar da minha cozinha), não dou margem para hesitações e corro para a sala a pôr Luiz Goes. Sim, pela manhã, enquanto beberico o meu chá e o artigo do Vasco Rato na última Atlântico.
O dia já parece ir avançado e já só penso no meu regresso, com num eterno retorno.
Se algum dia eu soubesse cantar, havia de ser como o Luuiz Goez. Ah pois tinha mesmo que ser.

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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007
Resultados
Diversão.
Muita diversão.
Sou terminantemente viciado em estatísticas.

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Não há duas em três
Pois é...
Mais uma vez Portugal consegui dar mostras de défice democrático e deixar passar mais um referendo sem que ele seja vinculativo. Triste não é, mas se calhar deprimente é um bocadinho melhor.
Isto, porque este foi o melhor resultado que Sócrates, que por vezes consegue ser um pouco mais parvo do que eu, poderia desejar: um referendo não-vinculativo mas onde o sim ganhou, dando-lhe assim autoridade moral para fazer aprovar a lei no Parlamento, convertendo toda esta questão em mais uma brilhante conquista política do seu governo. Nessa altura a decisão do povo já só contará como recurso argumentativo e nunca como uma identidade comum que decidiu dizer que se estava a cagar para a democracia.
Mas como até nem tenho grande autoridade moral para falar, acho que me fico por aqui.
Antres deixo alguns comentários sobre este mesmo assunto:

FJViegas
1) 58,50% dos votos expressos deram a vitória ao «sim».
2) Esse «sim» deve fazer lei.
6) Felizmente acabou a campanha

Natureza Maldosa
O dr. Bagão Félix não perdeu. Se o SNS não tiver recursos para permitir o cumprimento da lei, haverá sempre uma parceria público-privado para suprir esta insuficiência.

O guarda-redes do Livorno chama-se Amelia. De certa forma, também isto tem que ver com o aborto.

O maradona
Diz o professor doutor Gentil Martins...
... que não há dinheiro no Sistema Nacional de Saúde para lidar com a pressão que a liberalização do aborto vai exercer sobre os serviçõs de saúde. Ai não há dinheiro? Arranje-se! Como? Diminua-se os ordenados, despeça-se pesssoas, acabe-se com os subsidios e as ajudas aos jovens e às empresas e a essa gente e a essas coisas assim, aumente-se o valor a pagar por outros serviços do Estado (façam-se mais portagens, por exemplo) e do Sistema Nacional de Saúde (aumente-se as taxas moderadoras, por exemplo, ou estabeleçam um preço o mais próximo possivel do valor real do acto médico aborto, outra alternativa), venda-se as empresas em que o Estado ainda tem participação.... bem, é só escolher.

Paulo Pinto Mascarenhas

Andou o Bloco de Esquerda a dar o litro durante toda a campanha e chega José Sócrates no fim e arrecada os louros da vitória. É uma injustiça.


Pacheco Pereira

Primeiro lá fora e cá nos blogues e finalmente no IM (e os sítios noticiosos estão a dormir?): "O Instituto de Meteorologia informa que no dia 12 / 02 / 2007 pelas 10:36 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 6.0 (escala de Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 160 km a SW de Cabo de S. Vicente. De acordo com a informação disponível, este sismo foi sentido, devendo em breve ser emitido novo comunicado com informação instrumental e macrossísmica actualizada."

E este gajo nem quer saber de nada

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domingo, 11 de fevereiro de 2007
SLB ou o regresso do grunge
De certa forma, o jogo de ontem deveria ter sido abortado...
Vamos lá ver o que hoje decide o soberano povo português.
Seja como for, ontem passeei por um café concerto onde uns rapazitos dos seus 16/17 anos estavam a arranhar carismaticamente músicas grunge.
Será que se está, finalmente, a confirmar o mito do eterno retorno?
Quando o Varzim ainda jogava na Primeira Divisão, ainda se ouvia grunge, ou não?

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É hoje
Espero que hoje, com toda a parcimónia possível, chegar ao bonito número de 100, cem páginas traduzidas de um projecto do Equal.
Este post não tem necessariamente que ver com o aborto.

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sábado, 10 de fevereiro de 2007
Coisas deste Alentejo em que vivo
Um grupo de pessoas etariamente avantajadas debruça-se sobre a montra de uma funerária, brandando aos céus:
- Já viste quem morreu? A mulher do Manel Peixeiro. O da aldeia da Malagueta.
Como rapaz aprumado que sou, lá parti numa profunda investigação geográfica em busca da aldeia da Malagueta. Claro está que não encontrei.
Se alguém souber de alguma coisa, por favor não me contacte que estou constipado.

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On work...

Há coisas que nunca é demais retomar...
E até me engano a pensar que vou ter um bom fim de semana.
Seja como for, já me decidi: troquei o aborto pela economia social.

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Democracia
Num documento sobre a reabilitação e inserção de pessoas com deficiências no mercado de trabalho a palavra "democracia" e seus respectivos derivantes é repetida bem mais vezes do que o que seria desejável e saudável para qualquer cidadão que tenha nascido no pós-25 de Abril e que mal se lembre da entrada de Portugal na UE (antiga CEE).

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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007
Ao tempo...
Eis que no meio da tradução de um documento de 174 páginas e de um zapping, dou de caras com o unplugged dos Nirvana.
Épico! Bombástico! Único!


Contudo, a postura do Kurt ainda hoje me continua a perturbar. O que é que estaria a passar naquela cabecinha? Hum? Curtir uma depressão?
Obrigado MTV!

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Curtas
- Uma das melhores perspectivas sobre o aborto

- Ouvir Bert Jansch logo pela manhã

- Jamais voltarei a comer Dr. Bayard da mesma forma

- Mais um pouco de publicidade e começo a ler Assis Pacheco

- A paranóia

- A nossa cultura

- Tom Yorke também não calha nada mal

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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007
Livro da Semana
Na contra-capa anunciavam que Gutierrez seria um Bukowski do Caribe ou um Miller de Havana. Como nunca na minha vida li Henry Miller, nem sequer me aproximei de tal autor, pareceu-me bem. Quanto ao Bukowski, posso dizer que já li uns 4 livros dele.

Mas pior ainda: houve mesmo quem me tivesse aconselhado a ler o livro. Isto há cada uma!

E eu li. E até que nem desgostei. Mas também não achei fabuloso.

Mas com certeza que mudou a minha perspectiva da realidade cubana, e da sua democracia, onde, por exemplo, só os cubanos com cartão especial é que podem entrar em Varadero.

O seu estilo violento e descrições detalhadas da pobreza e miséria em que a maioria dos cubanos vive é verdadeiramente chocante, mas isso nada mais é do que o seu primário objectivo. Conseguiu-o.

A grande questão que se levanta é se algum dia serei capaz de ler mais alguma coisa dele.

Sim, sou.

Sou, sobretudo, um homem de coragem.

Ah, pois sou.

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Vacondeus logo pela manhã
Acordar. Sorver o chá de modo a tentar despistar a terrível dor de garganta que me fez companhia pela noite fora.
O zapping matinal leva a uma RTP Memória onde Filipa Vacondeus tenta seduzir o público com um pargo tipicamente português. Muitas ervinhas, pimento, e portanto, tipicamente português. No fundo ela apresentou um prato tipicamente português (claro está que esta repetição desmesurada se destina única e exclusivamente a causar no leitor um efeito cómico. Ou, ridendo castigat mores. Seja lá isto o que for.)
O importante foi mesmo ver o cair de um mito. A super-cozinheira que se esforça por fazer um tenebroso sotaque da linha de Cascais é realmente uma péssima kitchen manager (ao usar o termo anglófono até dou uma de entendido em management). É.
Ainda estou agoniado. O pãozinho aletejano (vulgo panito por estas bandas) com manteiga milhafre dos açores já não me soube tão bem e não estou certo se conseguirei almoçar.
Por isso é que quando não se gosta de alguém se diz de forma jocosa um "Vá com Deus" como despedida.

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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007
A viabilidade democrática
Mais uma vez um post sobre o aborto.
Quando ontem reparei que tinha sido enganado no Modelo local e que me tinham dado uma normal alheira em vez da exótica alheira de avestruz anunciada no folheto, nem sequer me dei ao trabalho de ir protestar violentamente. Dizer uns palavrões, enervar-me, antecipar a minha morte por problemas cardíacos e/ou cardiovasculares. Estava no meu mais legítimo direito. Não o fiz. E pior que tudo: não o quis fazer.
Dia 11 há um referendo.
Depois de ponderar e analisar as brilhantes campanhas dos mais diversos movimentos, sinto que o referendo poderá, para mim, não passar de uma alheira. Exótica de nome, mas que se irá revelar terrivelmente normal no final.

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Um contra todos
Hoje. Agora. Ligo a televisão. Por definição da Samsung, surge o primeiro canal. O programa que está a dar é o indicado pelo título. Está uma brasileira em jogo.
Depois da derrota/vitória de ontem inaugurou-se o estado do politicamente correcto em Portugal?
Felizmente que o equilíbrio foi conseguido através deste post.
Afinal, acho que nem há muitas diferenças entre o VPV e o Truman Capote, tirando o facto do último já ter morrido há coisa de vinte anos.

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O senhor que se segue...


Depois da minha primeira incursão pouco séria pela literatura cubana, nada como continuar na onda tremendamente extravagante.
Quem, mas quem é que dançou com a Marylin?, ou foi fotografado pelo Andy?
Aqui até me atrevi a escrever um artigo ridículo sobre ele. Tal como convém.

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Portugal - Brasil
Não há nada como a Feira de Enchidos do Modelo.
Provavelmente aproveitarão a ressaca daquela feira em Mirandela ou isso. Mas não quero saber. Abençoada seja a globalizaão que ontem me permitiu, em pleno alentejo, jantar uma morcela, um chouriço da Anadia, uma alheira de Chaves e, abençoado seja o Douro, um Esteva. 2003. Corrente. Medalha de Ouro. Bom. Muito bom.
Coisas.
Portugal também não destoou. Não estiveram mal. Nada mal.

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terça-feira, 6 de fevereiro de 2007
É sempre asim
Sempre que os Kings of Convenience lançam um álbum novo, eu acho que é o melhor deles e o melhor do ano.
Mas 2007 ainda só agora começou e sei lá eu que mais poderá ainda sair. Até acho que em Maio já não me vou lembrar do que escrevi, mas por agora e por este momento, isto é o que sinto.
Mas como é que eles fazem isto? Será que alguém me pode dizer??
Enfim, que haja mais distúrbios em ruas vazias...

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O Fruto Proibido...

A Hoegarden apresentou-me uma cerveja com o mais tentador de todos os nomes: De verboden vrucht , que é como quem diz: o fruto proibido.
Claro está que eu, rapaz facilmente conquistado pelas campanhas de marketing, não resisiti e comprei-a.
É que ainda por cima anunciava que era uma bière de degustation de cor arruivada. E assim eu não resisti.
Peguei no meu copo de pint e despejei a cerveja.
Uma consistência bastante boa, um sabor único, capaz de me fazer desejar voltar a bebê-la num futuro próximo. Só mesmo os sedimentos é que me levantaram algumas questões metafísicas, mas de resto...
Com isto tudo, ainda consegui descobrir este site verdadeiramente fascinante.

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Nenatal? Sim, Rádio Comercial.
O fenómeno do Nenatal anda mesmo a crescer a nível da sua publicidade pública, como se pode comprovar pela entrevista que a Rádio Comercial fez ao Ricardo Silva. Depois da Pública e do site Mais Futebol, só faltava mesmo a rádio. A questão que se levanta é mesmo:para quando a televisão?
A demência nunca é demais.
Assim queira Neno.

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Kitsch
Ainda há quem diga mal da Mariza. Este jovem espanhol carrega sobre os ombros o destino de reconverter a imagem do flamenco.
Não quero com isto dizer que goste de Melendi.
Porque até não gosto.
Mas lembrei-me disto hoje de manhã:

Huele a aire de primavera
tengo alergia en el corazón
voy cantando por la carretera
de copiloto llevo el sol.

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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007
Ainda a TLEBS
Depois das declarações de Manuel Pinho na democrática China, aqui fica mais um bom exemplo da qualidade nacional.
Assim sim, vale a pena investir e viver em Portugal.
Eu é que não percebo nada de nada e continuo a querer emigrar à viva força.

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Futebol
Lembro-me da minha professora de latim uma vez me ter dito que os intelectuais não se preocupavam com futebol.
Pois não. Fazem coisas bem piores.

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Arte cubana



E ele pinta. Mas mais uma vez, não percebo.

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E assim começa uma manhã...
Acho que não me poderia lembrar de coisa pior para começar uma semana do que ir procurar um livro que a biblioteca não tem.
Integrei-me e lembrei-me de uma alternativa plausível.
Está requisitado e com um atraso na devolução de 12 dias.
12 DIAS???
O meu grau civilizacional está bastante, bastante perto do 0.
Segue-se a violência.
Psicológica, claro está, que o meu físico sempre deixou muito a desejar...

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sábado, 3 de fevereiro de 2007
Futebol. Sim?
Na ressaca de um daqueles jogos em que a sorte parece não estar do lado do SLB (porque será que sempre que vou ao estádio isso acontece?), levanta-se a primordial pergunta de se terá valido a pena os 10€ que paguei para ver o jogo.
Enquanto espectáculo, sim. Os jogadores, possivelmente conscientes da minha pessoa nos 50222 espectadores, esmeraram-se e deram o seu melhor.
Enquanto meio envolvente, com as pessoas a insultarem o Jaime Pacheco e os jogadores do Boavista, deixando soltar um belo lado animal e incrivelmente pouco civilizado. Talvez os 10€ já não tenham bem valido a pena.

Este post deveria ser um ponto sólido de ajuda para a Federação perceber porque é que as pessoas não vão ao futebol, ou porque não vale a pena ir ao futebol, ou porque as coisas estão como estão.
Só não percebo é como é que isto tudo ainda consegue envolver corrupção...

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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007
Pequenos Prazeres

Desta feita dedico este espaço àquela que é, na minha inocente e empírica análise, a melhor cerveja que já provei.

Oriunda da Bélgica, a Leffe tem uma daquelas histórias que nos fazem sonhar com monges alcoólicos numa Europa ainda a ressacar da pesada herança medieval. Lembro-me ainda da primeira vez que os meus lábios pousaram numa Leffe brune. Chovia e fazia frio naquela encantadora tarde de verão de Roterdão.
Desde aí, que só o lembrar-me dela faz crescer o desejo.
Quando hoje ao almoço deitei fora a única que tinha em casa, senti um vazio enorme, uma tristeza indescritível que só será solucionada numa próxima experiência.
As outras também são boas, mas a brune...
Até uma próxima...

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Josué Yrion
Há poucas coisas realmente bonitas nesta vida e esta é, indubitavelmente,uma delas.
Qual Moonspell, qual quê! No próximo fim de semana espero vir a ver o máximo número de filmes Disney permitidos pelas naturais leis da vida. Se possível, ainda conseguirei ver por duas vezes o Rei Leão e acordar de forma assassina.
Assim seja, caro Josué

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O senhor que se segue
Nunca eu tinha lido um autor com semelhante ar de chulo.
Sem tirar nem pôr.

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Curtas
- As declarações do senhor ministro da Economia não podia ter sido mais infelizes, pois não só levantaram contestação em Portugal, como nada querem dizer num país como a China. Salários baratos e poucas reivindicações? Comentários aqui, aqui,

- Quando ontem percorria provincianamente a Rua Garrett, vi o Gonçalo M. Tavares a passar. Fiquei entusiasmado. O mesmo já não aconteceu quando vi o Bruno Nogueira com a Maria Rueff.

- Mais uma boa ajuda na qualidade do debate sobre o aborto, ou então o Pulido Valente

- Devia estar orgulhoso, mas nem por isso.

- Há opções que se têm que tomar

- Aviso real

- Agradecimento pelo link

- Troca de template. Até pode ser que comece a escrever como nunca...

- E um regresso saudado

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Scoop
Scoopantastic!

Se eu fosse um daqueles revolucionários linguísticos de bom costume na língua inglesa, seria mesmo capaz de inventar a primeira palavra deste post.

Mas não sou.

Mas julguei que era e por isso... Mas o mais certo é já ter havido alguém a ter a mesma ideia, mas nem sequer me vou dar ao trabalho de averiguar.

Enfim...

Tudo isto para dizer que Scoop é um dos melhores filmes de Woody Allen que já vi. Seguindo a linha dos Vigaristas de Bairro, ele apresenta-nos uma intriga onde a sua comicidade consegue assentar na perfeição.

"I was born into the Hebrew persuasion but later in life I converted to narcisism."

Claro está que tenho ainda que deixar uma nota de referência para a interpretação da sua nova menina bonita Scarlett Johansson que faz um papel fantástico, assim como o sr. Hugh Jackman que também não fica nada mal na fotografia.
Mas o Woody não só está igual a si próprio, como bastante melhor. Ouvi dizer que a idade tem destas coisas...

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Livro da Semana


Pois a minha ausência de pouco mais de 24h deste blogue deu-me tempo para acabar de ler o Elogio da Intolerância do esloveno Zizek.

Pois o rapaz dedicou-se a fazer a desconstrução da nossa sociedade, de forma mais ou menos intensa. Este mais ou menos revela-se numa quase crise de fundo existencialista.
É sempre assim quando alguém me desconstrói. Felizmente que não é daquelas coisas que aconteça todos os dias.
Mas estórias à parte, sinto que o meu regresso fugaz à leitura de ensaios não se irá prolongar por muito mais tempo e já só penso no próximo romance.
A realidade faz-me falta, mas em doses moderadas. Mínimas, diria.
Zizek. Para mais tarde recordar.

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