Big Breasted Blonde Amateurs
«Cada ratinha tem o seu mistério e desvendar uma não quer dizer que percebemos o mistério total», Puchkine, Diário Secreto
terça-feira, 31 de julho de 2007
Cinema
Agora que Bergman morreu, voltou aestar na moda.
O problema é que só se costuma morrer uma vez.

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Introdução
A introdução/prefácio do Alexandre Soares Silva em Época de Acasalamento tem tudo o que umas boa introdução deve ter ou ser:
curta e inteligentemente manipuladora da vontade humana para nos querer fazer ler o livro, dando ainda uns dados curiosos sobre o autor.
Um dia destes gostava de ser capaz de fazer qualquer coisa minimamente parecida.
Mas de momento é apenas um sonho, sendo que ainda terá que se transformar em projecto e depois em suor e finalmente em vias de facto.
Espero ainda o conseguir em vida.

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segunda-feira, 30 de julho de 2007
O senhor que se segue
Curtas
- Este blogue continua a ser uma fonte quase inesgotável de pérolas

- Relato impressionante, via FJV que por sua vez o fez via Blasfémias.

- A Pitucha precisa de ajuda...

- Confesso que não consigo perceber este post. Vai, ou não vai continuar durante Agosto?

- Ao fim de uma tarde inteira de leitura só andei pela ex-URSS

- Os dramas da silly season

- Este blogue continua a ter algumas das melhores crónicas que por aí andam, se bem que por aqui...

- Nova entrada na coluna da direita

- É sempre bom saber

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domingo, 29 de julho de 2007
A ver filmes que devia rever
Taxi Driver tem tudo para ser o filme da minha vida, o que só faz aumentar o meu sentimento de frustração por só agora o ter visto.
O retrato da solidão, que é algo que me tem vindo a absorver de forma mais ou menos literária nas poucas coisas que ouso escrever, é absolutamente genial e confesso que se o Scorcese não o tivesse já feito, era precisamente isto que eu gostava de ter conseguido fazer.
Mas como não o fiz, não há nada que possa fazer.
De momento, pelo menos.

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Ainda agora começou a segunda parte
Acho que no Cairo está tanto calor como em Grândola.

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E já acabou
Vejam e oiçam isto:



Podem agora continuar a ler este post.
O último dia do FMM surgiu com a boa e saudável companhia do Diogo e com K'Naan a servir de aperitivo para o que acima puderam ouvir.
Dizer que foi um dos melhores concertos a que assisti nos últimos tempos (e não só), talvez não seja mentira. Isto porque o multiétnico grupo de punk cigano conseguiu aliar da melhor forma a inegável qualidade musical a um espectáculo único que chegou mesmo a envolver fogo de artifício durante uma das músicas. Isto para não falar da impressionante presença em palco dos músicos.
Verdadeiramente único.
Para quem não esteve presente, deixo uma nota de pesar. Pequena, mas deixo.

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sábado, 28 de julho de 2007
Acho que hoje me sinto assim
"A minha ressaca continua a deteriorar-se. Ou deverei dizer que a minha ressaca continua a progredir? É que, na verdade, sabe-me muitíssimo bem. Quero uma boa ressaca, preciso de uma, mas não me embebedo há quinze anos"
pp.65

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Coisas da blogoesfera
A blogoesfera está dividida: de um lado os que foram de férias e do outro os que ficaram por razões mil.
A minha chama-se flexisegurança.

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Doping no ciclismo? Nunca!
Ouvido por acaso numa loja de bicicletas:
- Tens que experimentar tomar os comprimidos. Aquilo dá-te força.
- Não sei, pá... Isso são anfetaminas e o diabo a sete.
- Caga nisso. Vais ver que te aguentas muito melhor. A sério.

Claro está que quando se fala de doping no ciclismo, não consigo esconder o meu cepticismo, pois acredito piamente que a rapaziada só toma aquelas coisas para se aguentar melhorzito. Pela minha parte, costumo ir-me abaixo ao fim dos primeiros doze quilómetros e fico contente.
Mas não posso impor os meus conceitos de felicidade a ninguém.

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Back in the USSR
Às vezes esqueço-me que a União soviética existiu. Ou esqueço-me que algum dia deixou de existir.
Pois tinha que vir o Martin Amis para me fazer regressar a um passado a que nunca assisti.
A escrita é sombria e húmida.
Tal e qual aquilo que me foi sendo ensinado ao longo de 16 anos de escola.

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sexta-feira, 27 de julho de 2007
O senhor que se segue...
FMM
Saio de Grândola rumo à capital das músicas do mundo com aquela ansiedade típica de quem vai (finalmente!) ver Carlos Bica ao vivo, depois de ter esmiufrado praticamente toda a sua discografia até ao último grão de prazer possível.
O Carlitos não me desiludiu, demosntrando uma vez mais que está quilómetros à frente do que quer que seja que está à frente. Seja o que for, ele está ainda mais à frente. E isto já contando com a ousadia do projecto com o DJ Ill Vibe.
Ainda em pleno êxtase seguiram-se uns místicos touaregues do Mali, um saltitão enérgico de quase 60 anos da Etiópia e um reggae "tá-se bem" já na avenida da Praia.
No regresso, algo tardio, a casa, não conseguia esconder aquele brilhozinho nos olhos de finalmente ter visto Carlos Bica ao vivo, deixando para trás a maior concentração de freaks da história por metro quadrado e os fumos de uma das maiores zonas industriais do país.

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Ao Sá-Carneiro



Deparo-me com isto de manhã e penso que se calhar era de bom tom pôr aqui um poemazinho do Sá-Carneiro. É de bom tom.
Se o Almada se dedicou a fazer um retrato destes, eu também sou homem para dispensar um tempinho à procura dos poemas que mais gosto dele.
Calma, ei-lo:
Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.
O que sempre me fascinou em Sá- Carneiro foi a sua morte verdadeiramente poética, não só pelo suicídio, como pelo convite inocente e simpático que fez a José de Araújo para assistir à sua morte dolorosa. É poético e fica bem para a posterioridade.
Suicidou-se aos 26 anos e eu já conto com 25.
Felizmente não escrevo poesia.

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quinta-feira, 26 de julho de 2007
Tonight, tonight
Eu, Sines e o Carlos Bica no FMM.
- Carlitos pá, toca lá aquela que eu gosto.

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Livro da Semana

Bem sei que é um livro para crianças.

E depois?

Como não leio aqueles livros esotérico/espirituais e não sei o que mais (Osho e Brian Weiss e C.ª), dedico-me à literatura infantil, dela retirando as elações que há para tirar mais as que bem quiser.
E foi iso mesmo o que me aconteceu com A Girafa que Comia Estrelas.
Gostei da simplicidade da estória (sou uma pessoa por vezes muito simples e humilde) e da ilustração do Henrique Cayatte (sim, o senhor das capas mais ou menos esbranquiçadas da Dom Quixote) e sobretudo da maneira como ela nos invade o subconsciente de tempos a tempos.
Se quiserem ler, leiam. Se não, também não quero saber.

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quarta-feira, 25 de julho de 2007
Opções
Quando me falam de política sorrio, e respondo-lhes educadamente com Bukowski.

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Agora sim
Embora já tenha exposto a poesia popular a um aparente indecoro, tento agora redimir-me ao fornecer o site e recomendar uma visita atenta.

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terça-feira, 24 de julho de 2007
As insondáveis maravilhas da poesia popular portuguesa
Eu nasci do foder
e do foder fui gerado
ao longo da minha vida
muitas mais tenho mandado

Isto foi-me dito por um poeta popular do Carvalhal, seguido de um piscar de olho e um apertão no braço que terá talvez servido para comprovar a minha masculinidade.
Obrigado Portugal por tão nobres e bravos homens tens posto nesta tua terra!

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Friendship
Se por acaso fosse capaz de escrever uma estória sobre a amizade seria qualquer coisa como isto

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segunda-feira, 23 de julho de 2007
Ainda sobre o Maugham para o jornal local

Quem é que nunca leu O Fio da Navalha? Vá, levantem lá a mão quem nunca o leu. Não tenham vergonha. Façam-no lá. Sim, podem olhar em volta para se assegurarem que ninguém vos vê e que assim não caiem no ridículo.

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!

Peço desculpa, mas não consegui resistir a um pequeno aparte pessoano. Foi mais forte do que eu. É sempre, aliás.

Confesso que até há bem pouco tempo atrás nunca eu o tinha lido, aproveitando agora este espaço privilegiado para expiar esse meu pecado e agradecer à tremenda persistência (coisa pouca de uns seis anos) de um grande amigo scalabitano para o ler.

Inevitavelmente, ele esteve presente em cada palavra, em cada momento da minha leitura. E no fundo o livro é isso mesmo: relações entre pessoas, situações sociais e sobretudo o enorme e quase indescritível prazer de viver, sempre condicionado pelas nossas escolhas pessoais.

Grande parte do fascínio da obra reside nisso mesmo: Larry, um americano que vive na Europa graças a uma avantajada “renda”, decide renegar o destino que a sociedade lhe reserva, fazendo-nos questionar constantemente sobre o rumo que damos à nossa própria vida.

Publicado em 1944 por um espião britânico, O Fio da Navalha só é um dos romances mais influentes do século XX.

E poderia não ser?

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Coisas destas como podiam ser doutras
É possível alguém não gostar de David Bowie?

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Mudanças visuais
Já agora, o blogue do MJMarmelo está um pouco mais claro.
Será para agradar à Silly Season?

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Haja Luz

Começa bem.
Começa bem melhor que muitos outros álbuns, prometendo-nos um álbum fantástico, imparável.
Contudo, lá para a terceira música, ele entra naquela monotonia mais ou menos apaixonada ou intelectual de bairro da Campanhã abaixo, perdendo-se grande parte do interesse musical da coisa.
Acho que um dia eu deveria fazer um best of com duas ou três músicas deste álbum e o Viagens quase todo.

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sábado, 21 de julho de 2007
Questão geracional
Às vezes não sei responder à questão de porque é que não leio mais Eça?

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Y tu mamá también

Quis perceber porque é que este é um dos filmes mais vistos na Biblioteca.
Ao fim dos primeiros cinco minutos percebi:
duas cenas explícitas de sexo.
Os jovens adolescentes também não costumam aguentar muito mais que dez minutos de filme e poucos são os que me conseguem contar o que quer que seja do enredo.
Mas a verdade é que o enredo é fantástico e a maneira como a estória nos é narrada tem resquícios do novo e bom cinema europeu pós-Amélie.
Uma viagem pelo México a assumir o que os grandes livros de viagem sempre assumem: uma renovação espiritual no mais profundo do nosso ser.
A não perder!

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BTT ou isso
Depois de alguns meses de salutar convivência, eis que ocnsegui ter dois furos em dois dias seguidos, pondo-me no topo da lista da lei de Murphy.
Contudo, deixo-vos as fotos de um curto passeio de pouco mais de uma hora.
Que aprovechen!



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Musiquinha para alegrar os corações
Bem sei que nbão tem uito que ver com Ryan Adams, mas os desígnios humanos são por vezes insondáveis.

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29
A re-escutar um dos melhores álbuns que passou lá por casa e que me foi finalmente devolvido depois de mais ou menos um ano por outras bandas.

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Orgulho? Preconceito?
No seguimento das outras polémicas que o El País tem vindo a publicar, aqui fica mais uma.

"Hace unos días, una de las historias más leídas -y vendidas- de la literatura británica, Orgullo y Prejuicio, llegó a los despachos de algunas de las editoriales británicas más relevantes, pero con otro nombre y bajo otra firma. Se llamaba 'Primeras Impresiones'
(...)
El resultado: 17 de las 18 editoriales desestimaron el proyecto por poco interesante y sólo una recomendó a Laydee -en realidad Lassman- que leyese el libro de Austen al encontrar demasiados parecidos."

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Por estas e por outras é que deveria jogar futebol
Depois de alguns meses de sã convivência com a minha bicicleta, fui ontem traído com um furo na roda traseira enquanto descia a serra.
Fui, pois, e tal como mandam as regras, obrigado a descer e a seguir os restantes 6km de bicicleta na mão, para grande desagrado da minha pessoa.
Dentro de momentos irei instaurar uma comissão de inquérito para apurar responsabilidades.

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quinta-feira, 19 de julho de 2007
De lamentar
Duas notas de pesar:

1- O fim do blogue da Helena a quem só consigo dedicar a frase que tinha de apresentação e que o senhor Cummings se encarregou de escrever há uns anitos atrás:
all ignorance toboggans into know and trudges up to ignorance again


2- Falta de espírito democrático do menino águia de ouro que não só não aceita publicar os meus comentários como enraivecidamente critica todos os meus posts.
Enfim, as portas de um futuro brilhante ser-lhe-ão abertas de par em par.

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Excentricidades

Depois de ter colocado num post da biblioteca o quadro acima exposto (sei lá eu de que autor!?) recebi um elogio único da gótica que trabalha comigo:
-Tu és assim meio para o excêntrico.
Claro que gostar das obras de um filho de emigrantes polacos nos EUA que só marcou profundamente o século XX é ser-se excêntrico.
Já vestir de preto com coleiras e piercings e ouvir gajos que não hesitam em sacrificar criancinhas (uns comem, outros sacrificam) em palco é perfeitamente normal.

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Livro da Semana

Acho que será mais oumenos dispensável dizer que gostei.
Gostei. Bastante, até.
Acho que mais uma vez me sinto impelido aagradecer ao Gonçalo pelas insistentes recomendações, sentindo-me agora arrependido de não lhe ter dado ouvidos mais cedo.
A maneira como as personagens se vão desenrolando e desenvolvendo ao longo da estória não deixa de ser uma apologia ao prazer de viver, independentemente das escolhas que elas façam ou nós façamos.
Claro está que o livro tem uma crítica social ímplicita bastante bem evidente que eu preferi ignorar por completo, achando-a natural. E especialmente tendo em conta a altura em que foi escrito.
Se ainda não leram, façam o o mesmo que acabei de fazer: leiam-no.

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quarta-feira, 18 de julho de 2007
Novas
Antes de me embrenhar em Lodge (estranho como é recorrente esta minha vontade de ler Lodge, e sobretudo depois de Autor, Autor, que me deixou assim uma estranha azia nos óculos), aproveito para seguir uma sugestão bloguística para ouvir isto e sentir algum prazer nisso.

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Terminus
"Donde se conclui que talvez o meu final não seja tão pouco satisfatório como receava."

Obrigado Gonçalo.

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terça-feira, 17 de julho de 2007
Scout
Acabei de ver passar por mim uma carrinha onde da parte de lado estava a referência à marca de uma empresa seguida de um: "levando oxigénio a sua casa".
E ao local de trabalho? Será que também levam?
Mas, verdade seja dita, a nossa conversa telefónica de ontem foi uma verdadeira bomba de oxigénio literário.
Rapaziada: ponham a vista em cima deste jovem, que promete e muito...

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Brasil?
Mas no fundo, isto é que é um escândalo.
Já agora, o Gonçalo precisa de colaboradores.

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Aniversários
O Miniscente lá fez quatro anos depois de uma semana a protelá-lo aos quatro ventos.
Por parte de todos os autores deste blogue (me and me on my own ou um mais épico me, myself and I) aqui ficam os sinceros desejos de parabéns.

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Saber parar
Depois de ontem ter feito mais um jogo verdadeiramente medíocre de futsal, consegui um golo de belo efeito que muito espantou quem tinha visto a qualidade do meu futebol na hora e meia anterior.
Em vez de me retirar em glória, recuperei a auto-estima e alguma força anímica que me levaram a correr o campo mais uma vez. Os seis golos e meio falhados nos dez minutos que se seguiram, fizeram-me arrepender da decisão tomada.
No futebol como na vida, temos que saber quando parar...

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segunda-feira, 16 de julho de 2007
Oh sim
Depois dos Holocausto Canibal, só poderia ser isto:


Para total prazer de todos os leitores deste blogue.

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Coisas
Faço uma pequena pausa no Jorge Palma para reviver parte da minha noite de sábado no Metal GDL.


Regresso pacificamente ao Jorge Palma.

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Saramago visionário?
Pois ontem não houve novidades em relação aos destinos da cidade de Lisboa, uma vez que os media já itnham antecipado todos os resultados e cenários possíveis. Cumpriram o seu papel, portanto.
A única coisa que gostaria de destacar foram os quase 63% de abstenção, que pode querer significar alguma coisa. Claro está que o tom profético de Saramago já o tinha previsto em Ensaio sobre a Lucidez.
Bom e oportuno de se ler por estes dias.

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2ª de manhã
Será que há maneiras educadas de dizer a alguém: será que a tua vida mniserável não te chega?

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Gostava que o meu auto-retrato fosse assim

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sábado, 14 de julho de 2007
Citação
Contexto: Larry dedica-se entusiasticamente ao estudo em Paris, quando é interpelado pela sua noiva, prestes a deixar de o ser:
"- E qual a finalidade de tudo isto?
- Adquirir cultura - respondeu ele, sorrindo.
- Não me parece muito prático.
- Talvez não seja e, por outro lado lado, talvez seja. Mas é divertidíssimo."

Dediquemo-nos, portanto, à cultura, pois é divertidíssimo.

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Coisas de um sábado de manhã
Ignorando as sãs regras da existência humana, acordei expontaneamente duas horas antes de ir trabalhar. Dedicado à leitura do tão protelado Somerset Maugham, deparei-me com a voz histeriofónica da minha vizinha do lado:
- Fofinha! Fofinha! É todos os dias a mesma merda Fofinha!
Claro está que Fofinha e merda são palavras que costumo usar com frequência num mesmo contexto.
Bom dia para si também querida vizinha.

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sexta-feira, 13 de julho de 2007
Um livro estranho e fascinante!
"Um livro estranho e fascinante! " e assim começa o texto de apresentação das edições dos Livros do Brasil sobre o Fio da Navalha que hesito em começar a ler, enquanto não fizer um parêntesis interno sobre o Gonçalo.
1. Durante As Pequenas Memórias do Saramago, as referências à Azinhaga do Ribatejo remeteram-me frequentemente para as tórridas tardes de verão ribatejano em que não hesitávamos em deixar uma publicidadezinha do Lidl na casa onde se dizia que Saramago tinha nascido.
2. Durante imenso tempo falou-me de Somerset Maugham. Não sei se os terá papado a todos, mas a verdade é que durante imenso tempo andou maravilhado com os dotes literários do ilustre britânico, nunca hesitando em partilhar comigo as suas experiências.
Agora sim, acho que estou preparado para andar "sobre o aguçado fio de uma navalha".

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Será que éramos novamente favoritos??
O vídeo da vergonha está disponível aqui.
quinta-feira, 12 de julho de 2007
E não é que ele até que tem piada?
"Que indo o meu pai a declarar no Registo Civil da Golegã o nascimento do seu segundo filho, sucedeu que o funcionário estava bêbado, e que sob os efeitos do álcoolo e sem que ninguém se tivesse apercebido da onomástica fraude, decidiu, por ocnta e risco, acrescentar Saramago ao lacónico José de Sousa que meu pai pretendia que fosse.(...) Sorte, grande sorte minha, foi não ter nascido em qualquer das famílias da Azinhaga que (...) tiveram de arrastar as obscenas alcunhas de Pichatada, Curroto e Caralhana"
pp.47-48

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Questões que s'alevantam
Não duvido que se a muitos portugueses fosse dada a possibilidade de escolher entre uma leitura e uma morte indolor (um tiro em cheio nas têmporas, sei lá!), muitos escolheriam esta segunda hipótese.
Isto, depois de ter passado três horas numa biblioteca de jardim em que não apareceu vivalma e onde a minha companheira conseguiu um feito de invejar o mais paciente dos brâmanes: três horas a olhar o infinito, sem se mexer, sem ler, sem falar e possivelmente sem saber se estava viva ou morta.

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Embora as crónicas do Pulido Valente me tenham deliciado verdadeiramente durante uns dias, a descoberta de Naipaul teve um impacto verdadeiramente arrebatador na minha vida.
Até me vai fazer ler Sommerset Maugham (escritor que sempre releguei para um plano de estigma e dogma irracional de recusa).
Uma clareza narrativa soberba, uma análise conjuntural de quem lá esteve mas do lado de fora, evitando assim cair em excessos radicais como acontece com Saramago nas suas Pequenas Memórias.
Uma Vida Pela Metade foi para mim apenas o primeiro de muitos. Isto caso não morra atropelado ou não me morda um cão carregadinho de tétano agora ao sair de casa.

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A culpa é do Naipaul

Estava eu sossegado em casa, mas não resisti ao apelo subreptício do Naipaul a uma Cobra.
Já a conhecia de um dos indianos do Bairro e só ontem é que a consegui apreciar verdadeiramente, uma vez que o caril não rima particularmente bem com esta cerveja de sabor suave e até com um leve toque de limão.
Tenho ainda que destacar o verdadeiro monopólio de prémios (sim, daqueles que a Super Bock e a Sagres também exibem), já que desde 2001 que não há outro vencedor.
A Cerveja não é má, mas também não é nenhum espanto.
A verdade é que não consigo esconder o meu desagrado pelo facto de ela não ter conseguido transmitir o ambiente exótico que o mestre Naipaul conseguiu.
Lamento.

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quarta-feira, 11 de julho de 2007
O senhor que se segue...
E o futuro?
Por causa deste post, regressei às minhas eternas questões sobre a nova era jornalística:
Mais crónicas e menos notícias. Mais que ler e pensar numa altura em que um texto com mais de dez linhas já é gigante e causa de desinteresse nos mais jovens...
A verdade é que já não me lembro da última vez que comprei um jornal. Compro apenas mensalmente a Atlântico, que não é nem pouco mais ou menos um jornal.
Quoi faire?
Embora a resposta passe frequentemente por "brindes" (alguns mais apetecíveis do que outros), o futuro dos jornais está um pouco como o meu futuro enquanto jogador na Premier League: difícil, muito difícil.

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Tormenta
Tenho vivido atormentado entre Martin Walser e Robert Walser sem nunca ter ganho coragem para ele nenhum deles.

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Será?
Desde que pus um link para o blogue do Pedro Lomba, que não há um único post novo.
Terá ficado intimidado?

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Grimbergen
Em Portugal fizeram e inventaram bolos. Na Europa, cervejas.
Não sei se serão reflexos incondicionados da minha educação religiosa, mas não consigo esconder o meu tremendo agrado por cervejas de origem conventual.
A belga Grimbergen é apenas mais um exemplo.
Um bom exemplo, aliás.
Com uma textura relativamente consistente, um sabor único típico das cervejas com mais do que uma fermentação (esta tem dupla fermentação) e um prazer enorme a nível da degustação.
Convém beber em copo que a deixe respirar.


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Ainda a propósito
Não deixo de achar fantástico como o Jorge Palma tenta resumir o Quarteto de Alexandria (que só é daqueles livros de uma vida) em 19 versos, contendo ainda um certo cariz de análise.
Para quem nunca leu, quase que imponho essa necessidade, já que só a música do Jorgito não chega.

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terça-feira, 10 de julho de 2007
Crónica epistemológica
Depois de desenfreadamente ter comido uma caixa de bolinhos da sorte chineses e com manifesto agrado lido as suas simpáticas palavras, senti crescer dentro de mim uma vontade incontrolável de lhes escrever a seguinte carta:
Caros bolinhos da sorte chineses:
Muito obrigado pelas vossas simpáticas palavras. Já ninguém era assim tão simpático para comigo desde que falhei um pénalti decisivo numa semi-final dos interturmas no 7º ano e recebi cumprimentos de praticamente todos os jogadores da equipa adversária. E do resto da turma. Das raparigas recebi mesmo algumas risadinhas que julguei serem cúmplices, mas que o tempo logo se encarregou de me desenganar. Escárnio, ouvi dizer.
Mas desde esse momento que nunca mais ninguém me conseguiu desejar coisas tão bonitas como um: Besser zweimal fragen, als einmal irre gehen ou um mais lusitano: Mais vale perguntar duas vezes do que ser enganado.
Se porventura tivesse perguntado duas vezes se seria mesmo eu que tinha de marcar aquele último e decisivo pénalti, alguém teria gritado sensatamente que NÃO. Se calhar teria tido uma adolescência mais sociável e infeliz, dependente daquelas coisas idiotas a que os adolescentes se prezam, tais como a amizade sincera e amores tendencialmente impossíveis.
Sem as longas e tórridas tardes de Verão a devorar solitariamente Kafka no sossego do meu quarto, os amores e humores que se seguiram na minha vida nunca teriam tido lugar. Esta carta não teria qualquer razão de existir e nunca teria comprado uma caixa de bolinhos da sorte chineses numa promoção de um supermercado alemão presente na nossa vila.
Mas de todos os conselhos e saudações que recebi naquela bendita caixinha, há um que não consigo deixar de reiterar: Mais vale perguntar duas vezes do que ser enganado, pois deve ser exactamente o que o leitor se deverá fazer antes de ler o que quer que seja que eu escreva.

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O mestre regressou? Regressou.
Comprei assim que saíu. Obviamente.
Até vinha autografado e tudo.
A manhã que passei sem o poder ouvir foi das mais dolorosas destes meus últimos dias.
Primeira impressão: desilusão.
Tirei o cd do carro e trouxe-o para casa juntamente com o booklet para o analisar até à exaustão em casa.
Conclusão: apesar de alguns versos um pouco forçados, uma voz menos consistente ( ai tabaco, ai álcool) e um conjunto de músicos que condicionam a natural evolução que as músicas deveriam seguir (pelo menos de acordo com outros álbuns), a verdade é que ele regressou igual a si mesmo.
A não perder!

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segunda-feira, 9 de julho de 2007
Fracassos
Tenho cada vez mais a certeza de que nunca entrarei na listas de linques do Arrastão.

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Apelar ao sentimentalismo
Atribuo de certa forma ao verão, aquele sentimento misterioso de promessas de redenção que as pessoas costumam fazer por alturas do ano novo.
Para mim, o ano está agora a acabar e regressa em Setembro com nova vitalidade, muitos livros no bucho e um tom de pele capaz de originar alguns trocadilhos e piadas brejeiras no SEF.

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Allgarve
Foi a minha primeira vez no Allgarve.
Depois de um fim de semana repartido entre Lagos e Faro, a grande ressalva que faço foi ter-me cruzado com a seguinte citação de Pulido Valente: "Peco imenso em pensamento e tento corrigir-me, quando posso."
Lido ali na Aldeia da Meia Praia onde os índios já há muito que foram substituídos por bifes...

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sexta-feira, 6 de julho de 2007
Colaboradores, precisam-se

O Desportugal procura colaboradores.
Se alguém se sentir particularmente apto a tal missão, não hesite.
Eu hesito pois nunca ultrapassei o drama de ver o Carlos Resende com a camisola do FCPorto.

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Opa!!!!
Depois da "approach" de Berardo de 3,5€ por cada acção benfiquista, aparece agora um grupo chinês que só oferece o dobro.
Quanto custará o meu coração?

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Coisas deste Alentejo em que vivo
De caneca de chá na mão, gosto de ver o trânsito congestionado nas entradas da capital, com a consciência de que demoro aproximadamente 1 minuto a pé até ao local de trabalho.

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Parabéns!
Queria expressar o meu apreço e desejos de quantos muitos ao Voz do Mocho que celebra o primeiro ano de labuta psicanalítica.

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Livro da semana

Bem sei que hoje é sexta-feira e que o meu livro da semana é, regra geral, decidido à quinta.
Este atraso deveu-se única e exclusivamente a um grave problema de decisão interno: dois livros, dois autores portugueses que não têm nada que ver um com o outro.
Acabei por me decidir pelas divertidas crónicas de Zink que o projectam para um qualquer plano simpatético imaginário.
A verdade é que Zink continua a manter a postura crítica e sarcástica que o projectaram para a fama.
Se por um lado cumpre a sua máxima de redenção do povo português através da tão querida "crítica de costumes", por outro já se sente uma certa amargura perante o estado das coisas, típica da geração de 80.
Se há livros de ou para o verão, este é o meu primeiro.

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quinta-feira, 5 de julho de 2007
Curtas laborais
- A estagiária de informática que pulula pela biblioteca fora encontra-se de momento a preparar uma apresentação em Pawer Point, mas não a posso censurar. No meu 9º ano as minhas ambições intelectuais limitavam-se a saber escrever o nome do Schwarz correctamente ou saber o nome completo do Neno.

- Disserto insanamente sobre o facto de ser um gajo extremamente parvo. Quando dou por mim, as pessoas que me rodeiam meneiam as cabeças reafirmando a veracidade do meu monólogo.

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Talentos FNAC
Devido à insondável beleza da província, dei por mim a encomendar o último álbum do Jorge Palma (devidamente autografado) juntamente com o dos talentos FNAC.
O Henrique Amaro ameaça-nos que o "futuro da música portuguesa passa por aqui". Não duvido, até poruqe não tenho grande autoridade moral sobre o assunto.
Só espero e "help me god" que o futuro possa ser traçado em apenas 10 das 17 faixas do álbum.

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Guylian
Os Guylian fazem já parte do imaginário de qualquer bom apreciador de chocolate.
Desde a introdução dos seus "frutos do mar" que o mercado chocolateiro nacional se agitou e nunca mais voltou a ser o mesmo.
Agora, e uma vez consolidados, surgiu a versão "negra" da coisa que tem um paladar apurado (devido aos 70% de cacau) sem perder aquele gostinho de manteiga a que nos habituaram os seus primos.
Não é mau e até se consegue disfrutar razoavelmente, não sendo, contudo, um festim palativo.

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quarta-feira, 4 de julho de 2007
Alma Lusa
É facil? Então não consigo.
Depois da leitura mais ou menos atenta da Fúria das Vinhas, deparo-me com mais uma dica para a minha tese de que os portugueses apenas são bons na adversidade.
O Barca Velha (unanimamente reconhecido como o melhor dos tintos portugueses) apenas surgiu aquando da grave crise vinícola no Douro, pois a quinta do Vale do Meão não passava de um baldio "maldito por Deus".
A TAP recuperou miraculosamente da bancarrota.
Fomos eliminados na primeira fase do Europeu de sub-21 quando éramos favoritos.

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O senhor que se segue...

PS- Há muitos anos atrás

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Desfazer de um sonho
Hoje, quarta-feira, acordei com as invariáveis dores musculares resultantes de mais um pobre jogo de futebol na passada segunda-feira.
Sei que se hoje fosse jogar não aguentaria nem 10 minutos na minha querida posição de lateral direito caceteiro mor sem que me caísse um pé ou deixasse um pulmão para trás.
Consciente desta minha evidente limitação física, apercebi-me hoje que nunca poderei concretizar o meu sonho maior que é o de jogar na Premier League.
Acatando pacificamente esta realidade, regresso o meu olhar às fúrias das vinhas...

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Ela não pára
O Panteão é realmente fantástico!
E que tal porem o Kafka em vez do Aquilino?
Pode ser que se ganhe mais alguma coisita...

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terça-feira, 3 de julho de 2007
Go for it
Este senhor resolveu (finalmente e for god's sake) começar a escrever um romance.
Que o acabe.
Eu espero.

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Fussball
Será que o Fábio Coentrão também sente esta dor que tenho nos ligamentos do joelho esquerdo?

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segunda-feira, 2 de julho de 2007
FIA
Não resisti a dar um pulinho à FIA e ver oque me reservava o artesanato internacional.
Para além dos típicos engana-turistas (como kitty's de madeira típicos do sul de Espanha ou óculos de sol chineses), há sempre os inevitáveis marroquinos com os produtos de peles.
Entre os ditos cujos, uma mala.
Gostei dela e logo me preparo para regatear, despertando em mim o mais cigano sentimento.
Mas fatal foi mesmo quando percebi um "quarente-cinc" partilhado entre eles em vez de um mais ou menos lógico "assalaham rawal kbeer".
Logo o meu francês despertou do mais profundo abismo para conseguir arrebatar a mala por 32€, quando opreço original tinha sido uns módicos 60€.
Só dormi descansado por saber que a mala terá sido feita por alguma criança chibatada a quem lhe terão sido pagos pouco mais de 0.30€ pelo dia de trabalho e que os dois marroquinos estarão hoje de volta a um qualquer subúrbio francês.

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Razões
Como devem ter reparado os mais atentos dos leitores, troquei de livro sem que o tivesse terminado.
Sucintamente, apresentarei as razões que me levaram a abandonar Malcolm Lowry, condenando-o a um injusto exílio para os confins inexplorados do meu cérebro:

1- A tradução dos livros do Brasil é, no mínimo, deplorável. Confesso que palavras como "caminhonheiro" não fazem parte do meu léxico diário e por isso estranhei.

2- A primeira razão já me parece suficientemente boa

3- O tamanho d aletra não era a punto. Enfim, a primeira foi mesmo fundamental.

Por estas três razões apresentadas, decidi-me a violentamente mudar de livro objecto.
Um grande bem haja.

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